Epidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia
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Data de Publicação: | 1980 |
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Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/365 |
Resumo: | Estudos realizados de 1960 a 1979 demonstraram ampla distribuição do vírus da encefalite de São Luís (SLE) em inúmeras áreas da Amazônia brasileira. Nesse período, 96 amostras do agente foram isoladas a partir de seres humanos, aves silvestres, primatas, desdentado, marsupiais, animais sentinelas e de artrópodos. Na floresta da Areá de Pesquisas Ecológicas do Guamá (APEG), situada às adjacências de Belém, o vírus SLE mantém-se através de um ciclo enzoótico-epizoótico, do qual participam aves siIvestres e mosquitos do gêneroCulex. Aves siIvestres de diversas famílias, notadamente as pertencentes às famílias Formicariidae e Cathartidae, e os mosquitos das espécies Culex (c) declarator e Culex (c) coronator são os principais constituintes do ciclo de manutenção do v(rus SLE na floresta da APEG. Outras espécies dos gêneros Culex e Aedes, bem como Sabethes belisarioi e Mansonia pseudotillans, também foram encontradas infectadas em diversos locais, mas a importância das mesmas no ciclo do vírus não pôde ser determinada. Imunidade para o vírus SLE foi assinalada em aves capturadas nas demais áreas investigadas, quase todas situadas ao longo das novas rodovias da Amazônia. Além disso, 9 isolamentos do agente foram conseguidos de aves capturadas em 5 dessas áreas. Quatro amostras do vírus SLE foram isoladas de primatas e outras duas de marsupiais, mas o significado desses achados ainda permanece por ser determinado. Apesar da ampla disseminação do vírus na Amazônia, nenhuma epidemia de encefalite atribuível ao mesmo foi detectada até o presente. Anticorpos inibidores da hemaglutinação foram encontrados em 1 % a 5% dos residentes das diversas localidades da região, e 2 isolamentos foram obtidos de pacientes sem sinais de encefalite. Estes achados indicam a necessidade de se realizar estudos mais detalhados na região, sobre a epidemiologia do vírus e sobre os seus efeitos clínicos em seres humanos. |
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Rosa, Jorge Fernando Soares Travassos daFreitas, Emanuel NRosa, Amélia Paes de Andrade Travassos daPinheiro, Francisco de Paula2016-01-26T11:22:38Z1980ROSA, Jorge Fernando Soares Travassos da et al. Epidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia. Revista da Fundação Serviços de Saúde Pública, v. 25, n. 2, p. 73-80, 1980.0304-2138https://patua.iec.gov.br/handle/iec/365Estudos realizados de 1960 a 1979 demonstraram ampla distribuição do vírus da encefalite de São Luís (SLE) em inúmeras áreas da Amazônia brasileira. Nesse período, 96 amostras do agente foram isoladas a partir de seres humanos, aves silvestres, primatas, desdentado, marsupiais, animais sentinelas e de artrópodos. Na floresta da Areá de Pesquisas Ecológicas do Guamá (APEG), situada às adjacências de Belém, o vírus SLE mantém-se através de um ciclo enzoótico-epizoótico, do qual participam aves siIvestres e mosquitos do gêneroCulex. Aves siIvestres de diversas famílias, notadamente as pertencentes às famílias Formicariidae e Cathartidae, e os mosquitos das espécies Culex (c) declarator e Culex (c) coronator são os principais constituintes do ciclo de manutenção do v(rus SLE na floresta da APEG. Outras espécies dos gêneros Culex e Aedes, bem como Sabethes belisarioi e Mansonia pseudotillans, também foram encontradas infectadas em diversos locais, mas a importância das mesmas no ciclo do vírus não pôde ser determinada. Imunidade para o vírus SLE foi assinalada em aves capturadas nas demais áreas investigadas, quase todas situadas ao longo das novas rodovias da Amazônia. Além disso, 9 isolamentos do agente foram conseguidos de aves capturadas em 5 dessas áreas. Quatro amostras do vírus SLE foram isoladas de primatas e outras duas de marsupiais, mas o significado desses achados ainda