Invasão biológica em restinga: o estudo de caso de Terminalia catappa L. (Combretaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Plucênio, Renata Martins
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Dechoum, Michelle de Sá, Castellani, Tânia Tarabini
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/424
Resumo: Ecossistemas costeiros são fortemente afetados pela invasão de plantas exóticas. Terminalia catappa é nativa da Malásia, invasora em regiões costeiras, comum na orla marítima brasileira desde a chegada dos europeus. A dispersão de sementes ocorre através de correntes aquáticas e morcegos. O estudo teve como objetivo principal identificar o grau de invasão da espécie em áreas de restinga de Florianópolis e analisar a suscetibilidade destes ambientes ao processo de invasão. As áreas estudadas foram dois arcos praiais de 4 km de comprimento, no norte da ilha de Santa Catarina. Nas áreas, em até 30 m para o interior da vegetação de restinga, os indivíduos de T. catappa foram georreferenciados, mensurados quanto ao tamanho e aos sinais de reprodução, sendo analisada a estrutura da vegetação dos locais ocupados pela espécie e a presença de plantas de restinga abaixo destas plantas. Foram estabelecidas duas parcelas para avaliar a vegetação adjacente aos sítios ocupados por estas plantas e mais distantes a estas. Os dados mostram o estabelecimento da espécie na restinga, visto que há sementes germinando e plantas se desenvolvendo nas áreas, com algumas delas chegando à fase reprodutiva. A riqueza de espécies não diferiu entre os sítios adjacentes e distantes de T. catappa, sendo que a composição da vegetação de restinga foi similar nos dois sítios. A maioria dos indivíduos mostrou a manutenção de vegetação de restinga sob as copas, sugerindo que nesta fase de invasão, a espécie não excluiu a vegetação nativa por sombreamento e alelopatia. O estudo mostrou que o mar é um importante vetor de dispersão da espécie para as áreas estudadas, visto que os indivíduos estabelecidos e as sementes acumuladas na praia estavam mais próximos do mar do que das áreas antropizadas onde a espécie é usada para fins ornamentais. Observou-se também que há um maior aporte de sementes próximo à foz do rio Ratones, e uma relação positiva entre o número de indivíduos amostrados por área e o número de sementes depositadas na praia.
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