Memórias e histórias do acorde napolitano e de suas funções em certas canções da música popular no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Sérgio Paulo Ribeiro de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/89036
Resumo: Considerando que as implicações históricas dos materiais musicais interferem na apreciação e crítica acerca daquilo que compõe uma canção, aborda-se aqui o versado conjunto de notas musicais conhecido por vários termos, dentre os quais o de acorde napolitano. Assumindo que os acordes não são grandezas puras, comentam-se aspectos do tratamento técnico tradicionalmente dispensado ao napolitano e como esta alcunha porta vestígios de querelas importantes para a modernidade ocidental. Destaca-se que em sua longa e internacional trajetória, que recua aos tempos pré-barrocos, esta harmonia se viu convencionalmente reservada para a expressão do lamento e da dor, e como esse tipo de associatividade premeditada se fez também eficiente em canções produzidas no Brasil, entre 1937 a 1985, por personagens como Noel Rosa, Custódio Mesquita, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque
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spelling Memórias e histórias do acorde napolitano e de suas funções em certas canções da música popular no Brasil Memories and Stories from the Neapolitan Chord and its Functions in Certain Songs of Popular Music in Brazil Considerando que as implicações históricas dos materiais musicais interferem na apreciação e crítica acerca daquilo que compõe uma canção, aborda-se aqui o versado conjunto de notas musicais conhecido por vários termos, dentre os quais o de acorde napolitano. Assumindo que os acordes não são grandezas puras, comentam-se aspectos do tratamento técnico tradicionalmente dispensado ao napolitano e como esta alcunha porta vestígios de querelas importantes para a modernidade ocidental. Destaca-se que em sua longa e internacional trajetória, que recua aos tempos pré-barrocos, esta harmonia se viu convencionalmente reservada para a expressão do lamento e da dor, e como esse tipo de associatividade premeditada se fez também eficiente em canções produzidas no Brasil, entre 1937 a 1985, por personagens como Noel Rosa, Custódio Mesquita, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Chico Buarque Whereas the historical implications of musical materials interfere with the appreciation and criticism about what composes a song, the versed set of musical notes known by various terms was approached here, among them the Neapolitan chord. Assuming that the chords are not pure magnitude, we comment aspects of the technical treatment traditionally given to the Neapolitan chord and how this nickname brings traces of quarrels that are important to the western modernity. It is noteworthy that in its long and international path, which dates back to the pre-baroque, this harmony was conventionally reserved for the expression of regret and pain, and how this kind of premeditated associability also became effective on songs produced in Brazil between 1937-1985, by artists such as Noel Rosa, Custódio Mesquita, Tom Jobim, Vinicius de Moraes and Chico Buarque. Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros2014-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/8903610.11606/issn.2316-901X.v0i59p15-56Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 59 (2014); 15-56Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 59 (2014); 15-56Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 59 (2014); 15-56Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 59 (2014); 15-562316-901X0020-3874reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinstname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)instacron:IEBporhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/89036/91939Copyright (c) 2016 Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinfo:eu-repo/semantics/openAccessFreitas, Sérgio Paulo Ribeiro de 2015-11-13T16:27:00Zoai:revistas.usp.br:article/89036Revistahttps://www.revistas.usp.br/rieb/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rieb/oai||revistaieb@usp.br2316-901X0020-3874opendoar:2015-11-13T16:27Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)false
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