Ocorrência e recorrência de incêndios florestais no Parque Nacional do Itatiaia entre 2008 e 2016

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga Belchior, Isabela
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Tavares de Carvalho, Luis Marcelo, Ramos Gomes, Samantha, Carvalho Ferreira, Flávio, Soares de Souza Pereira, Raphaela, Tomzhinki, Gustavo Wanderley, Souza Motta, Marcelo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/1122
Resumo: Alguns ecossistemas são adaptados a distúrbios causados pelo fogo, porém, à medida que os incêndios se tornam recorrentes em uma mesma área, o fogo pode causar alterações drásticas na paisagem resultando em perda de biodiversidade. Dessa forma, objetivou-se com este estudo avaliar a ocorrência e recorrência de incêndios florestais por um período de 8 anos no interior e na zona de amortecimento do Parque Nacional do Itatiaia (PNI). Os polígonos das áreas queimadas foram extraídos da base de dados dos Relatórios de Ocorrência de Incêndio do PNI. Desde 2008, os polígonos para confecção dos relatórios vêm sendo coletados usando aparelhos de GPS. Cada polígono que delimita uma área queimada representa uma ocorrência. Sendo assim, o número total de ocorrências em cada ano é representado pelo número de polígonos neste ano. A área total queimada entre 2008 e 2016 foi de 3435,64 hectares, correspondendo a 4,3% da área de estudo. Neste período, foram verificadas 354 ocorrências, sendo que o ano de 2014 apresentou 51 ocorrências, o maior número verificado no estudo. Apesar disso, 2014 não foi o ano com a maior área atingida pelo fogo. A maior área queimada ocorreu em 2010, com 1573,86 hectares. Este fato pode ser explicado por uma única ocorrência que atingiu 1255,11 hectares nos Campos de Altitude do Planalto do Itatiaia. Nesta área, não foram registrados incêndios desde 1988, resultando em um intervalo de 12 anos entre as queimas. Durante este período, houve um acúmulo de combustível disponível. No interior do PNI foram verificadas áreas com até 5 recorrências de incêndios que podem ser classificadas como campos antrópicos e estarem relacionadas ao uso pecuário. Já na zona de amortecimento, foram encontradas até 6 recorrências com destaque para a parte baixa do parque e para as áreas próximas as comunidades rurais do município de Itamonte. O mapa de recorrência do fogo somado ao levantamento das causas dos incêndios florestais e das necessidades socioeconômicas de uso do fogo traz subsídios importantes para o planejamento e execução de estratégias específicas visando à proteção e manejo das unidades de conservação.
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Cada polígono que delimita uma área queimada representa uma ocorrência. Sendo assim, o número total de ocorrências em cada ano é representado pelo número de polígonos neste ano. A área total queimada entre 2008 e 2016 foi de 3435,64 hectares, correspondendo a 4,3% da área de estudo. Neste período, foram verificadas 354 ocorrências, sendo que o ano de 2014 apresentou 51 ocorrências, o maior número verificado no estudo. Apesar disso, 2014 não foi o ano com a maior área atingida pelo fogo. A maior área queimada ocorreu em 2010, com 1573,86 hectares. Este fato pode ser explicado por uma única ocorrência que atingiu 1255,11 hectares nos Campos de Altitude do Planalto do Itatiaia. Nesta área, não foram registrados incêndios desde 1988, resultando em um intervalo de 12 anos entre as queimas. Durante este período, houve um acúmulo de combustível disponível. No interior do PNI foram verificadas áreas com até 5 recorrências de incêndios que podem ser classificadas como campos antrópicos e estarem relacionadas ao uso pecuário. Já na zona de amortecimento, foram encontradas até 6 recorrências com destaque para a parte baixa do parque e para as áreas próximas as comunidades rurais do município de Itamonte. O mapa de recorrência do fogo somado ao levantamento das