Raiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6748 |
Resumo: | A raiva humana é uma doença transmitida de animais para humanos, causada pelo vírus da raiva, do gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. No século XXI ocorreram três surtos de raiva humana no Estado do Pará, nos anos de 2004 (Portel, Viseu), 2005 (Augusto Corrêa, Viseu) e 2018 (Melgaço), vitimando 49 pessoas. Objetivou-se com essa pesquisa analisar o perfil clínico-epidemiológico, a dinâmica temporal e a distribuição espacial dos casos de raiva humana transmitidas por morcegos e o número de atendimentos antirrábicos por ocasião dos surtos. Procedeu-se à coleta de dados através do banco de dados de raiva humana e atendimento antirrábico do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada uma pesquisa quantitativa com o tipo de estudo epidemiológico analítico e retrospectivo. Foram analisados 49 casos confirmados de raiva humana, tendo Portel e Augusto Corrêa com 30,61% dos casos; Viseu 18,37% e Melgaço 20,41%. A faixa etária mais incidente em Portel foi de 1 a 14 anos com 60% dos casos, em Augusto Corrêa foi de 80% na mesma faixa etária, já em Viseu a faixa etária entre 1 e 24 anos apresentou 67% dos casos e em Melgaço 90% dos casos foram na faixa etária de 1 a 14 anos. A menor média de tempo entre a data dos primeiros sintomas e a data da notificação foi em Melgaço com 8 dias e a média entre a data de internação e data dos primeiros sintomas dos casos foi de apenas 2 dias em Viseu. A sobrevida dos pacientes a partir dos primeiros sintomas foi maior em Melgaço com média de 16 dias. Augusto Corrêa apresentou o maior percentual de confirmação laboratorial com 66,67% dos casos residentes no município. As notificações de atendimento antirrábico em Portel, 81,43% tiveram como o principal animal transmissor da doença o morcego, em Viseu 70,65%, 70,54% em Augusto Corrêa e 98,05% em Melgaço. O teste de Log Rank (Mantel-Cox) na análise de sobrevivência, não comprovou a hipótese da existência de diferença entre as datas de exposição e o óbito (p-value = 0,361). Não há diferenças nas distribuições de sobrevivência nos municípios (p-value = 0,001) para as diferenças de datas de primeiros sintomas e óbito. Não houve diferenças nas distribuições de sobrevivência entre os municípios em relação à data de internação e óbito, pois p-value = 0,000 < 0,05. Houve redução na incidência de raiva humana no período entre 2004 e 2018, e pouca mudança no perfil epidemiológico, predominando casos em menores de idade e zona rural; sugere-se melhorar o processo de investigação epidemiológica dos casos, melhorar a profilaxia de pré e pós-exposição e melhor assistência aos casos de raiva humana nas populações sob maior risco de acidentes com morcegos, principalmente as populações ribeirinhas. |
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Andrade, Jorge Alberto AzevedoGuimarães, Ricardo José de Paula Souza eCasseb, Lívia Medeiros NevesPereira, Waltair Maria MartinsSousa, Rita Catarina MedeirosMattos, Haroldo José2023-03-15T17:06:51Z2023-03-15T17:06:51Z2020ANDRADE, Jorge Alberto Azevedo. Raiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI. 2020. 74 f. Dissertação (Mestrado em Epidemiologia e Vigilância em Saúde) - Instituto Evandro Chagas, Programa de Pós-Graduação em Virologia, Ananindeua, 2020. Disponível em: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6748https://patua.iec.gov.br/handle/iec/6748A raiva humana é uma doença transmitida de animais para humanos, causada pelo vírus da raiva, do gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. No século XXI ocorreram três surtos de raiva humana no Estado do Pará, nos anos de 2004 (Portel, Viseu), 2005 (Augusto Corrêa, Viseu) e 2018 (Melgaço), vitimando 49 pessoas. Objetivou-se com essa pesquisa analisar o perfil clínico-epidemiológico, a dinâmica temporal e a distribuição espacial dos casos de raiva humana transmitidas por morcegos e o número de atendimentos antirrábicos por ocasião dos surtos. Procedeu-se à coleta de dados através do banco de dados de raiva humana e atendimento antirrábico do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizada uma pesquisa quantitativa com o tipo de estudo epidemiológico analítico e retrospectivo. Foram analisados 49 casos confirmados de raiva humana, tendo Portel e Augusto Corrêa com 30,61% dos casos; Viseu 18,37% e Melgaço 20,41%. A faixa etária mais incidente em Portel foi de 1 a 14 anos com 60% dos casos, em Augusto Corrêa foi de 80% na mesma faixa etária, já em Viseu a faixa etária entre 1 e 24 anos apresentou 67% dos casos e em Melgaço 90% dos casos foram na faixa etária de 1 a 14 anos. A menor média de tempo entre a data dos primeiros sintomas e a data da notificação foi em Melgaço com 8 dias e a média entre a data de internação e data dos primeiros sintomas dos casos foi de apenas 2 dias em Viseu. A sobrevida dos pacientes a partir dos primeiros sintomas foi maior em Melgaço com média de 16 dias. Augusto Corrêa apresentou o maior percentual de confirmação laboratorial com 66,67% dos casos residentes no município. As notificações de atendimento antirrábico em Portel, 81,43% tiveram como o principal animal transmissor da doença o morcego, em Viseu 70,65%, 70,54% em Augusto Corrêa e 98,05% em Melgaço. O teste de Log Rank (Mantel-Cox) na análise de sobrevivência, não comprovou a hipótese da existência de diferença entre as datas de exposição e o óbito (p-value = 0,361). Não há diferenças nas distribuições de sobrevivência nos municípios (p-value = 0,001) para as diferenças de datas de primeiros sintomas e óbito. 