Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodrigues, Ecio
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Gama, Lorenna Eleamen da Silva, Amaro, Marco Antonio, dos Santos, Nilcélia Pires, Mascarenhas, Flúvio de Sousa, dos Santos, Elke Lima, D’ávila, Sandrelly Silva, Silva, Renan Pereira da, do Nascimento, Timóteo Paladino, Abreu, Vitor de Souza
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/338
Resumo: A criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Seringal Nova Esperança, em 1998, no município de Epitaciolândia no Acre, foi recebida com surpresa até mesmo pelos envolvidos com o movimento social local. Entidades consideradas de referência, para um movimento ambientalista amazônida, que se posicionavam como protagonistas de conquistas como as das Reservas Extrativistas e da tecnologia do Manejo Florestal Comunitário, não entenderam o que levou o governo federal da época a assinar o Decreto de Criação de uma categoria de Unidade de Conservação, uma ARIE, com uma área ínfima de aproximados 2.500 hectares, sob o argumento de que a castanheira, Bertholletia excelsa Bonpl., era uma espécie florestal considerada de elevado interesse ecológico. Passados 12 anos, sem que o órgão federal responsável pela consolidação da unidade iniciasse alguma ação relacionada à sua gestão, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), herdeiro institucional das atribuições relacionadas à Unidades de Conservação, se deparou com o dilema do que fazer para gerir a ARIE. Por meio de uma parceria inédita, o ICMBio buscou o apoio do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre, para realização de um conjunto de 12 pesquisas de iniciação científica, distribuídas em 2 grandes estudos: Socioeconomia e Biometria. Com emprego de metodologia consagrada para Levantamento Socioeconômico e Inventário Florestal, foi possível chegar a duas conclusões cruciais para tomada de decisão. Primeiro, que existe uma densidade de castanheiras que, embora sujeita à intensa pressão antrópica nos últimos 10 anos, corrobora a justificativa do elevado interesse ecológico usado para criação da ARIE. Segundo, que a população residente é composta de agricultores familiares que tem como principal componente da renda monetária, não a do escambo, mas aquela em moeda, a venda da castanha. Essas conclusões subsidiaram o principal resultado do estudo que foi a opção pela estratégia de manejo voltada para ampliação da área da ARIE e sua consolidação como Pomar de Sementes de Castanheira, provavelmente, o único da Amazônia.
id ICMBIO-1_bd1ab61daa2070a08505827575162007
oai_identifier_str oai:revistaeletronica.icmbio.gov.br:article/338
network_acronym_str ICMBIO-1
network_name_str Biodiversidade Brasileira
repository_id_str
spelling Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no AcreA criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Seringal Nova Esperança, em 1998, no município de Epitaciolândia no Acre, foi recebida com surpresa até mesmo pelos envolvidos com o movimento social local. Entidades consideradas de referência, para um movimento ambientalista amazônida, que se posicionavam como protagonistas de conquistas como as das Reservas Extrativistas e da tecnologia do Manejo Florestal Comunitário, não entenderam o que levou o governo federal da época a assinar o Decreto de Criação de uma categoria de Unidade de Conservação, uma ARIE, com uma área ínfima de aproximados 2.500 hectares, sob o argumento de que a castanheira, Bertholletia excelsa Bonpl., era uma espécie florestal considerada de elevado interesse ecológico. Passados 12 anos, sem que o órgão federal responsável pela consolidação da unidade iniciasse alguma ação relacionada à sua gestão, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), herdeiro institucional das atribuições relacionadas à Unidades de Conservação, se deparou com o dilema do que fazer para gerir a ARIE. Por meio de uma parceria inédita, o ICMBio buscou o apoio do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre, para realização de um conjunto de 12 pesquisas de iniciação científica, distribuídas em 2 grandes estudos: Socioeconomia e Biometria. Com emprego de metodologia consagrada para Levantamento Socioeconômico e Inventário Florestal, foi possível chegar a duas conclusões cruciais para tomada de decisão. Primeiro, que existe uma densidade de castanheiras que, embora sujeita à intensa pressão antrópica nos últimos 10 anos, corrobora a justificativa do elevado interesse ecológico usado para criação da ARIE. Segundo, que a população residente é composta de agricultores familiares que tem como principal componente da renda monetária, não a do escambo, mas aquela em moeda, a venda da castanha. Essas conclusões subsidiaram o principal resultado do estudo que foi a opção pela estratégia de manejo voltada para ampliação da área da ARIE e sua consolidação como Pomar de Sementes de Castanheira, provavelmente, o único da Amazônia.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2014-05-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/33810.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.338Biodiversidade Brasileira ; v. 4 n. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-178Biodiversidade Brasileira ; Vol. 4 No. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-178Biodiversidade Brasileira ; Vol. 4 Núm. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-1782236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/338/406Rodrigues, EcioGama, Lorenna Eleamen da SilvaAmaro, Marco Antoniodos Santos, Nilcélia PiresMascarenhas, Flúvio de Sousados Santos, Elke LimaD’ávila, Sandrelly SilvaSilva, Renan Pereira dado Nascimento, Timóteo PaladinoAbreu, Vitor de Souzainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-05-09T13:00:22Zoai:revistaeletronica.icmbio.gov.br:article/338Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2023-05-09T13:00:22Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false
