TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schnitman, Gabriel
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Kitaoka, Emy Guerra, Arouca, Guilherme Santos de Souza, Lira, André Luiz da Silva, Nogueira, Diogo, Duarte, Meirelayne Borges
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/12
Resumo: O estudo em questão considera o suicídio um problema de saúde pública, um acontecimento complexo desencadeado pela influência de fatores estressores sobre o indivíduo. O objetivo deste artigo é avaliar o componente social nas mortes por suicídio, pela análise de indicadores socioeconômicos. Trata-se de um estudo do tipo ecológico exploratório que busca a associação entre dez indicadores socioeconômicos e a taxa de suicídio em todas as capitais do país. Os dados utilizados foram obtidos no DATASUS e no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil do IBGE, referentes ao ano 2000. Os resultados apontam que a taxa de mortalidade por suicídio variou de 0,77 / 100 mil habitantes em Salvador (BA) a 14,04 / 100 mil habitantes em Boa Vista (AC). O sexo masculino apresenta risco relativo 3,7 vezes maior de cometer suicídio do que o feminino. A faixa etária de 15 a 29 anos apresentou menor risco relativo de cometer suicídio, enquanto o maior risco relativo foi encontrado na população com idade igual ou superior a 60 anos. Ambos os indicadores de desigualdade social (Índice de Gini e Índice L de Theil) apresentaram correlação negativa com a taxa de mortalidade por suicídio, com significância estatística (rs = -0,479, p = 0,011 e rs = -0,403, p = 0,037, respectivamente). Concluiu-se que há associação entre os indicadores de desigualdade social e as taxas de suicídio. Nenhum outro indicador socioeconômico apresentou correlação, o que leva a acreditar que a origem e o amadurecimento do pensamento suicida parecem sofrer influência preponderante de fatores biopsicológicos.
id IBICT-3_74a28473a9c85b6da127f4cee710c46c
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/12
network_acronym_str IBICT-3
network_name_str Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
repository_id_str
spelling TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRASSuicídio. Indicadores sociais. Iniquidade social. O estudo em questão considera o suicídio um problema de saúde pública, um acontecimento complexo desencadeado pela influência de fatores estressores sobre o indivíduo. O objetivo deste artigo é avaliar o componente social nas mortes por suicídio, pela análise de indicadores socioeconômicos. Trata-se de um estudo do tipo ecológico exploratório que busca a associação entre dez indicadores socioeconômicos e a taxa de suicídio em todas as capitais do país. Os dados utilizados foram obtidos no DATASUS e no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil do IBGE, referentes ao ano 2000. Os resultados apontam que a taxa de mortalidade por suicídio variou de 0,77 / 100 mil habitantes em Salvador (BA) a 14,04 / 100 mil habitantes em Boa Vista (AC). O sexo masculino apresenta risco relativo 3,7 vezes maior de cometer suicídio do que o feminino. A faixa etária de 15 a 29 anos apresentou menor risco relativo de cometer suicídio, enquanto o maior risco relativo foi encontrado na população com idade igual ou superior a 60 anos. Ambos os indicadores de desigualdade social (Índice de Gini e Índice L de Theil) apresentaram correlação negativa com a taxa de mortalidade por suicídio, com significância estatística (rs = -0,479, p = 0,011 e rs = -0,403, p = 0,037, respectivamente). Concluiu-se que há associação entre os indicadores de desigualdade social e as taxas de suicídio. Nenhum outro indicador socioeconômico apresentou correlação, o que leva a acreditar que a origem e o amadurecimento do pensamento suicida parecem sofrer influência preponderante de fatores biopsicológicos.SESAB2011-08-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/1210.22278/2318-2660.2010.v34.n1.a12Revista Baiana de Saúde Pública; v. 34 n. 1 (2010); 462318-26600100-023310.22278/2318-2660.2010.v34.N1reponame:Revista Baiana de Saúde Pública (Online)instname:Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)instacron:IBICTporhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/12/17Schnitman, GabrielKitaoka, Emy GuerraArouca, Guilherme Santos de SouzaLira, André Luiz da SilvaNogueira, DiogoDuarte, Meirelayne Borgesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-06T15:20:36Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/12Revistahttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbspPUBhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/oai||saude.revista@saude.ba.gov.br|| rbsp.saude@saude.ba.gov.br2318-26600100-0233opendoar:2024-03-06T12:56:53.686117Revista Baiana de Saúde Pública (Online) - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)false
dc.title.none.fl_str_mv TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
title TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
spellingShingle TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
Schnitman, Gabriel
Suicídio. Indicadores sociais. Iniquidade social.
