Avaliação do risco de extinção do jacaré-tinga Caiman crocodilus (Linnaeus, 1758) no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires Farias, Izeni
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Marioni, Boris, Verdade, Luciano M., Bassetti, Luís, Coutinho, Marcos E., Mendonça, Sônia H. S. T. de, Quaggio Vieira, Tiago, Magnusson, William E., Campos, Zilca
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/404
Resumo: O risco de extinção de Caiman crocodilus foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie habita praticamente todos os tipos de ambientes de zonas úmidas de baixa altitude na região Neotropical, sendo a espécie dentre os crocodilianos mais abundantes e com maior distribuição na América Latina. É encontrado naturalmente do México até a região amazônica. Sua extensão de ocorrência (EOO) no território brasileiro é de 5.006.412,4 km2, podendo ser bem maior, caso as investigações sobre o status taxonômico da espécie confirmarem a sua distribuição nas bacias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. É uma espécie extremamente adaptável, podendo ser encontrada em todos os habitats fluviais e lacustres presentes dentro de sua área de distribuição geográfica, e ocorre em grandes números ao longo da bacia amazônica e da bacia Tocantins-Araguaia, em especial em rios de água branca. Portanto, C. crocodilus foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Ainda assim, a caça é uma forte ameaça para algumas subpopulações, sendo imprescindível a implementação de estudos de avaliação da efetividade do manejo sustentável como medida de conservação das populações naturais e diminuição do uso ilegal. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas para justificar uma alteração na categoria indicada na avaliação brasileira.
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Sua extensão de ocorrência (EOO) no território brasileiro é de 5.006.412,4 km2, podendo ser bem maior, caso as investigações sobre o status taxonômico da espécie confirmarem a sua distribuição nas bacias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. É uma espécie extremamente adaptável, podendo ser encontrada em todos os habitats fluviais e lacustres presentes dentro de sua área de distribuição geográfica, e ocorre em grandes números ao longo da bacia amazônica e da bacia Tocantins-Araguaia, em especial em rios de água branca. Portanto, C. crocodilus foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Ainda assim, a caça é uma forte ameaça para algumas subpopulações, sendo imprescindível a implementação de estudos de avaliação da efetividade do manejo sustentável como medida de conservação das populações naturais e diminuição do uso ilegal. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas para justificar uma alteração na categoria indicada na avaliação brasileira.Caiman crocodilus inhabits virtually all types of environments of low-lying wetlands in theNeotropics, being the most abundant species with largest distribution of all crocodilians in LatinAmerica. Besides Brazil, C. crocodilus is found naturally in Colombia, Costa Rica, Ecuador, ElSalvador, Guyana, French Guiana, Guatemala, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panama, Peru,Suriname, Trinidad and Tobago and Venezuela. It was introduced in Cuba, Puerto Rico and theUnited States of America. In Brazil, it is distributed from the Amazon region to the plateau ofIbiapaba, Ceará. The extent of occurrence (EOO) calculated in the Brazilian territory, is 5,006,412.4km2, however, may increase by an additional 479,749.2 km2, if studies of the taxonomic status ofthe species confirmed its distribution in the basins of the Madeira, Mamore and Guapore rivers (seeattached map). It is believed that the area of occupancy (AOO) is greater than 20,000 km2.O risco de extinção de Caiman crocodilus foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie habita praticamente todos os tipos de ambientes de zonas úmidas de baixa altitude na região Neotropical, sendo a espécie dentre os crocodilianos mais abundantes e com maior distribuição na América Latina. É encontrado naturalmente do México até a região amazônica. Sua extensão de ocorrência (EOO) no território brasileiro é de 5.006.412,4 km2, podendo ser bem maior, caso as investigações sobre o status taxonômico da espécie confirmarem a sua distribuição nas bacias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. É uma espécie extremamente adaptável, podendo ser encontrada em todos os habitats fluviais e lacustres presentes dentro de sua área de distribuição geográfica, e ocorre em grandes números ao longo da bacia amazônica e da bacia Tocantins-Araguaia, em especial em rios de água branca. Portanto, C. crocodilus foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Ainda assim, a caça é uma forte ameaça para algumas subpopulações, sendo imprescindível a implementação de estudos de avaliação da efetividade do manejo sustentável como medida de conservação das populações naturais e diminuição do uso ilegal. Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas para justificar uma alteração na categoria indicada na avaliação brasileira.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2013-06-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/40410.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1.404Biodiversidade Brasileira ; v. 3 n. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 4-12Biodiversidade Brasileira ; Vol. 3 No. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 4-12Biodiversidade Brasileira ; Vol. 3 Núm. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 4-122236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/404/311Copyright (c) 2021 Biodiversidade Brasileira - BioBrasilhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPires Farias, IzeniMarioni, BorisVerdade, Luciano M.Bassetti, LuísCoutinho, Marcos E.Mendonça, Sônia H. 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