Caracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3070 |
Resumo: | Os vírus Inhangapi (INHV) e Xiburema (XIBV) foram isolados de um pool de flebotomíneo Lutzomyia flaviscutellata no estado do Pará (1969) e de mosquitos Sabethes intermedius no estado do Acre (1977), respectivamente. Esses vírus reagiram pelo teste de fixação de complemento (FC) com soro homólogo, mas não reagiram com o de outros vírus da família Rhabdoviridae, permanecendo como vírus não grupados. O objetivo desse estudo foi realizar a caracterização morfológica, antigênica e molecular de ambos os vírus. Os camundongos albinos suíços recém-nascidos (Mus musculus) mostraram suscetibilidade ao INHV e XIBV quando inoculados pelas vias intracerebral (i.c.) e intranasal (i.n.). Os animais adoeceram no 2 dia após a inoculação (dpi), e morreram no 5º dpi. O título viral dos animais inoculados foi XIBV (título DL50/0,02 ml: 10-6.4) e INHV (título DL 50/ 0,02 ml: 10-5.15). Analisando as culturas de células inoculadas, verificou-se que as células Vero e neurônios foram susceptíveis aos INHV e XIBV, apresentando efeito citopático (ECP), em aproximadamente 14 e 4 dpi, respectivamente. Apenas XIBV causou ECP em células C6/36 no 4º dpi. Os testes de imunofluorescência indireta (IFI) e fixação do complemento (FC) confirmaram a presença de antígenos virais nas células que apresentaram ECP. O estudo demonstrou que ambos os vírus causaram lesões cerebrais, tais como edema perivascular, hipertrofia endotelial, necrose e apoptose em neurônios do córtex e hipocampo no período de 96 horas pi, enquanto os demais tecidos (pulmões, coração, fígado, baço e rins) permaneceram sem alterações aparentes. Ao microscópio eletrônico as partículas foram semelhantes aos da família Rhabdoviridae, demonstrando o apecto típico de bala de revólver. Camundongos inoculados via I.N. apresentaram antígenos virais em todas as áreas do parênquima cerebral. A análise do genoma completo dos XIBV e INHV revelou a presença de cinco ORFs, que codificaram proteínas estruturais (3′-N-P-M-G-L-5′) e genes acessórios (pAG1 e pAG2) e (pAG1) entre os genes G e L, respectivamente. A análise filogenética indicou que XIBV e INHV agruparam em um clado separado, junto com o vírus Aruac, dentro da família Rhabdoviridae, e desta forma propomos um novo gênero chamado Aruacvirus. |
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O objetivo desse estudo foi realizar a caracterização morfológica, antigênica e molecular de ambos os vírus. Os camundongos albinos suíços recém-nascidos (Mus musculus) mostraram suscetibilidade ao INHV e XIBV quando inoculados pelas vias intracerebral (i.c.) e intranasal (i.n.). Os animais adoeceram no 2 dia após a inoculação (dpi), e morreram no 5º dpi. O título viral dos animais inoculados foi XIBV (título DL50/0,02 ml: 10-6.4) e INHV (título DL 50/ 0,02 ml: 10-5.15). Analisando as culturas de células inoculadas, verificou-se que as células Vero e neurônios foram susceptíveis aos INHV e XIBV, apresentando efeito citopático (ECP), em aproximadamente 14 e 4 dpi, respectivamente. Apenas XIBV causou ECP em células C6/36 no 4º dpi. Os testes de imunofluorescência indireta (IFI) e fixação do complemento (FC) confirmaram a presença de antígenos virais nas células que apresentaram ECP. O estudo demonstrou que ambos os vírus causaram lesões cerebrais, tais como edema perivascular, hipertrofia endotelial, necrose e apoptose em neurônios do córtex e hipocampo no período de 96 horas pi, enquanto os demais tecidos (pulmões, coração, fígado, baço e rins) permaneceram sem alterações aparentes. Ao microscópio eletrônico as partículas foram semelhantes aos da família Rhabdoviridae, demonstrando o apecto típico de bala de revólver. Camundongos inoculados via I.N. apresentaram antígenos virais em todas as áreas do parênquima cerebral. A análise do genoma completo dos XIBV e INHV revelou a presença de cinco ORFs, que codificaram proteínas estruturais (3′-N-P-M-G-L-5′) e genes acessórios (pAG1 e pAG2) e (pAG1) entre os genes G e L, respectivamente. A análise filogenética indicou que XIBV e INHV agruparam em um clado separado, junto com o vírus Aruac, dentro da família Rhabdoviridae, e desta forma propomos um novo gênero chamado Aruacvirus.Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Ananindeua, PA, Brasil.porCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisNúcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoInstituto Evandro ChagasAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em VirologiaRhabdoviridae / classificaçãoArtrópodesArbovirusVírus InhangapiVírus XiburemaRegião Amazônica (BR)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdfCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdfapplication/pdf7690202https://patua.iec.gov.br/bitstreams/15346476-9687-44c1-a2cc-9fb0a82c0456/downloade1ec54da533ad990bdabea6880ad7446MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://patua.iec.gov.br/bitstreams/88a02553-6e01-4c2f-8355-c03ff9354484/download8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdf.txtCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdf.txtExtracted texttext/plain102817https://patua.iec.gov.br/bitstreams/41593ebe-edac-443a-a84c-ac938197da78/downloade64c06052803d37053da79fd550fa4a1MD55THUMBNAILCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdf.jpgCaracterização taxonômica dos vírus Inhangapi e Xiburema isolados na Região Norte, nos Estados do Pará e Acre, Brasil.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2999https://patua.iec.gov.br/bitstreams/cdb6005e-2a60-4110-bb2f-d6b51bbcfebc/download48214989625c76bfcad96978a15665ceMD56iec/30702022-10-20 22:47:51.216oai:patua.iec.gov.br:iec/3070https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2022-10-20T22:47:51Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC)falseTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo= |
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