Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Tipo de documento: | Capítulo de livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3390 |
Resumo: | Foi feita uma série de observações para verificar a ação do hexilresorcinol nas verminoses intestinais entre residentes da Amazônia. A amostra incluiu 583 residentes em cinco cidades e foi constituida principalmente de indivíduos entre cinco e 19 anos de idade. A técnica empregada consistiu de: a) exame prévio, microscópico de fezes, tanto pelo método direto como pelo processo de enriquecimento de Faust; b) administração da droga nas doses recomendadas, seguida, 24 horas depois, de um purgativo salino; c) contagem e determinação dos vermes eliminados nas 48 horas seguintes à tomada do hexilresorcinol; d) novo exame microscópico das fezes, idêntico ao exame prévio, cêrca de sete dias depois do uso do vermífugo. Examinando os resultados, apresentados em nove tabelas, verifica-se que: 1) dos indivíduos cujo exame prévio havia sido positivo para áscaris e ancilostomídeos 77.2% e 76.9% eliminaram espécimes dêsses helmintos nas 48 horas que se seguiram à ingestão do vermífugo. As percentagens de cura, julgadas pela negativação do exame microscópico das fezes, foram 42.6 e 41.2, respectivamente. A aparente inferioridade dêstes resultados em comparação com os obtidos por outros autores, é atribuida principalmente ao método de avaliação usado, visto que em geral é empregada a técnica de Stoll antes e depois do tratamento, enquanto que na presente série de observações foram feitos dois exames concomitantes, um dos quais por enriquecimento (Faust). Dêste modo pôde ser evidenciada uma maior proporção das pequenas infestações residuais post-tratamento; 2) enquanto exemplares de Trichuris trichiura foram encontrados em apenas 16.8% dos pacientes anteriormente positivos para ovos dêsse helminto, a percentagem de negativação do exame microscópico das fezes foi de 36.9, o que indica uma eliminação tardia dêsses vermes, em consequência possìvelmente da maneira peculiar de se fixarem à mucosa intestinal do hospedeiro; 3) foi observado um nítido aumento nas percentagens de negativação para áscaris, ancilostomídeos e tricocéfalos, nos exames microscópicos de fezes pos-tratamento, quando, ao transmitir instruções aos pacientes, começou-se a dar ênfase especial à necessidade de jejum antes e durante 5 horas depois da ingestão da droga; 4) dos 583 indivíduos tratados, 483 eliminaram um total de 25.838 helmintos. As médias de vermes por pessoa foram em geral pequenas. O maior número foi eliminado por um menino de 12 anos, do qual foram recuperados um áscaris e 1.119 enteróbios. 5) o exame das fezes eliminadas nas 48 horas seguintes ao uso do vermífugo, permitiu a colheita de dados sôbre a incidência da Enterobiose que, julgamos, são pela primeira vez obtidos na Amazônia: 53.3% dos indivíduos tratados expeliram Enterobius vermicularis, sendo que a maior taxa de infestação (79%) foi verificada entre os alunos de um internato, em Belém; 6) a grande maioria dos enteróbios eliminados eram fêmeas que não continham ovos, o que vem confirmar a noção de que o hexilresorcinol quando tomado por via oral não tem ação sôbre as fêmeas grávidas que se localizam nas porções mais baixas do intestino do hospedeiro; 7) os resultados da identificação específica dos ancilostomídeos são discutidos à parte, incluindo-se mais alguns pacientes dos quais os outros helmintos não foram recolhidos; 8) as infestações por N. americanus foram apenas cêrca de três vêzes e meia mais numerosas do que por A. duodenale, mas a relação N/A, baseada no total de vermes das duas espécies eliminadas por todos os pacientes foi igual a 49.7/1; 9) alguns fatos discutidos no texto fazem supôr que o hexilresorcinol tem menor ação sôbre o A. duodenale do que sôbre o N. americanus; 10) foram encontradas seis infestações intestinais por Ancylostoma braziliensis e um por A. caninum; esta última ocorreu em um menino de sete anos, residente em Belém, e parece ser a quarta assinalada no mundo; |
id |
IEC-2_8f85b0a8fd30b7409096c442ed584b8f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:patua.iec.gov.br:iec/3390 |
network_acronym_str |
IEC-2 |
network_name_str |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
repository_id_str |
|
spelling |
