O perfil da caça nas unidades de conservação federais dos biomas brasileiros: um panorama a partir dos autos de infração lavrados pelo ICMBIO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/786 |
Resumo: | A caça é uma atividade amplamente difundida inclusive em Unidades de Conservação, porém a informação sobre caça no país é escassa principalmente por ser considera proibida na maioria das situações. Os autos de infração sobre a fauna lavrados pelas instituições de fiscalização fornecem uma das poucas fontes de dados em larga escala espacial e pode ser usado para identificar padrões importantes para as políticas de conservação. Neste artigo analisei os dados de animais caçados registrados nos autos de infração do ICMBio para traçar um panorama da caça no Brasil, identificando padrões de animais caçados nos diferentes biomas e categorias de Unidades de Conservação federal. Foram identificados 6 padrões de caça que ocorrem de maneira heterogênea nos diferente biomas do país e são alvo de fiscalização do ICMBio, com variados níveis de esforço e eficiência. Na Amazônia, são caçados principalmente quelônios para comercialização em larga escala e mamíferos e aves cinegéticas de médio e grande porte para consumo local, inclusive de subsistência. Na Caatinga, a predominância é da caça de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, porém de espécies menores. No Cerrado, a caça de quelônios para comércio em larga escala, de emas e passarinhos para criação em cativeiro e mamíferos para consumo local. Na Mata Atlântica, a caça é voltada para a criação de passarinhos e psitacídeos em cativeiro e de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, mesmo padrão observado no Marinho Costeiro, onde é priorizada a caça de crustáceos. Além destes tipos de caça, o ICMBio quase não combate a caça para tráfico de animais e para controle de felinos predadores de animais domésticos e comércio de pele. Entre as categorias de UC, o ICMBio é mais ativo no combate à caça em UC de Proteção Integral, possivelmente por priorização institucional e maior quantidade de UC desta categoria, porém as proporções de animais caçados ilegalmente não varia entre categorias. Sendo assim, é necessário levar em consideração os diferentes tipos de caça que existem no país para que políticas de conservação, incluindo de combate à caça ilegal, sejam mais eficientes social e ecologicamente. |
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O perfil da caça nas unidades de conservação federais dos biomas brasileiros: um panorama a partir dos autos de infração lavrados pelo ICMBIO O perfil da caça nas unidades de conservação federais dos biomas brasileiros: um panorama a partir dos autos de infração lavrados pelo ICMBIO O perfil da caça nas unidades de conservação federais dos biomas brasileiros: um panorama a partir dos autos de infração lavrados pelo ICMBIO A caça é uma atividade amplamente difundida inclusive em Unidades de Conservação, porém a informação sobre caça no país é escassa principalmente por ser considera proibida na maioria das situações. Os autos de infração sobre a fauna lavrados pelas instituições de fiscalização fornecem uma das poucas fontes de dados em larga escala espacial e pode ser usado para identificar padrões importantes para as políticas de conservação. Neste artigo analisei os dados de animais caçados registrados nos autos de infração do ICMBio para traçar um panorama da caça no Brasil, identificando padrões de animais caçados nos diferentes biomas e categorias de Unidades de Conservação federal. Foram identificados 6 padrões de caça que ocorrem de maneira heterogênea nos diferente biomas do país e são alvo de fiscalização do ICMBio, com variados níveis de esforço e eficiência. Na Amazônia, são caçados principalmente quelônios para comercialização em larga escala e mamíferos e aves cinegéticas de médio e grande porte para consumo local, inclusive de subsistência. Na Caatinga, a predominância é da caça de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, porém de espécies menores. No Cerrado, a caça de quelônios para comércio em larga escala, de emas e passarinhos para criação em cativeiro e mamíferos para consumo local. Na Mata Atlântica, a caça é voltada para a criação de passarinhos e psitacídeos em cativeiro e de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, mesmo padrão observado no Marinho Costeiro, onde é priorizada a caça de crustáceos. Além destes tipos de caça, o ICMBio quase não combate a caça para tráfico de animais e para controle de felinos predadores de animais domésticos e comércio de pele. Entre as categorias de UC, o ICMBio é mais ativo no combate à caça em UC de Proteção Integral, possivelmente por priorização institucional e maior quantidade de UC desta categoria, porém as proporções de animais caçados ilegalmente não varia entre categorias. Sendo assim, é necessário levar em consideração os diferentes tipos de caça que existem no país para que políticas de conservação, incluindo de combate à caça ilegal, sejam mais eficientes social e ecologicamente.A caça é uma atividade amplamente difundida inclusive em Unidades de Conservação, porém a informação sobre caça no país é escassa principalmente por ser considera proibida na maioria das situações. Os autos de