Pararama, doença causada por larvas de lepidóptero: aspectos experimentais

• Autor(a) principal: Dias, Leonidas Braga
• Data de Publicação: 1973
• Outros Autores: Azevedo, Miguel Cordeiro de
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
• Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/818
• topic: Lepidópteros / patogenicidade; Dermatopatias; Hipodermose; Larva; Camundongos; Seringueiros; Região Amazônica (BR)

Pararama é uma condição ocupacional dos seringueiros do Brasil, causada, aparentemente, pelo contacto com lagartas do lepidóptero Premolis semirufa. A forma crônica da doença acarreta imobilidade total ou parcial dos dedos do acidentado. Até agora, porém, pouco era o que realmente se sabia a respeito do processo patológico em si. As pesquisas experimentais com camundongos, aqui relatadas, trazem novos esclarecimentos sobre a matéria. Ao penetrarem na pele de camundongos de laboratório, as pequenas cerdas dorsais da larva causam inflamação aguda edematosa quase imediata, seguida de infiltração leucocitária neutrofílica. Esse estágio, por sua vez, dá lugar à fibrose o à formação de granulomas de corpo estranho. As lesões causadas pelas cerdas foram encontradas no derma, no cório das mucosas, nas bainhas tendinosas, no perióstio e no pericôndrio, além de outras localizações A presença de lesões nos tecidos conectivos periféricos das articulações corresponde ao quadro clínico e radiológico associado aos casos de pararama que afetam os dedos dos seringueiros que extraem látex da seringueira (Hevea brasiliensis)