causas dos incêndios florestais e das necessidades socioeconômicas de uso do fogo traz subsídios importantes para o planejamento e execução de estratégias específicas visando à proteção e manejo das unidades de conservação.Alguns ecossistemas são adaptados a distúrbios causados pelo fogo, porém, à medida que os incêndios se tornam recorrentes em uma mesma área, o fogo pode causar alterações drásticas na paisagem resultando em perda de biodiversidade. Dessa forma, objetivou-se com este estudo avaliar a ocorrência e recorrência de incêndios florestais por um período de 8 anos no interior e na zona de amortecimento do Parque Nacional do Itatiaia (PNI). Os polígonos das áreas queimadas foram extraídos da base de dados dos Relatórios de Ocorrência de Incêndio do PNI. Desde 2008, os polígonos para confecção dos relatórios vêm sendo coletados usando aparelhos de GPS. Cada polígono que delimita uma área queimada representa uma ocorrência. Sendo assim, o número total de ocorrências em cada ano é representado pelo número de polígonos neste ano. A área total queimada entre 2008 e 2016 foi de 3435,64 hectares, correspondendo a 4,3% da área de estudo. Neste período, foram verificadas 354 ocorrências, sendo que o ano de 2014 apresentou 51 ocorrências, o maior número verificado no estudo. Apesar disso, 2014 não foi o ano com a maior área atingida pelo fogo. A maior área queimada ocorreu em 2010, com 1573,86 hectares. Este fato pode ser explicado por uma única ocorrência que atingiu 1255,11 hectares nos Campos de Altitude do Planalto do Itatiaia. Nesta área, não foram registrados incêndios desde 1988, resultando em um intervalo de 12 anos entre as queimas. Durante este período, houve um acúmulo de combustível disponível. No interior do PNI foram verificadas áreas com até 5 recorrências de incêndios que podem ser classificadas como campos antrópicos e estarem relacionadas ao uso pecuário. Já na zona de amortecimento, foram encontradas até 6 recorrências com destaque para a parte baixa do parque e para as áreas próximas as comunidades rurais do município de Itamonte. O mapa de recorrência do fogo somado ao levantamento das causas dos incêndios florestais e das necessidades socioeconômicas de uso do fogo traz subsídios importantes para o planejamento e execução de estratégias específicas visando à proteção e manejo das unidades de conservação.Alguns ecossistemas são adaptados a distúrbios causados pelo fogo, porém, à medida que os incêndios se tornam recorrentes em uma mesma área, o fogo pode causar alterações drásticas na paisagem resultando em perda de biodiversidade. Dessa forma, objetivou-se com este estudo avaliar a ocorrência e recorrência de incêndios florestais por um período de 8 anos no interior e na zona de amortecimento do Parque Nacional do Itatiaia (PNI). Os polígonos das áreas queimadas foram extraídos da base de dados dos Relatórios de Ocorrência de Incêndio do PNI. Desde 2008, os polígonos para confecção dos relatórios vêm sendo coletados usando aparelhos de GPS. Cada polígono que delimita uma área queimada representa uma ocorrência. Sendo assim, o número total de ocorrências em cada ano é representado pelo número de polígonos neste ano. A área total queimada entre 2008 e 2016 foi de 3435,64 hectares, correspondendo a 4,3% da área de estudo. Neste período, foram verificadas 354 ocorrências, sendo que o ano de 2014 apresentou 51 ocorrências, o maior número verificado no estudo. Apesar disso, 2014 não foi o ano com a maior área atingida pelo fogo. A maior área queimada ocorreu em 2010, com 1573,86 hectares. Este fato pode ser explicado por uma única ocorrência que atingiu 1255,11 hectares nos Campos de Altitude do Planalto do Itatiaia. Nesta área, não foram registrados incêndios desde 1988, resultando em um intervalo de 12 anos entre as queimas. Durante este período, houve um acúmulo de combustível disponível. 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