Deane, Maria Paumgartten2018-09-26T11:59:11Z2018-09-26T11:59:11Z2002DEANE, Maria Paumgartten. Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950). In: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS (Belém). Memórias do Instituto Evandro Chagas, v. 5. Belém:Instituto Evandro Chagas, 2002. p. 347-372. (Produção científica, v. 5).85-86784-06-0https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3390Foi feita uma série de observações para verificar a ação do hexilresorcinol nas verminoses intestinais entre residentes da Amazônia. A amostra incluiu 583 residentes em cinco cidades e foi constituida principalmente de indivíduos entre cinco e 19 anos de idade. A técnica empregada consistiu de: a) exame prévio, microscópico de fezes, tanto pelo método direto como pelo processo de enriquecimento de Faust; b) administração da droga nas doses recomendadas, seguida, 24 horas depois, de um purgativo salino; c) contagem e determinação dos vermes eliminados nas 48 horas seguintes à tomada do hexilresorcinol; d) novo exame microscópico das fezes, idêntico ao exame prévio, cêrca de sete dias depois do uso do vermífugo. Examinando os resultados, apresentados em nove tabelas, verifica-se que: 1) dos indivíduos cujo exame prévio havia sido positivo para áscaris e ancilostomídeos 77.2% e 76.9% eliminaram espécimes dêsses helmintos nas 48 horas que se seguiram à ingestão do vermífugo. As percentagens de cura, julgadas pela negativação do exame microscópico das fezes, foram 42.6 e 41.2, respectivamente. A aparente inferioridade dêstes resultados em comparação com os obtidos por outros autores, é atribuida principalmente ao método de avaliação usado, visto que em geral é empregada a técnica de Stoll antes e depois do tratamento, enquanto que na presente série de observações foram feitos dois exames concomitantes, um dos quais por enriquecimento (Faust). Dêste modo pôde ser evidenciada uma maior proporção das pequenas infestações residuais post-tratamento; 2) enquanto exemplares de Trichuris trichiura foram encontrados em apenas 16.8% dos pacientes anteriormente positivos para ovos dêsse helminto, a percentagem de negativação do exame microscópico das fezes foi de 36.9, o que indica uma eliminação tardia dêsses vermes, em consequência possìvelmente da maneira peculiar de se fixarem à mucosa intestinal do hospedeiro; 3) foi observado um nítido aumento nas percentagens de negativação para áscaris, ancilostomídeos e tricocéfalos, nos exames microscópicos de fezes pos-tratamento, quando, ao transmitir instruções aos pacientes, começou-se a dar ênfase especial à necessidade de jejum antes e durante 5 horas depois da ingestão da droga; 4) dos 583 indivíduos tratados, 483 eliminaram um total de 25.838 helmintos. As médias de vermes por pessoa foram em geral pequenas. O maior número foi eliminado por um menino de 12 anos, do qual foram recuperados um áscaris e 1.119 enteróbios. 5) o exame das fezes eliminadas nas 48 horas seguintes ao uso do vermífugo, permitiu a colheita de dados sôbre a incidência da Enterobiose que, julgamos, são pela primeira vez obtidos na Amazônia: 53.3% dos indivíduos tratados expeliram Enterobius vermicularis, sendo que a maior taxa de infestação (79%) foi verificada entre os alunos de um internato, em Belém; 6) a grande maioria dos enteróbios eliminados eram fêmeas que não continham ovos, o que vem confirmar a noção de que o hexilresorcinol quando tomado por via oral não tem ação sôbre as fêmeas grávidas que se localizam nas porções mais baixas do intestino do hospedeiro; 7) os resultados da identificação específica dos ancilostomídeos são discutidos à parte, incluindo-se mais alguns pacientes dos quais os outros helmintos não foram recolhidos; 8) as infestações por N. americanus foram apenas cêrca de três vêzes e meia mais numerosas do que por A. duodenale, mas a relação N/A, baseada no total de vermes das duas espécies eliminadas por todos os pacientes foi igual a 49.7/1; 9) alguns fatos discutidos no texto fazem supôr que o hexilresorcinol tem menor ação sôbre o A. duodenale do que sôbre o N. americanus; 10) foram encontradas seis infestações intestinais por Ancylostoma braziliensis e um por A. caninum; esta última ocorreu em um menino de sete anos, residente em Belém, e parece ser a quarta assinalada no mundo;Ministério da Educação e Saúde. Serviço Especial de Saúde Pública. Instituto Evandro. Programa da Amazônia. Belém, PA, Brasil.porMS/SVS/Instituto