Desafios e oportunidades na promoção e educação em saúde em comunidades indígenas: relato de experiência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Orlando Vieira
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Nicacio, Jandir Mendonça, Guimarães, Manoel Pereira, Morená, Leela, Souza, Carlos Dornels Freire de, Armstrong , Anderson da Costa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/3938
Resumo: As populações indígenas do Brasil enfrentam desafios significativos na mudança do perfil epidemiológico. Além das doenças infectocontagiosas, o aumento de doenças crônicas não transmissíveis é atribuído às mudanças no estilo de vida e aos hábitos alimentares inadequados. Em 2015, foi criado o Projeto de Aterosclerose em Indígenas para estudar o impacto da urbanização na saúde de duas comunidades indígenas do Nordeste do Brasil. Neste artigo, será relatada a experiência vivenciada por estudantes e docentes de duas universidades públicas do Vale do São Francisco em um projeto que permitiu o desenvolvimento de habilidades para abordar necessidades específicas das comunidades indígenas. Durante essa experiência, os participantes puderam compreender a complexidade e fragilidade do sistema de saúde dessas comunidades, bem como estabelecer uma relação dialógica, respeitosa e construtiva, valorizando os indígenas como protagonistas do processo. Por meio da construção mútua de aprendizado, foi possível superar as barreiras associadas a preconceitos e estereótipos, possibilitando uma abordagem mais humanizada e efetiva para atender às necessidades dessas populações. O projeto permitiu compreender os desafios enfrentados pelas populações indígenas na transição epidemiológica e a necessidade de políticas públicas de saúde específicas. A lacuna na formação de profissionais de saúde em relação às competências para atender esses povos também foi identificada. O projeto destacou a importância de o ensino superior assumir um compromisso social com essas comunidades, garantindo uma formação mais abrangente e inclusiva para oferecer assistência qualificada e humanizada.
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Em 2015, foi criado o Projeto de Aterosclerose em Indígenas para estudar o impacto da urbanização na saúde de duas comunidades indígenas do Nordeste do Brasil. Neste artigo, será relatada a experiência vivenciada por estudantes e docentes de duas universidades públicas do Vale do São Francisco em um projeto que permitiu o desenvolvimento de habilidades para abordar necessidades específicas das comunidades indígenas. Durante essa experiência, os participantes puderam compreender a complexidade e fragilidade do sistema de saúde dessas comunidades, bem como estabelecer uma relação dialógica, respeitosa e construtiva, valorizando os indígenas como protagonistas do processo. Por meio da construção mútua de aprendizado, foi possível superar as barreiras associadas a preconceitos e estereótipos, possibilitando uma abordagem mais humanizada e efetiva para atender às necessidades dessas populações. O projeto permitiu compreender os desafios enfrentados pelas populações indígenas na transição epidemiológica e a necessidade de políticas públicas de saúde específicas. A lacuna na formação de profissionais de saúde em relação às competências para atender esses povos também foi identificada. O projeto destacou a importância de o ensino superior assumir um compromisso social com essas comunidades, garantindo uma formação mais abrangente e inclusiva para oferecer assistência qualificada e humanizada.Las poblaciones indígenas de Brasil se enfrentan a importantes retos para cambiar su perfil epidemiológico. Además de las enfermedades infecciosas, el aumento de las enfermedades crónicas no transmisibles se atribuye a los cambios en el estilo de vida y a los hábitos alimentarios inadecuados. En 2015, se creó el Proyecto Aterosclerosis en Indígenas para estudiar el impacto de la urbanización en la salud de dos comunidades indígenas del Noreste de Brasil. En este artículo, se reportará la experiencia de estudiantes y profesores de dos universidades públicas del Vale do São Francisco en un proyecto que permitió desarrollar habilidades para atender a las necesidades específicas de las comunidades indígenas. Durante esta experiencia, los participantes pudieron comprender la complejidad y fragilidad del sistema de salud de estas comunidades, y establecieron una relación dialógica, respetuosa y constructiva valorando a los indígenas como protagonistas del proceso. Mediante la construcción mutua de aprendizajes, fue posible superar las barreras asociadas a prejuicios y estereotipos, posibilitando un enfoque más humanizado y eficaz para atender a las necesidades de estas poblaciones. El proyecto permitió comprender los desafíos que enfrentan las poblaciones indígenas en la transición epidemiológica y la necesidad de políticas específicas de salud pública. También se identificó la brecha en la formación de los profesionales de la salud en relación con las competencias para atender a estos pueblos. El proyecto destacó la importancia de que la educación superior asuma un compromiso social con estas comunidades y asegure una formación más completa e inclusiva para ofrecer una asistencia cualificada y humanizada.Indigenous populations in Brazil face significant challenges in changing their epidemiological profile. In addition to infectious diseases, changes in lifestyle and inadequate dietary habits lead to the increase in chronic non-communicable diseases. In 2015, the Atherosclerosis among Indigenous People Project was created to investigate the impact of urbanization on the health of two indigenous communities in northeastern Brazil. This report focus on the experience of students and teachers from two public universities in Vale do São Francisco under a project that allowed to develop skills to address the specific needs of indigenous communities. During this experience, the participants came into contact with the complexity and fragility of the health system offered to these communities, and established a respectful and constructive dialogical relationship, valuing the Indigenous people as key figures in this process. Through mutual learning construction barriers associated with prejudices and stereotypes were overcome, enabling a more humanized and effective approach to the needs of these populations. The project allowed us to understand the challenges faced by Indigenous populations during epidemiological transition and the need for specific public health policies. Educational gaps related to the skills required to meet their needs was also identified, highlighting the importance of Higher Education to assume a social commitment toward these communities, ensuring a more comprehensive and inclusive education to offer qualified and humanized care.SESAB2023-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/393810.22278/2318-2660.2023.v47.n3.a3938Revista Baiana de Saúde Pública; v. 47 n. 3 (2023); 249-2602318-26600100-023310.22278/2318-2660.2023.v47.N3reponame:Revista Baiana de Saúde Pública (Online)instname:Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)instacron:IBICTporhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/3938/3261Copyright (c) 2023 Revista Baiana de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Orlando Vieira Nicacio, Jandir Mendonça Guimarães, Manoel Pereira Morená, LeelaSouza, Carlos Dornels Freire de Armstrong , Anderson da Costa 2023-11-22T15:17:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/3938Revistahttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbspPUBhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/oai||saude.revista@saude.ba.gov.br|| rbsp.saude@saude.ba.gov.br2318-26600100-0233opendoar:2024-03-06T12:58:32.566948Revista Baiana de Saúde Pública (Online) - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)false
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