Avaliação do risco de extinção do lobo-guará Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha de Paula, Rogério
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Guimarães Rodrigues, Flávio Henrique, Queirolo, Diego, Pinto Silva Jorge, Rodrigo, Lemos, Frederico Gemesio, de Almeida Rodrigues, Lívia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
DOI: 10.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1.381
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/381
Resumo: Chrysocyon brachyurus ocorre principalmente nos biomas Cerrado e Pampa. Para o Cerrado, foi elaborado um modelo de viabilidade populacional (VORTEX), gerado a partir de parâmetros biológicos e demográficos. Considerando as informações geradas pelo modelo e o tempo de geração de 7 anos, inferiu-se que a espécie sofrerá uma redução populacional de, pelo menos, 29% nos próximos 21 anos (3 gerações). Esta estimativa está embasada em uma taxa média de desmatamento do Cerrado de 1% ao ano. Considerando que os dados oficiais para o período de 2002 a 2008 apontam para uma taxa de desmatamento de 1,34% ao ano, a redução populacional seria mais acentuada. Além desta perda populacional estimada, a espécie também sofre perdas importantes não quantificadas decorrentes de atropelamento, doenças, retaliação à predação de animais domésticos, fazendo com que o declínio populacional nos próximos 21 anos possa atingir valores superiores ao limite de 30%, qualificando a espécie à categoria Vulnerável (VU) pelo critério A3c+E, no Cerrado. Nos Pampas, estima-se que a espécie ocorra em densidades muito baixas, com tamanho populacional inferior a 50 indivíduos maduros devido ao alto grau de degradação dos ambientes naturais utilizados pela espécie, associado à perseguição por conflitos com pecuaristas, qualificando a espécie como Criticamente em Perigo (CR) pelo critério D1. Considerando que grande parte da distribuição da espécie está localizada no domínio do Cerrado, o estado de conservação da espécie neste bioma reflete sua situação no Brasil. Há conectividade com as populações dos países vizinhos, porém não existem informações sobre a dinâmica fonte sumidouro. Assim, a categoria indicada na avaliação regional não foi alterada.
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Considerando que os dados oficiais para o período de 2002 a 2008 apontam para uma taxa de desmatamento de 1,34% ao ano, a redução populacional seria mais acentuada. Além desta perda populacional estimada, a espécie também sofre perdas importantes não quantificadas decorrentes de atropelamento, doenças, retaliação à predação de animais domésticos, fazendo com que o declínio populacional nos próximos 21 anos possa atingir valores superiores ao limite de 30%, qualificando a espécie à categoria Vulnerável (VU) pelo critério A3c+E, no Cerrado. Nos Pampas, estima-se que a espécie ocorra em densidades muito baixas, com tamanho populacional inferior a 50 indivíduos maduros devido ao alto grau de degradação dos ambientes naturais utilizados pela espécie, associado à perseguição por conflitos com pecuaristas, qualificando a espécie como Criticamente em Perigo (CR) pelo critério D1. 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