Epidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979
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Data de Publicação: | 1980 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6809 |
Resumo: | Uma extensa epidemia de doença febril causada pelo vírus Oropouche ocorreu na parte leste do Estado do Pará, em 1979. A virose foi detectada em 10 localidades, inclusive em Belém, capital do Estado. O vírus foi isolado de 62 casos febris, 31 dos quais eram residentes na vila de Santa Izabel, situada 40 km a leste de Belém. Os primeiros casos foram confirmados na vila de Santa Izabel, no começo de março; é provável, entretanto, que o surto tenha iniciado em janeiro. À exceção de Ananindeua, onde a epidemia foi reconhecida somente em novembro de 1979, nas demais localidades a ocorrência verificou-se no período de março a julho. Um estudo prospectivo realizado de março a junho em Santa Izabel, abrangendo 97 moradias com 537 residentes, mostrou que 63% (49/78) das pessoas infectadas, no mínimo, desenvolveram manifestações clínicas. Testes sorológicos revelaram que a incidência da infecção em 7 localidades oscilou de 4,8% a 50,8%, e que pelo menos 27.253 pessoas contraíram a virose. Esta estimativa é conservadora, posto que somente 6 bairros de Belém foram examinados, bem como não se determinou a incidência da virose em 3 das localidades atingidas. Todos os grupos etários foram infectados, embora a incidência tenha sido mais elevada nos grupos mais jovens. O sexo feminino foi ligeiramente mais afetado do que o masculino. Os estudos sorológicos revelaram, ainda, que o vírus Oropouche já havia ocorrido, no passado, em todas as 7 localidades; este fato, contudo, só era conhecido com respeito a Belérn, onde duas epidemias jã haviam sido detectadas, em 1961 e em 1968. Conseguiu-se o isolamento de uma amostra do vírus Oropouche a partir de 21.174 Culicoides paraensis coletados em Belérn, Santa Izabel e Ananindeua durante o período epidêmico: a amostra isolada foi obtida de 5.045 Culicoides coletados em Belém. Nenhum agente foi isolado de 4.740 Culex quinquefasciatus, nem de 271 culicíneos de outras espécies examinados. Anticorpos para o vírus Oropouche foram encontrados em 2,3% (3/126) das aves silvestres de Santa Izabel, mas em nenhum dos 81 morcegos capturados na mesma localidade. É provável que a introdução do vírus nos núcleos urbanos afetados em 1979 tenha-se originado em Torné-Açu, onde ocorrera uma epidemia no ano anterior. |
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Os primeiros casos foram confirmados na vila de Santa Izabel, no começo de março; é provável, entretanto, que o surto tenha iniciado em janeiro. À exceção de Ananindeua, onde a epidemia foi reconhecida somente em novembro de 1979, nas demais localidades a ocorrência verificou-se no período de março a julho. Um estudo prospectivo realizado de março a junho em Santa Izabel, abrangendo 97 moradias com 537 residentes, mostrou que 63% (49/78) das pessoas infectadas, no mínimo, desenvolveram manifestações clínicas. Testes sorológicos revelaram que a incidência da infecção em 7 localidades oscilou de 4,8% a 50,8%, e que pelo menos 27.253 pessoas contraíram a virose. Esta estimativa é conservadora, posto que somente 6 bairros de Belém foram examinados, bem como não se determinou a incidência da virose em 3 das localidades atingidas. Todos os grupos etários foram infectados, embora a incidência tenha sido mais elevada nos grupos mais jovens. O sexo feminino foi ligeiramente mais afetado do que o masculino. Os estudos sorológicos revelaram, ainda, que o vírus Oropouche já havia ocorrido, no passado, em todas as 7 localidades; este fato, contudo, só era conhecido com respeito a Belérn, onde duas epidemias jã haviam sido detectadas, em 1961 e em 1968. Conseguiu-se o isolamento de uma amostra do vírus Oropouche a partir de 21.174 Culicoides paraensis coletados em Belérn, Santa Izabel e Ananindeua durante o período epidêmico: a amostra isolada foi obtida de 5.045 Culicoides coletados em Belém. Nenhum agente foi isolado de 4.740 Culex quinquefasciatus, nem de 271 culicíneos de outras espécies examinados. Anticorpos para o vírus Oropouche foram encontrados em 2,3% (3/126) das aves silvestres de Santa Izabel, mas em nenhum dos 81 morcegos capturados na mesma localidade. É provável que a introdução do vírus nos núcleos urbanos afetados em 1979 tenha-se originado em Torné-Açu, onde ocorrera uma epidemia no ano anterior.Trabalho realizado com o apoio financeiro do Programa de Pólos Agropecuários e Agrominerais da Amazônia (POLAMAZÔNIA), SUDAM, Ministério do Interior e do Programa do Trópico Úmido, CNPq.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.porAcademia Brasileira de CiênciasAccesso Abertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessEpidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectArbovírusInfecções por BunyaviridaeVírus OropoucheEpidemiasreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALEpidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdfEpidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdfapplication/pdf6510867https://patua.iec.gov.br/bitstreams/86f840cb-3273-4ea2-9434-e949fa6db9dd/download2f91e8fdd0fcb4c0fbb915cac0aca4caMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82182https://patua.iec.gov.br/bitstreams/130028a8-d373-4ed0-8072-ebfe9ee25d5e/download11832eea31b16df8613079d742d61793MD52TEXTEPIDEMIA DE VORUS OROPOUCHE0001.pdf.txtEPIDEMIA DE VORUS OROPOUCHE0001.pdf.txtExtracted texttext/plain26894https://patua.iec.gov.br/bitstreams/ddb62572-b5d1-4024-bfe3-d62737c8bc19/download55865e363ffc5288d93091e7b638428cMD53Epidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdf.txtEpidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdf.txtExtracted texttext/plain26894https://patua.iec.gov.br/bitstreams/620df02f-d0ff-488e-80fb-412fb6ea957e/download55865e363ffc5288d93091e7b638428cMD55THUMBNAILEPIDEMIA DE VORUS OROPOUCHE0001.pdf.jpgEPIDEMIA DE VORUS OROPOUCHE0001.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg5398https://patua.iec.gov.br/bitstreams/11120b3e-6fcd-405c-aa71-1249796824c4/download1a49023379406e4d5cd79fc415e53675MD54Epidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdf.jpgEpidemia de vírus Oropouche no leste do estado do Pará, 1979.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg5398https://patua.iec.gov.br/bitstreams/2cfd3b6e-b044-42d5-a443-c3df2606bbf2/download1a49023379406e4d5cd79fc415e53675MD56iec/68092023-04-26 14:01:08.105oai:patua.iec.gov.br:iec/6809https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2023-04-26T14:01:08Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - 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