Evandro ChagasHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookPartHelmintíase / quimioterapiaHexilresorcinol / administração & dosagemHexilresorcinol / farmacologiaRegião Amazônica (BR)info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdfHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdfapplication/pdf317078https://patua.iec.gov.br/bitstreams/40aa63d2-bd3a-43e6-9b18-9ee9ef086ab3/downloadfac67f4a4816548cb58b8f3ca25fef12MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://patua.iec.gov.br/bitstreams/d02d60fe-b7d6-483a-b33f-420ccc8fdfb9/download8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdf.txtHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdf.txtExtracted texttext/plain40957https://patua.iec.gov.br/bitstreams/f369aefd-939b-4cc4-a00f-145ebb9b8b50/download7eba4491556f0bb019cb55d84939ba19MD55THUMBNAILHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdf.jpgHelmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950).pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg3767https://patua.iec.gov.br/bitstreams/32e89e4c-28ca-40d4-8845-b611dd81f897/download5c20d1dfd8726b5fef6d2be286138037MD56iec/33902022-10-20 21:09:46.66oai:patua.iec.gov.br:iec/3390https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2022-10-20T21:09:46Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC)falseTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo= |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
title |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
spellingShingle |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) Deane, Maria Paumgartten Helmintíase / quimioterapia Hexilresorcinol / administração & dosagem Hexilresorcinol / farmacologia Região Amazônica (BR) |
title_short |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
title_full |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
title_fullStr |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
title_full_unstemmed |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
title_sort |
Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950) |
author |
Deane, Maria Paumgartten |
author_facet |
Deane, Maria Paumgartten |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Deane, Maria Paumgartten |
dc.subject.decsPrimary.pt_BR.fl_str_mv |
Helmintíase / quimioterapia Hexilresorcinol / administração & dosagem Hexilresorcinol / farmacologia Região Amazônica (BR) |
topic |
Helmintíase / quimioterapia Hexilresorcinol / administração & dosagem Hexilresorcinol / farmacologia Região Amazônica (BR) |
description |
Foi feita uma série de observações para verificar a ação do hexilresorcinol nas verminoses intestinais entre residentes da Amazônia. A amostra incluiu 583 residentes em cinco cidades e foi constituida principalmente de indivíduos entre cinco e 19 anos de idade. A técnica empregada consistiu de: a) exame prévio, microscópico de fezes, tanto pelo método direto como pelo processo de enriquecimento de Faust; b) administração da droga nas doses recomendadas, seguida, 24 horas depois, de um purgativo salino; c) contagem e determinação dos vermes eliminados nas 48 horas seguintes à tomada do hexilresorcinol; d) novo exame microscópico das fezes, idêntico ao exame prévio, cêrca de sete dias depois do uso do vermífugo. Examinando os resultados, apresentados em nove tabelas, verifica-se que: 1) dos indivíduos cujo exame prévio havia sido positivo para áscaris e ancilostomídeos 77.2% e 76.9% eliminaram espécimes dêsses helmintos nas 48 horas que se seguiram à ingestão do vermífugo. As percentagens de cura, julgadas pela negativação do exame microscópico das fezes, foram 42.6 e 41.2, respectivamente. A aparente inferioridade dêstes resultados em comparação com os obtidos por outros autores, é atribuida principalmente ao método de avaliação usado, visto que em geral é empregada a técnica de Stoll antes e depois do tratamento, enquanto que na presente série de observações foram feitos dois exames concomitantes, um dos quais por enriquecimento (Faust). Dêste modo pôde ser evidenciada uma maior proporção das pequenas infestações residuais post-tratamento; 2) enquanto exemplares de Trichuris trichiura foram encontrados em apenas 16.8% dos pacientes anteriormente positivos para ovos dêsse helminto, a percentagem de negativação do exame microscópico das fezes foi de 36.9, o que indica uma eliminação