Uma abordagem histórica do fogo no Parque Nacional da Serra do Cipó, Minas Gerais – Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso Ribeiro, Marilene
Data de Publicação: 2024
Outros Autores: Cortes Figueira, José Eugênio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/96
Resumo: O Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais – Brasil abriga diversas fitofisionomias do Bioma Cerrado, além de áreas representativas de Mata Atlântica. Os registros históricos de fogo de origem antrópica na região da Serra do Cipó datam do século XVIII. Desde então, pelo menos, o fogo tem sido usado com frequência pelos habitantes dessa região como ferramenta para renovação de pastagens, limpeza de terreno, e, não obstante, com o intuito de agressão ao Parque. Apesar da recorrência desse distúrbio na história do Parque Nacional da Serra do Cipó e da importância do conhecimento da especificidade dos efeitos do fogo nas populações biológicas, comunidades e também na paisagem local, para gestão de tal distúrbio dentro e no entorno do Parque, apenas alguns estudos envolvendo o fogo foram conduzidos até hoje nessa Unidade de Conservação (UC). Nos últimos três anos, uma mudança no regime de incêndios vem sendo observada dentro dessa UC, com registros negativos de queimadas na estação seca e ocorrência de incêndios naturais, deflagrados por raios, durante a estação chuvosa, o que poderia ser interpretado como um tímido retorno ao regime de fogo natural desses ecossistemas. Tal mudança seria, na verdade, um reflexo das ações conjuntas tomadas a partir de 2001, com o objetivo de reverter o quadro de queimadas anuais que atingiram o Parque até 2007. O manejo adequado do fogo dentro do PARNA Serra do Cipó tem sido um desafio para seus gestores, assim como o tem sido em todas as outras unidades brasileiras criadas com o propósito de conservação de um Bioma no qual o fogo é parte integrante da história de vida de seus organismos. 
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Apesar da recorrência desse distúrbio na história do Parque Nacional da Serra do Cipó e da importância do conhecimento da especificidade dos efeitos do fogo nas populações biológicas, comunidades e também na paisagem local, para gestão de tal distúrbio dentro e no entorno do Parque, apenas alguns estudos envolvendo o fogo foram conduzidos até hoje nessa Unidade de Conservação (UC). Nos últimos três anos, uma mudança no regime de incêndios vem sendo observada dentro dessa UC, com registros negativos de queimadas na estação seca e ocorrência de incêndios naturais, deflagrados por raios, durante a estação chuvosa, o que poderia ser interpretado como um tímido retorno ao regime de fogo natural desses ecossistemas. Tal mudança seria, na verdade, um reflexo das ações conjuntas tomadas a partir de 2001, com o objetivo de reverter o quadro de queimadas anuais que atingiram o Parque até 2007. O manejo adequado do fogo dentro do PARNA Serra do Cipó tem sido um desafio para seus gestores, assim como o tem sido em todas as outras unidades brasileiras criadas com o propósito de conservação de um Bioma no qual o fogo é parte integrante da história de vida de seus organismos. The Serra do Cipó National Park, in Minas Gerais State – Brazil, comprises a large number of Brazilian savannah physiognomies as well as a significant area of the Brazilian Atlantic Forest. Historical notes about fire in the Serra do Cipó region come from the 18th Century. Since then, local inhabitants have been using fire to renew their fields for cattle grazing, to have their lands cleaned, and even to cause intentional damage to the National Park as well. In spite of the fact that fire has played an important role in the Serra do Cipó National Park history and scientific knowledge has been required in order to be applied to the management of this protected area, only few academic studies involving effects of this disturbance on the plant and animal populations, communities and even on the landscape have been conducted there until now. Yet, for the last three years, it has been observed a switch in the fire regime inside Serra do Cipó National Park, going from annual man-made high intensity fires occurring during the dry season to sporadic fires triggered by lightning during the rainy season. Such switch could be explained by the managers’ attitudes in dealing with fire from the year 2001 on. Designing the optimal fire regime to Serra do Cipó National Park has been a challenge for its managers as it has been for all the other Brazilian Units’ managers who intend to protect an ecosystem in which fire is a relevant part of the life history of its organisms.O Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais – Brasil abriga diversas fitofisionomias do Bioma Cerrado, além de áreas representativas de Mata Atlântica. Os registros históricos de fogo de origem antrópica na região da Serra do Cipó datam do século XVIII. Desde então, pelo menos, o fogo tem sido usado com frequência pelos habitantes dessa região como ferramenta para renovação de pastagens, limpeza de terreno, e, não obstante, com o intuito de agressão ao Parque. Apesar da recorrência desse distúrbio na história do Parque Nacional da Serra do Cipó e da importância do conhecimento da especificidade dos efeitos do fogo nas populações biológicas, comunidades e também na paisagem local, para gestão de tal distúrbio dentro e no entorno do Parque, apenas alguns estudos envolvendo o fogo foram conduzidos até hoje nessa Unidade de Conservação (UC). Nos últimos três anos, uma mudança no regime de incêndios vem sendo observada dentro dessa UC, com registros negativos de queimadas na estação seca e ocorrência de incêndios naturais, deflagrados por raios, durante a estação chuvosa, o que poderia ser interpretado como um tímido retorno ao regime de fogo natural desses ecossistemas. Tal mudança seria, na verdade, um reflexo das ações conjuntas tomadas a partir de 2001, com o objetivo de reverter o quadro de queimadas anuais que atingiram o Parque até 2007. O manejo adequado do fogo dentro do PARNA Serra do Cipó tem sido um desafio para seus gestores, assim como o tem sido em todas as outras unidades brasileiras criadas com o propósito de conservação de um Bioma no qual o fogo é parte integrante da história de vida de seus organismos. Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2024-04-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/9610.37002/biodiversidadebrasileira.v1i2.96Biodiversidade Brasileira ; v. 1 n. 2 (2011): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 212-227Biodiversidade Brasileira ; Vol. 1 No. 2 (2011): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 212-227Biodiversidade Brasileira ; Vol. 1 Núm. 2 (2011): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 212-2272236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v1i2reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/96/104Copyright (c) 2024 Os autores mantêm os direitos autorais de seus artigos sem restrições, concedendo ao editor direitos de publicação não exclusivos.https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCardoso Ribeiro, MarileneCortes Figueira, José Eugênio2024-04-18T13:00:29Zoai:revistaeletronica.icmbio.gov.br:article/96Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2024-04-18T13:00:29Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false
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