FATORES DE RISCOS MATERNOS E DE ASSISTÊNCIA AO PARTO PARA INTERRUPÇÃO PRECOCE DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO: ESTUDO DE COORTE

• Autor(a) principal: Cruz Martins, Camilla da
• Data de Publicação: 2011
• Outros Autores: Oliveira Vieira, Graciete, Oliveira Vieira, Tatiana de, Cardeal Mendes, Carlos Maurício
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
• Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/154
• topic: Aleitamento materno; Fatores de risco; Desmame

É consensual a recomendação de aleitamento materno exclusivo (AME) nos primeiros seis meses de vida da criança e a manutenção da amamentação por dois anos de idade ou mais, mas há casos em que sua interrupção precoce pode ocorrer, tendo em vista diversas características maternas e de assistência ao parto. O objetivo deste estudo é identificar as características maternas e de assistência ao parto associadas à interrupção do aleitamento materno exclusivo (AME) em crianças menores de um mês. Trata-se de um estudo de coorte com 1.309 duplas mães-bebês atendidas em todos os hospitais do município, em dois meses consecutivos. Os resultados apontam que a prevalência de AME no primeiro mês foi de 59,3%; foram identificados como fatores determinantespara a interrupção precoce da amamentação: primiparidade (RP=1,41; IC95%=1,22–1,63), cansaço físico (RP=1,18; IC95%=1,03–1,35), ausência de orientação de aleitamento materno no hospital (RP=1,53; IC95%=1,33–1,75), baixa escolaridade (RP=1,35; IC95%=1,17–1,57) e baixa renda (RP=1,27; IC95%=1,09–1,47). Conclui-se que são necessárias medidas de intervenção visando o aumento das taxas de AME direcionadas às mulheres primíparas, de menor renda familiar e menor escolaridade, bem como orientação suficiente de aleitamento materno desde o pré-natal e apoio familiar às nutrizes nas tarefas domésticas para atenuar a interferência negativa do cansaço físico materno na prática do AME.