Infecção experimental por Vírus Zika em fêmeas prenhes de Saimiri collinsi: avaliação das alterações histopatológicas e a curva da resposta imune dos anticorpos da classe IgM

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alcantara, Bianca Nascimento de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4489
Resumo: O vírus Zika (ZIKV) é um vírus neurotrópico emergente, transmitido por artrópodes, que pertencente à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Essa família inclui outros vírus de grande importância à saúde pública. Ele foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir do sangue de um macaco rhesus (Macaca mulata), utilizado como sentinela em um projeto de controle de febre amarela na floresta de Zika, em Uganda. A infecção causada pelo ZIKV era apresentada como doença febril branda, muitas vezes confundida com outras arboviroses, como Dengue ou Febre do Chikungunya. No entanto, há relatos de evolução neurológica grave com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (SGB), e outras anomalias do sistema nervoso central (SNC), que foram associadas à linhagem asiática que passou a circular nas Américas a partir de 2015. Desde então muitos esforços foram feitos no intuito de compreender os mecanismos da infecção que resultam em alterações na formação do feto, bem como no desenvolvimento da síndrome congênita do Zika (SCZ). A fim de contribuir na compreensão dos mecanismos que levam alterações na formação dos fetos e melhor compreensão do comportamento do perfil sorológico da resposta imune humoral e tecidual, o presente trabalho avaliou a infecção experimental pelo genótipo asiático do ZIKV, utilizando como modelo, fêmeas prenhes de macacos-de-cheiro (Saimiri collinsi). Nossas análises demonstraram que a espécie Saimiri collinsi é um bom modelo experimental para reproduzir as lesões causadas pelo ZIKV, pois imitam a gravidez humana de várias formas, desde a placentação até o desenvolvimento neurológico. Além disso, a espécie é capaz de se reproduzir em períodos bem definidos ao longo do ano, com gestações curtas, tornando-se um modelo de gravidez viável e eficiente para a infecção experimental por este vírus. Por fim, nossos resultados foram capazes de demonstrar alterações histopatológicas e morfológicas produzidas pela infecção da linhagem asiática ZIKV, tanto nas fêmeas prenhes com em seus filhotes, bem como, conseguimos definir as curvas sorológicas do anticorpo IgM, presentes no soro das fêmeas prenhes, demonstrando que os maiores picos de resposta imune ocorrem nos animais infectados no início da gestação. E a quantificação das alterações histopatológicas no SNC dos recém-nascidos, foi realizada e comprovou que a infecção precoce pelo ZIKV é capaz de produzir lesões de elevados graus de severidade, inclusive lesões condizentes com SCZ nesses recém-nascidos.
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Ele foi isolado pela primeira vez em 1947, a partir do sangue de um macaco rhesus (Macaca mulata), utilizado como sentinela em um projeto de controle de febre amarela na floresta de Zika, em Uganda. A infecção causada pelo ZIKV era apresentada como doença febril branda, muitas vezes confundida com outras arboviroses, como Dengue ou Febre do Chikungunya. No entanto, há relatos de evolução neurológica grave com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré (SGB), e outras anomalias do sistema nervoso central (SNC), que foram associadas à linhagem asiática que passou a circular nas Américas a partir de 2015. Desde então muitos esforços foram feitos no intuito de compreender os mecanismos da infecção que resultam em alterações na formação do feto, bem como no desenvolvimento da síndrome congênita do Zika (SCZ). A fim de contribuir na compreensão dos mecanismos que levam alterações na formação dos fetos e melhor compreensão do comportamento do perfil sorológico da resposta imune humoral e tecidual, o presente trabalho avaliou a infecção experimental pelo genótipo asiático do ZIKV, utilizando como modelo, fêmeas prenhes de macacos-de-cheiro (Saimiri collinsi). Nossas análises demonstraram que a espécie Saimiri collinsi é um bom modelo experimental para reproduzir as lesões causadas pelo ZIKV, pois imitam a gravidez humana de várias formas, desde a placentação até o desenvolvimento neurológico. Além disso, a espécie é capaz de se reproduzir em períodos bem definidos ao longo do ano, com gestações curtas, tornando-se um modelo de gravidez viável e eficiente para a infecção experimental por este vírus. 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Ananindeua, PA, Brasil.porMS/SVS/Instituto Evandro ChagasInfecção experimental por Vírus Zika em fêmeas prenhes de Saimiri collinsi: avaliação das alterações histopatológicas e a curva da resposta imune dos anticorpos da classe IgMinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2021-03-19Núcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoInstituto Evandro ChagasDoutoradoAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em VirologiaZika virus / patogenicidadeInfecção por Zika virusPrimatas / imunologiaSaimiri / anatomia & histologiaComplicações Infecciosas na Gravidezinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALInfecção experimental por Vírus Zika em fêmeas prenhes de Saimiri collinsi: avaliação das alterações histopatológicas e a curva da resposta imune dos anticorpos da classe IgM.pdfInfecção experimental por Vírus Zika em fêmeas prenhes de Saimiri collinsi: avaliação das alterações histopatológicas e a curva da resposta imune dos anticorpos da classe IgM.pdfapplication/pdf23566688https://patua.iec.gov.br/bitstreams/f35a50df-a008-4b60-a923-42e6dc02d32f/download72b9568c7ca103e43ee12f7329fd6539MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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