Análise da frequência de micronúcleos na comunidade ribeirinha São José, Amazonas, exposta a contaminação por mercúrio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Aline Barreto
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4404
Resumo: O metilmercúrio (MeHg) alcança o homem principalmente através do consumo de peixes. Por essa razão, as populações ribeirinhas estão mais suscetíveis à contaminação por este composto químico e aos seus consequentes efeitos genotóxicos, devido à frequente ingestão de pescado. Dentre os diferentes biomarcadores indicativos de danos ao DNA destaca-se o teste do micronúcleo, que detecta quebras e perdas cromossômicas, sendo por isso de grande importância em estudos epidemiológicos para avaliação de possíveis danos genotóxicos. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a frequência de micronúcleos em habitantes da comunidade ribeirinha São José (AM), e correlacioná-la com características socioeconômicas e hábitos de vida. Os dados obtidos foram comparados com informações de uma população referência na Amazônia. Para isso, foram selecionados 53 participantes da comunidade de São José, localizado no município de Benjamin Constant (AM) e como grupo comparativo, foram selecionados 35 habitantes da comunidade de Dom Manuel, localizado em Barcarena (PA). As informações foram coletadas por meio de um questionário epidemiológico. As análises de micronúcleos foram feitas em lâminas de esfregaço sanguíneo. O mercúrio total foi dosado em amostras de cabelo. As características semelhantes em ambas as comunidades são o sexo masculino, idade entre 19 e 59 anos, com união estável, baixa escolaridade e renda mensal de até um salário mínimo. Outras variáveis são diferentes como aquelas relacionadas a ocupação, moradia, abastecimento de água e saneamento básico. O consumo de peixes, frango, frutas, legumes e verduras é maior entre os ribeirinhos do Amazonas. As concentrações de HgT em São José (8,04±3,54 µg/g) foram significativamente maiores que em Dom Manuel (1,17±1,30 µg/g) (p<0,0001), assim como, a frequência de MN em Benjamim Constant (1,44±0,74) foi estatisticamente maior que em Barcarena (0,43±0,42) (p<0,0001). Dentre os aspectos epidemiológicos, o HgT foi significantemente maior no sexo masculino (p = 0,0025), idade superior a 19 anos (p = 0,0116), fumantes (p = 0,0058) e que ingerem bebidas alcóolicas (p = 0,0013). Apenas os indivíduos que consumiam peixes acima de três vezes na semana apresentaram uma tendência no aumento da frequência de MN (p = 0,0515). Os resultados sugerem que os elevados níveis de HgT encontrados nos ribeirinhos de São José tenham contribuído para o surgimento de micronúcleos, tendo em vista que atividades aneugênicas de compostos de mercúrio já foram evidenciadas. Assim, o teste do micronúcleo se mostra um biomarcador alternativo de monitoramento do potencial genotóxico de exposição ao mercúrio.
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Dentre os diferentes biomarcadores indicativos de danos ao DNA destaca-se o teste do micronúcleo, que detecta quebras e perdas cromossômicas, sendo por isso de grande importância em estudos epidemiológicos para avaliação de possíveis danos genotóxicos. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a frequência de micronúcleos em habitantes da comunidade ribeirinha São José (AM), e correlacioná-la com características socioeconômicas e hábitos de vida. Os dados obtidos foram comparados com informações de uma população referência na Amazônia. Para isso, foram selecionados 53 participantes da comunidade de São José, localizado no município de Benjamin Constant (AM) e como grupo comparativo, foram selecionados 35 habitantes da comunidade de Dom Manuel, localizado em Barcarena (PA). As informações foram coletadas por meio de um questionário epidemiológico. As análises de micronúcleos foram feitas em lâminas de esfregaço sanguíneo. O mercúrio total foi dosado em amostras de cabelo. 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