permanece por ser determinado. Apesar da ampla disseminação do vírus na Amazônia, nenhuma epidemia de encefalite atribuível ao mesmo foi detectada até o presente. Anticorpos inibidores da hemaglutinação foram encontrados em 1 % a 5% dos residentes das diversas localidades da região, e 2 isolamentos foram obtidos de pacientes sem sinais de encefalite. Estes achados indicam a necessidade de se realizar estudos mais detalhados na região, sobre a epidemiologia do vírus e sobre os seus efeitos clínicos em seres humanos.Studies undertaken between 1960 and 1979 showed that St. Louis encephalitis (SLE) virus is widely distributed in the Amazon region of Brazil. I n this period, 96 strains of the agent were recovered. from man, wild bird, primates, edentate, marsupiais, sentinel animais and artropods. The virus is enzootic and epizootic in the forest of the Area de Pesquisas Ecológica do Guamá (APEG), adjacent to the city of Belém. Wild birds, especially those belonging to the Formicariidae and Cathartidae families seem to be the main vertebrates hosts of the vírus in APEG and the mosquitoes Culex (c) declarator and Culex (c) coronator seem to be the main vectors. Other mosquito species of the genus Culex and Aedes, as well as Sabethes belisarioi and Mansonia pseudotitillans were found infected but their role as vectors of the vírus remains to bedetermined. Immunity to SLE vírus was found in wild birds from ali other areas studied, most of which were located along the newly opened highways in the Amazon region. In addition, 9 strains of the vírus were recovered from wi Id birds captured in 5 of these areas. Four isolations were made from primates an 2 from marsupiais bút the significance of these findings remains to be determ ined. In spite of the wide distribution of SLE vírus in the Amazon region no outbreak of encephalits due to the agent has been detected so far. Hemagglutinating-inhibition antibodies were found in 1% to 5% of residents from different lacàlities of the Amazon region and 2 isolations were made from sick persons with no clinical signs of encephalitis. These findings reinforce the need for further investigations in this region on the epidemiology of SLE vírus and on the symptomatology it causes in man.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.Ministério da Saúde. Fundação Serviços de Saúde Pública. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.application/pdfporFundação Serviços de Saúde PúblicaEpidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazôniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleEncefalite de St. Louis / sangueEncefalite de St. Louis / virologiaTestes SorológicosCulexDidelphisSigmodontinaeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALEpidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia .pdfapplication/pdf880048https://patua.iec.gov.br/bitstreams/2d74fa79-6bf3-41b3-80dc-ee8372754bb9/download99aceab6a7460ebcca5e170b2bab41eeMD51TEXTfile_1.pdf.txtfile_1.pdf.txtExtracted texttext/plain21288https://patua.iec.gov.br/bitstreams/b011e326-848f-4d24-b302-c2899d568348/download854745be64de1f87f946531587616972MD52Epidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia .pdf.txtEpidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia .pdf.txtExtracted texttext/plain21480https://patua.iec.gov.br/bitstreams/30450e5e-60ff-4c3a-a2e1-9e88f128cc84/downloadcfe6efea7da67cae971757f153632f51MD57THUMBNAILfile_1.pdf.jpgfile_1.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg4272https://patua.iec.gov.br/bitstreams/bb511e70-78bf-407d-8005-6265a45d471f/downloadc4147ea9ab75543db2a4432fda6d0e96MD53Epidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia .pdf.jpgEpidemiologia do vírus da encefalite de São Luis na Amazônia .pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg4909https://patua.iec.gov.br/bitstreams/8287d333-27da-448e-965a-1f04d69d7e81/download03f8069db2beaf6c49b6bcb0ae83bdfbMD58LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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