Culpa e cuidado no candomblé baiano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145654 |
Resumo: | O objetivo principal deste artigo é discutir a inadequação de certos conceitos “nossos” para a descrição de realidades ancoradas em outras premissas. Após afirmar que, inicialmente, a preocupação constante da maioria dos filhos de santo que conheci com o risco de serem vitimados por algum feitiço me soava como paranoia, demonstro como essa noção está atrelada ao que o etnopsiquiatra Tobie Nathan denominou “sociedade de universo único” e é, portanto, inoperante no candomblé baiano. Ao final do artigo sugiro, com base em diversas situações vivenciadas durante a pesquisa de campo, que o termo “prevenção” é um descritor mais adequado para aquilo que eu, inicialmente, classificara como “paranoia”. |
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Culpa e cuidado no candomblé baianoGuilt and care in the candomblé of BahiaCandombléAfrobrazilian religionsetnopsychiatrypreventionSalvadorBahiaCandombléreligiões afro-brasileirasetnopsiquiatriaprevençãoSalvadorBahiaO objetivo principal deste artigo é discutir a inadequação de certos conceitos “nossos” para a descrição de realidades ancoradas em outras premissas. Após afirmar que, inicialmente, a preocupação constante da maioria dos filhos de santo que conheci com o risco de serem vitimados por algum feitiço me soava como paranoia, demonstro como essa noção está atrelada ao que o etnopsiquiatra Tobie Nathan denominou “sociedade de universo único” e é, portanto, inoperante no candomblé baiano. Ao final do artigo sugiro, com base em diversas situações vivenciadas durante a pesquisa de campo, que o termo “prevenção” é um descritor mais adequado para aquilo que eu, inicialmente, classificara como “paranoia”.My aim in this paper is to discuss how inadequate some of “our” concepts are to describe other realities, based on different assumptions. The constant worries that my friends in candomblé had about the risk of becoming victims of sorcery initially sounded to me as a paranoid behavior. Thus, I try to show that the notion of paranoia has to do with “single universe societies”, in the distinction proposed by ethnopsychiatrist Tobie Nathan. At the end of my paper, based on situations I experienced throughout my field research, I suggest that the term “prevention” would be a fitter description for the phenomenon I, at first, had classified as “paranoia”.Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros2018-04-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/14565410.11606/issn.2316-901X.v0i69p307-323Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 69 (2018); 307-323Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 69 (2018); 307-323Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 69 (2018); 307-323Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 69 (2018); 307-3232316-901X0020-3874reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinstname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)instacron:IEBporhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145654/139596Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinfo:eu-repo/semantics/openAccessFlaksman, Clara2018-04-27T12:38:32Zoai:revistas.usp.br:article/145654Revistahttps://www.revistas.usp.br/rieb/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rieb/oai||revistaieb@usp.br2316-901X0020-3874opendoar:2018-04-27T12:38:32Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)false |
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