Clinical and ecoepidemiological situation of human arboviruses in Brazilian Amazonia

• Autor(a) principal: Vasconcelos, Pedro Fernando da Costa
• Data de Publicação: 1992
• Outros Autores: Rosa, Amélia Paes de Andrade Travassos da, Dégallier, Nicolas, Rosa, Jorge Fernando Soares Travassos da, Pinheiro, Francisco de Paula
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: eng
• Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
• Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2588
• topic: Infecções por Arbovirus; Vigilância Epidemiológica; Região Amazônica ( BR)

Os principais aspectos clínicos e ecoepidemiológicos das arboviroses associadas com doença humana na Amazónia brasileira são revistos. Trinta e quatro arbovírus dentre os 183 tipos até o momento isolados na Amazónia têm sido incriminados com doença humana. Desses, 4 são importantes em termos de saúde ptiblica pois estão associados com epidemias: são os vírus Dengue (DEN). Mayaro (MAY). Oropouche (ORO) e Febre Amarela (FA). DEN e ORO estão associados com doença humana epidêmica em áreas urbanas enquanto MAY e FA em áreas predominantemente rurais. Basicamente, o vírus ORO determina um quadro febril algumas vezes acompanhado com meningite asséptica. MAY e DEN são responsáveis por quadros febris exantemáticos, enquanto o vírus FA determina, na sua apresentação clássica, uma sintomatologia típica de febre hemorrágica. Trinta outros arbovírus têm sido associados a doença febril benigna em poucos e esporádicos casos. Afora o DEN, todos os arbovírus envolvidos com doença humana na Amazónia brasileira são mantidos através de um ciclo silvestre desenvolvido na floresta, onde diversas espécies de insetos hematófagos e vertebrados silvestres atuam como vetores e hospedeiros, respectivamente. O vírus DEN tem um ciclo urbano em que o mosquito Aedes aegypti é o vetor e o homem atua como hospedeiro. Excetuando os quatro vírus associados a epidemias que causam um grande impacto socio-económico. inclusive levando a morte (no caso particular da FA), o verdadeiro papel desses vírus como agentes sistemáticos de doença humana é desconhecido. Novos estudos são necessários para esclarecer aspectos ainda obscuros dos ciclos epidemiológicos da maioria desses arbovírus.