Uma Proposta de Manejo Integrado do Fogo para o Parque Nacional do Itatiaia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza Motta, Marcelo
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Zaluar, Henrique L.T., Pitombeira, Mario K., Ferraz, Virgilio D., Tomzhinski, Gustavo W., Candido, Leonardo T.S., Passos, Alessandro, Nascimento, Leo, Rosado, Bruno H.P., Anjos, Lucia H.C. dos, Carvalho, Luiz M.T. de, Cataldi, Marcio, Fontes, Marco A. L., Indicatti, Rafael, da Silva Neto, Sebastião
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Biodiversidade Brasileira
Texto Completo: https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/1024
Resumo: O fogo foi considerado uma das principais ameaças à conservação dos Campos de Altitude, embora estudos recentes apresentem registros de paleoincêndios nestes ambientes. O objetivo deste trabalho é apresentar à sociedade a proposta de manejo integrado do fogo que está sendo desenvolvida no Parque Nacional do Itatiaia em um projeto multidisciplinar e com a colaboração de várias instituições. Guiado pela visão de sensibilidade, a unidade de conservação sempre adotou a política de supressão total do fogo em seu interior, independente da fisionomia considerada, o que resultou em áreas campestres com intervalos de queimas superiores a 15 anos. Na primeira década do Século XXI ocorreram 03 incêndios florestais (2001, 2007 e 2010) que atingiram cerca de 50% da área de Campos de Altitude existentes na unidade. Diante disso e do cenário de vulnerabilidade desse ecossistema às mudanças climáticas, a partir do ano de 2017, foi adotada uma gestão do fogo direcionada para o manejo da paisagem. Neste sentido, foram definidos 04 alvos de conservação (formações florestais, flora endêmica e ameaçada, o anuro Melanophryniscus moreirae e os Organossolos) e estratégias complementares, além da supressão. Dentre as estratégias que utilizam a prescrição do fogo podemos citar a implantação de aceiros negros, queimas controladas em campos antrópicos e o estabelecimento de uma unidade de manejo experimental, com área de 37 hectares, a ser submetida a um regime de fogo prescrito de baixa intensidade, com intervalo entre queimas menor que 07 anos. Estas medidas visam acumular conhecimento sobre o papel ecológico do fogo e gerar subsídios para a tomada de decisões na gestão de unidades de conservação que protejam os Campos de Altitude através do monitoramento dos efeitos do fogo sobre os alvos de conservação elencados
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