O fogo como facilitador da invasão biológica por Megathyrsus maximus (Poaceae: Panicoideae) na Terra Indígena Maxakali (MG): propostas para um manejo agroecológico integrado e adaptativo
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/348 |
Resumo: | Terras Indígenas (TIs) são instrumentos de proteção territorial que vêm contribuindo efetivamente para a conservação da biodiversidade no Brasil, em especial na região amazônica. Na Mata Atlântica, além de haver uma quantidade menor de TIs, elas apresentam extensões consideravelmente inferiores às da Amazônia. A TI Maxakali, localizada na transição entre a floresta estacional semi-decidual e a floresta ombrófila densa, no nordeste de Minas Gerais, pode se transformar em um refúgio para a biota em uma região amplamente desmatada ao longo do processo colonizatório. Contudo, para que tal ocorra, primeiramente é preciso solucionar o problema da invasão biológica por capim-colonião (Megathyrsus maximus), introduzido na área durante a primeira metade do século XX, e que hoje domina grande parte do território, impedindo o retorno da fisionomia florestal, graças às alterações que trouxe no regime de queima local. Caso haja os devidos apoios técnicos, financeiros, pedagógicos e psicológicos, por parte da academia, das políticas públicas e da sociedade civil organizada, os Maxakali podem se tornar importantes aliados na recuperação e conservação deste bioma secularmente devastado, que é a Mata Atlântica. Neste trabalho, procuramos apontar algumas informações sobre o processo histórico de invasão biológica na TI Maxakali. Apresentamos algumas estratégias para o controle da gramínea africana, de modo a retornar o eixo de resiliência sócio-ecológica local em direção a uma fitofisionomia florestal, no sentido de estabelecer as bases para realizar um manejo agroecológico integrado e adaptativo. |
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