O feitiço e a feitiçaria capitalista
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145656 |
Resumo: | Parece ser comum aos pesquisadores da área a percepção de que o Alto Xingu, conjunto multilíngue de povos que habitam a região dos formadores do rio Xingu, vem passando por mudanças significativas associadas ao aumento do afluxo de dinheiro e bens industrializados ao longo da última década ou mais. O que segue é uma tentativa preliminar de formular uma hipótese sobre um aspecto particular desse contexto – a questão de se há uma relação, e qual, entre essas mudanças e a feitiçaria – com base na etnografia dos Aweti, povo tupi xinguano. Resistir à tentação de achar que nós sabemos melhor do que eles o que está acontecendo, e que sabemos o que é melhor para eles, é também compreender qual a forma, ou uma das formas, que a resistência à captura capitalista pode tomar em seu mundo. |
id |
IEB-1_223585931eed4ce8c3875f6722789dcb |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/145656 |
network_acronym_str |
IEB-1 |
network_name_str |
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
repository_id_str |
|
spelling |
O feitiço e a feitiçaria capitalistaIndigenous witchcraft and the capitalist sorceryAwetiUpper XingusorcerycapitalismAwetiAlto XingufeitiçariacapitalismoParece ser comum aos pesquisadores da área a percepção de que o Alto Xingu, conjunto multilíngue de povos que habitam a região dos formadores do rio Xingu, vem passando por mudanças significativas associadas ao aumento do afluxo de dinheiro e bens industrializados ao longo da última década ou mais. O que segue é uma tentativa preliminar de formular uma hipótese sobre um aspecto particular desse contexto – a questão de se há uma relação, e qual, entre essas mudanças e a feitiçaria – com base na etnografia dos Aweti, povo tupi xinguano. Resistir à tentação de achar que nós sabemos melhor do que eles o que está acontecendo, e que sabemos o que é melhor para eles, é também compreender qual a forma, ou uma das formas, que a resistência à captura capitalista pode tomar em seu mundo.The perception that the Upper Xingu, a multi-linguistic community of indigenous peoples that inhabit the upper reaches of the Xingu river, is going through significant chances associated to the increasing flux of money and manufactured goods over the last decade or more seems to be shared by many researchers working on the area. What follows is a preliminar hypothesis about a particular aspect of this context – the issue of a possible relation between these chances and indigenous sorcery – based on the ethnography of the Aweti, a tupi speaking xinguano people. To resist the temptation to think that we know better them themselves what is going on, and that we know what is best for them, is also to understand what forms the resistance to capitalist capture can take in their world.Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros2018-04-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/14565610.11606/issn.2316-901X.v0i69p324-337Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 69 (2018); 324-337Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 69 (2018); 324-337Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 69 (2018); 324-337Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 69 (2018); 324-3372316-901X0020-3874reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinstname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)instacron:IEBporhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145656/139597Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinfo:eu-repo/semantics/openAccessVanzolini, Marina2018-04-27T12:51:50Zoai:revistas.usp.br:article/145656Revistahttps://www.revistas.usp.br/rieb/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rieb/oai||revistaieb@usp.br2316-901X0020-3874opendoar:2018-04-27T12:51:50Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O feitiço e a feitiçaria capitalista Indigenous witchcraft and the capitalist sorcery |
title |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
spellingShingle |
O feitiço e a feitiçaria capitalista Vanzolini, Marina Aweti Upper Xingu sorcery capitalism Aweti Alto Xingu feitiçaria capitalismo |
title_short |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
title_full |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
title_fullStr |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
title_full_unstemmed |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
title_sort |
O feitiço e a feitiçaria capitalista |
author |
Vanzolini, Marina |
author_facet |
Vanzolini, Marina |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vanzolini, Marina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aweti Upper Xingu sorcery capitalism Aweti Alto Xingu feitiçaria capitalismo |
topic |
Aweti Upper Xingu sorcery capitalism Aweti Alto Xingu feitiçaria capitalismo |
description |
Parece ser comum aos pesquisadores da área a percepção de que o Alto Xingu, conjunto multilíngue de povos que habitam a região dos formadores do rio Xingu, vem passando por mudanças significativas associadas ao aumento do afluxo de dinheiro e bens industrializados ao longo da última década ou mais. O que segue é uma tentativa preliminar de formular uma hipótese sobre um aspecto particular desse contexto – a questão de se há uma relação, e qual, entre essas mudanças e a feitiçaria – com base na etnografia dos Aweti, povo tupi xinguano. Resistir à tentação de achar que nós sabemos melhor do que eles o que está acontecendo, e que sabemos o que é melhor para eles, é também compreender qual a forma, ou uma das formas, que a resistência à captura capitalista pode tomar em seu mundo. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-04-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145656 10.11606/issn.2316-901X.v0i69p324-337 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145656 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2316-901X.v0i69p324-337 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/145656/139597 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 69 (2018); 324-337 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 69 (2018); 324-337 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 69 (2018); 324-337 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 69 (2018); 324-337 2316-901X 0020-3874 reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileiros instname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) instacron:IEB |
instname_str |
Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) |
instacron_str |
IEB |
institution |
IEB |
reponame_str |
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
collection |
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
repository.name.fl_str_mv |
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revistaieb@usp.br |
_version_ |
1798949711653109760 |