title_short TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
title_full TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
title_fullStr TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
title_full_unstemmed TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
title_sort TAXA DE MORTALIDADE POR SUICÍDIO E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
author Schnitman, Gabriel
author_facet Schnitman, Gabriel
Kitaoka, Emy Guerra
Arouca, Guilherme Santos de Souza
Lira, André Luiz da Silva
Nogueira, Diogo
Duarte, Meirelayne Borges
author_role author
author2 Kitaoka, Emy Guerra
Arouca, Guilherme Santos de Souza
Lira, André Luiz da Silva
Nogueira, Diogo
Duarte, Meirelayne Borges
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Schnitman, Gabriel
Kitaoka, Emy Guerra
Arouca, Guilherme Santos de Souza
Lira, André Luiz da Silva
Nogueira, Diogo
Duarte, Meirelayne Borges
dc.subject.por.fl_str_mv Suicídio. Indicadores sociais. Iniquidade social.
topic Suicídio. Indicadores sociais. Iniquidade social.
description O estudo em questão considera o suicídio um problema de saúde pública, um acontecimento complexo desencadeado pela influência de fatores estressores sobre o indivíduo. O objetivo deste artigo é avaliar o componente social nas mortes por suicídio, pela análise de indicadores socioeconômicos. Trata-se de um estudo do tipo ecológico exploratório que busca a associação entre dez indicadores socioeconômicos e a taxa de suicídio em todas as capitais do país. Os dados utilizados foram obtidos no DATASUS e no Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil do IBGE, referentes ao ano 2000. Os resultados apontam que a taxa de mortalidade por suicídio variou de 0,77 / 100 mil habitantes em Salvador (BA) a 14,04 / 100 mil habitantes em Boa Vista (AC). O sexo masculino apresenta risco relativo 3,7 vezes maior de cometer suicídio do que o feminino. A faixa etária de 15 a 29 anos apresentou menor risco relativo de cometer suicídio, enquanto o maior risco relativo foi encontrado na população com idade igual ou superior a 60 anos. Ambos os indicadores de desigualdade social (Índice de Gini e Índice L de Theil) apresentaram correlação negativa com a taxa de mortalidade por suicídio, com significância estatística (rs = -0,479, p = 0,011 e rs = -0,403, p = 0,037, respectivamente). Concluiu-se que há associação entre os indicadores de desigualdade social e as taxas de suicídio. Nenhum outro indicador socioeconômico apresentou correlação, o que leva a acreditar que a origem e o amadurecimento do pensamento suicida parecem sofrer influência preponderante de fatores biopsicológicos.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-08-29
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/12
10.22278/2318-2660.2010.v34.n1.a12
url https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/12
identifier_str_mv 10.22278/2318-2660.2010.v34.n1.a12
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/12/17
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv SESAB
publisher.none.fl_str_mv SESAB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Baiana de Saúde Pública; v. 34 n. 1 (2010); 46
2318-2660
0100-0233
10.22278/2318-2660.2010.v34.N1
reponame:Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
instname:Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
instacron:IBICT
instname_str Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
instacron_str IBICT
institution IBICT
reponame_str Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
collection Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Baiana de Saúde Pública (Online) - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
repository.mail.fl_str_mv ||saude.revista@saude.ba.gov.br|| rbsp.saude@saude.ba.gov.br
_version_ 1798948050604916736