infração sobre a fauna lavrados pelas instituições de fiscalização fornecem uma das poucas fontes de dados em larga escala espacial e pode ser usado para identificar padrões importantes para as políticas de conservação. Neste artigo analisei os dados de animais caçados registrados nos autos de infração do ICMBio para traçar um panorama da caça no Brasil, identificando padrões de animais caçados nos diferentes biomas e categorias de Unidades de Conservação federal. Foram identificados 6 padrões de caça que ocorrem de maneira heterogênea nos diferente biomas do país e são alvo de fiscalização do ICMBio, com variados níveis de esforço e eficiência. Na Amazônia, são caçados principalmente quelônios para comercialização em larga escala e mamíferos e aves cinegéticas de médio e grande porte para consumo local, inclusive de subsistência. Na Caatinga, a predominância é da caça de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, porém de espécies menores. No Cerrado, a caça de quelônios para comércio em larga escala, de emas e passarinhos para criação em cativeiro e mamíferos para consumo local. Na Mata Atlântica, a caça é voltada para a criação de passarinhos e psitacídeos em cativeiro e de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, mesmo padrão observado no Marinho Costeiro, onde é priorizada a caça de crustáceos. Além destes tipos de caça, o ICMBio quase não combate a caça para tráfico de animais e para controle de felinos predadores de animais domésticos e comércio de pele. Entre as categorias de UC, o ICMBio é mais ativo no combate à caça em UC de Proteção Integral, possivelmente por priorização institucional e maior quantidade de UC desta categoria, porém as proporções de animais caçados ilegalmente não varia entre categorias. Sendo assim, é necessário levar em consideração os diferentes tipos de caça que existem no país para que políticas de conservação, incluindo de combate à caça ilegal, sejam mais eficientes social e ecologicamente.A caça é uma atividade amplamente difundida inclusive em Unidades de Conservação, porém a informação sobre caça no país é escassa principalmente por ser considera proibida na maioria das situações. Os autos de infração sobre a fauna lavrados pelas instituições de fiscalização fornecem uma das poucas fontes de dados em larga escala espacial e pode ser usado para identificar padrões importantes para as políticas de conservação. Neste artigo analisei os dados de animais caçados registrados nos autos de infração do ICMBio para traçar um panorama da caça no Brasil, identificando padrões de animais caçados nos diferentes biomas e categorias de Unidades de Conservação federal. Foram identificados 6 padrões de caça que ocorrem de maneira heterogênea nos diferente biomas do país e são alvo de fiscalização do ICMBio, com variados níveis de esforço e eficiência. Na Amazônia, são caçados principalmente quelônios para comercialização em larga escala e mamíferos e aves cinegéticas de médio e grande porte para consumo local, inclusive de subsistência. Na Caatinga, a predominância é da caça de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, porém de espécies menores. No Cerrado, a caça de quelônios para comércio em larga escala, de emas e passarinhos para criação em cativeiro e mamíferos para consumo local. Na Mata Atlântica, a caça é voltada para a criação de passarinhos e psitacídeos em cativeiro e de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, mesmo padrão observado no Marinho Costeiro, onde é priorizada a caça de crustáceos. Além destes tipos de caça, o ICMBio quase não combate a caça para tráfico de animais e para controle de felinos predadores de animais domésticos e comércio de pele. Entre as categorias de UC, o ICMBio é mais ativo no combate à caça em UC de Proteção Integral, possivelmente por priorização institucional e maior quantidade de UC desta categoria, porém as proporções de animais caçados ilegalmente não varia entre categorias. Sendo assim, é necessário levar em consideração os diferentes tipos de caça que existem no país para que políticas de conservação, incluindo de combate à caça ilegal, sejam mais eficientes social e ecologicamente.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2018-06-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/78610.37002/biobrasil.v%vi%i.786Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; No. 2 (2018): Caça: Subsídios para a Gestão de Unidades de Conservação e o Manejo de Espécies (vol. 2) ; 106-129Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; Núm. 2 (2018): Caça: Subsídios para a Gestão de Unidades de Conservação e o Manejo de Espécies (vol. 2) ; 106-129Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; n. 2 (2018): Caça: Subsídios para a Gestão de Unidades de Conservação e o Manejo de Espécies (vol. 2) ; 106-1292236-288610.37002/biobrasil.v9i2reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/786/611Copyright (c) 2021 Biodiversidade Brasileira - BioBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessConstantino, Pedro de Araujo Lima2021-02-10T19:20:19Zoai:ojs.icmbio.gov.br:article/786Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2021-02-10T19:20:19Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false |
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