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Ananindeua, PA, Brasil.porMS/SVS/Instituto Evandro ChagasRaiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2020-04-08Núcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoMS/SVS/Instituto Evandro ChagasMestrado AcadêmicoAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em Epidemiologia e Vigilância em SaúdeRaiva / virologiaVírus da Raiva / patogenicidadePerfil de SaúdeQuirópteros / anatomia & histologiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINAL Raiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdf Raiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdfapplication/pdf2112553https://patua.iec.gov.br/bitstreams/a554683d-64d4-4d24-a386-7f63b3501059/downloadbfc086ff2c8206f13b510ff21b8ebe84MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82182https://patua.iec.gov.br/bitstreams/22179b1d-1fa5-4acb-aed3-325e1936b70c/download11832eea31b16df8613079d742d61793MD52TEXTRaiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdf.txtRaiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdf.txtExtracted texttext/plain102970https://patua.iec.gov.br/bitstreams/1cf8f272-b187-419e-8371-5c4cab70b426/download09cc0e5722bcddb8028e17575898771eMD53THUMBNAILRaiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdf.jpgRaiva humana transmitida por morcegos: surtos ocorridos no Pará no século XXI.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2777https://patua.iec.gov.br/bitstreams/8e8e4c09-e178-4cc4-a607-672874fb1118/download9b546abe9eeeb9c9facf1c54e57abbfbMD54iec/67482023-03-15 17:22:15.248oai:patua.iec.gov.br:iec/6748https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2023-03-15T17:22:15Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC)falsePGI+TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmE8L2I+DQoNClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUGF0dcOhIGRldmUgY29uY2VkZXIgYW8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIHVtYSBMaWNlbsOnYSBkZSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBOw6NvIEV4Y2x1c2l2YSBwYXJhIHRvcm5hciBlIG1hbnRlciBhY2Vzc8OtdmVpcyBvcyBzZXVzIGRvY3VtZW50b3MgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLiANCg0KQ29tIGEgY29uY2Vzc8OjbyBkZXNzYSBsaWNlbsOnYSBuw6NvIGV4Y2x1c2l2YSwgbyBkZXBvc2l0YW50ZSBjb250aW51YSBhIHJldGVyIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLg0KDQpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKQ0KDQphKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRlIHNldSBkb2N1bWVudG8uDQoNCmIpIENvbmNlZGUgYW8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBubyA8Yj5QYXR1w6E8L2I+LCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIHF1YWxxdWVyIG91dHJvIG1laW8uDQoNCmMpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIG8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIGEgYXJxdWl2YXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlc3NlIGRvY3VtZW50byBlIGNvbnZlcnTDqi1sbywgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBzZXUgY29udGXDumRvLCBwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgZmljaGVpcm8sIG1laW8gb3Ugc3Vwb3J0ZSwgcGFyYSBlZmVpdG9zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIHByZXNlcnZhw6fDo28gKGJhY2t1cCkgZSBhY2Vzc28uDQoNCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSBkZXTDqW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIGEgdGVyY2Vpcm9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuDQoNCmUpIERlY2xhcmEgcXVlLCBubyBjYXNvIGRvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gY29udGVyIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIG9idGV2ZSBhIGF1dG9yaXphw6fDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhbyBJbnN0aXR1dG8gRXZhbmRybyBDaGFnYXMgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIHV0aWxpesOhLWxvcyBsZWdhbG1lbnRlLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLg0KDQpmKSBTRSBPIERPQ1VNRU5UTyBFTlRSRUdVRSBGT1IgQkFTRUFETyBFTSBUUkFCQUxITyBGSU5BTkNJQURPIE9VIEFQT0lBRE8gUE9SIE9VVFJBIElOU1RJVFVJw4fDg08gUVVFIE7Dg08gTyBJTlNUSVRVVE8gRVZBTkRSTyBDSEFHQVMsIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgUVVBSVNRVUVSIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQRUxPIFJFU1BFQ1RJVk8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIEluc3RpdHV0byBFdmFuZHJvIENoYWdhcyBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbyBhbMOpbSBkbyBwcmV2aXN0byBuYSBhbMOtbmVhIGIpLg== |
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