dc.title.none.fl_str_mv Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
title Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
spellingShingle Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
Rodrigues, Ecio
title_short Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
title_full Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
title_fullStr Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
title_full_unstemmed Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
title_sort Indicadores socioeconômicos na ARIE da Castanheira no Acre
author Rodrigues, Ecio
author_facet Rodrigues, Ecio
Gama, Lorenna Eleamen da Silva
Amaro, Marco Antonio
dos Santos, Nilcélia Pires
Mascarenhas, Flúvio de Sousa
dos Santos, Elke Lima
D’ávila, Sandrelly Silva
Silva, Renan Pereira da
do Nascimento, Timóteo Paladino
Abreu, Vitor de Souza
author_role author
author2 Gama, Lorenna Eleamen da Silva
Amaro, Marco Antonio
dos Santos, Nilcélia Pires
Mascarenhas, Flúvio de Sousa
dos Santos, Elke Lima
D’ávila, Sandrelly Silva
Silva, Renan Pereira da
do Nascimento, Timóteo Paladino
Abreu, Vitor de Souza
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rodrigues, Ecio
Gama, Lorenna Eleamen da Silva
Amaro, Marco Antonio
dos Santos, Nilcélia Pires
Mascarenhas, Flúvio de Sousa
dos Santos, Elke Lima
D’ávila, Sandrelly Silva
Silva, Renan Pereira da
do Nascimento, Timóteo Paladino
Abreu, Vitor de Souza
description A criação da Área de Relevante Interesse Ecológico do Seringal Nova Esperança, em 1998, no município de Epitaciolândia no Acre, foi recebida com surpresa até mesmo pelos envolvidos com o movimento social local. Entidades consideradas de referência, para um movimento ambientalista amazônida, que se posicionavam como protagonistas de conquistas como as das Reservas Extrativistas e da tecnologia do Manejo Florestal Comunitário, não entenderam o que levou o governo federal da época a assinar o Decreto de Criação de uma categoria de Unidade de Conservação, uma ARIE, com uma área ínfima de aproximados 2.500 hectares, sob o argumento de que a castanheira, Bertholletia excelsa Bonpl., era uma espécie florestal considerada de elevado interesse ecológico. Passados 12 anos, sem que o órgão federal responsável pela consolidação da unidade iniciasse alguma ação relacionada à sua gestão, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), herdeiro institucional das atribuições relacionadas à Unidades de Conservação, se deparou com o dilema do que fazer para gerir a ARIE. Por meio de uma parceria inédita, o ICMBio buscou o apoio do Curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Acre, para realização de um conjunto de 12 pesquisas de iniciação científica, distribuídas em 2 grandes estudos: Socioeconomia e Biometria. Com emprego de metodologia consagrada para Levantamento Socioeconômico e Inventário Florestal, foi possível chegar a duas conclusões cruciais para tomada de decisão. Primeiro, que existe uma densidade de castanheiras que, embora sujeita à intensa pressão antrópica nos últimos 10 anos, corrobora a justificativa do elevado interesse ecológico usado para criação da ARIE. Segundo, que a população residente é composta de agricultores familiares que tem como principal componente da renda monetária, não a do escambo, mas aquela em moeda, a venda da castanha. Essas conclusões subsidiaram o principal resultado do estudo que foi a opção pela estratégia de manejo voltada para ampliação da área da ARIE e sua consolidação como Pomar de Sementes de Castanheira, provavelmente, o único da Amazônia.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-05-13
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/338
10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.338
url https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/338
identifier_str_mv 10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1.338
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/338/406
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
publisher.none.fl_str_mv Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
dc.source.none.fl_str_mv Biodiversidade Brasileira ; v. 4 n. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-178
Biodiversidade Brasileira ; Vol. 4 No. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-178
Biodiversidade Brasileira ; Vol. 4 Núm. 1 (2014): Participação social na gestão pública da sociobiodiversidade; 157-178
2236-2886
10.37002/biodiversidadebrasileira.v4i1
reponame:Biodiversidade Brasileira
instname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
instacron:ICMBIO
instname_str Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
instacron_str ICMBIO
institution ICMBIO
reponame_str Biodiversidade Brasileira
collection Biodiversidade Brasileira
repository.name.fl_str_mv Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
repository.mail.fl_str_mv fernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br
_version_ 1797042389619048448