tardia dêsses vermes, em consequência possìvelmente da maneira peculiar de se fixarem à mucosa intestinal do hospedeiro; 3) foi observado um nítido aumento nas percentagens de negativação para áscaris, ancilostomídeos e tricocéfalos, nos exames microscópicos de fezes pos-tratamento, quando, ao transmitir instruções aos pacientes, começou-se a dar ênfase especial à necessidade de jejum antes e durante 5 horas depois da ingestão da droga; 4) dos 583 indivíduos tratados, 483 eliminaram um total de 25.838 helmintos. As médias de vermes por pessoa foram em geral pequenas. O maior número foi eliminado por um menino de 12 anos, do qual foram recuperados um áscaris e 1.119 enteróbios. 5) o exame das fezes eliminadas nas 48 horas seguintes ao uso do vermífugo, permitiu a colheita de dados sôbre a incidência da Enterobiose que, julgamos, são pela primeira vez obtidos na Amazônia: 53.3% dos indivíduos tratados expeliram Enterobius vermicularis, sendo que a maior taxa de infestação (79%) foi verificada entre os alunos de um internato, em Belém; 6) a grande maioria dos enteróbios eliminados eram fêmeas que não continham ovos, o que vem confirmar a noção de que o hexilresorcinol quando tomado por via oral não tem ação sôbre as fêmeas grávidas que se localizam nas porções mais baixas do intestino do hospedeiro; 7) os resultados da identificação específica dos ancilostomídeos são discutidos à parte, incluindo-se mais alguns pacientes dos quais os outros helmintos não foram recolhidos; 8) as infestações por N. americanus foram apenas cêrca de três vêzes e meia mais numerosas do que por A. duodenale, mas a relação N/A, baseada no total de vermes das duas espécies eliminadas por todos os pacientes foi igual a 49.7/1; 9) alguns fatos discutidos no texto fazem supôr que o hexilresorcinol tem menor ação sôbre o A. duodenale do que sôbre o N. americanus; 10) foram encontradas seis infestações intestinais por Ancylostoma braziliensis e um por A. caninum; esta última ocorreu em um menino de sete anos, residente em Belém, e parece ser a quarta assinalada no mundo; |
publishDate |
2002 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2002 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-26T11:59:11Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-09-26T11:59:11Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bookPart |
format |
bookPart |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
DEANE, Maria Paumgartten. Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950). In: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS (Belém). Memórias do Instituto Evandro Chagas, v. 5. Belém:Instituto Evandro Chagas, 2002. p. 347-372. (Produção científica, v. 5). |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3390 |
dc.identifier.issn.-.fl_str_mv |
85-86784-06-0 |
identifier_str_mv |
DEANE, Maria Paumgartten. Helmintos eliminados por um grupo de residentes da Amazônia, após um tratamento pelo hexilresorcinol (Publicado originalmente em 1950). In: INSTITUTO EVANDRO CHAGAS (Belém). Memórias do Instituto Evandro Chagas, v. 5. Belém:Instituto Evandro Chagas, 2002. p. 347-372. (Produção científica, v. 5). 85-86784-06-0 |
url |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3390 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas |
publisher.none.fl_str_mv |
MS/SVS/Instituto Evandro Chagas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) instname:Instituto Evandro Chagas (IEC) instacron:IEC |
instname_str |
Instituto Evandro Chagas (IEC) |
instacron_str |
IEC |
institution |
IEC |
reponame_str |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
collection |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://patua.iec.gov.br/bitstreams/40aa63d2-bd3a-43e6-9b18-9ee9ef086ab3/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/d02d60fe-b7d6-483a-b33f-420ccc8fdfb9/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/f369aefd-939b-4cc4-a00f-145ebb9b8b50/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/32e89e4c-28ca-40d4-8845-b611dd81f897/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fac67f4a4816548cb58b8f3ca25fef12 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 7eba4491556f0bb019cb55d84939ba19 5c20d1dfd8726b5fef6d2be286138037 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
clariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.br |
_version_ |
1809190034671140864 |