O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LIMA, Dayse Lúcia Moraes
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do IEN
Texto Completo: http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/891
Resumo: O desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em março de 2011, foi central para a crise que se instalou, desde então, no governo e na economia do Japão e ainda para a reativação, em termos globais, da persistente controvérsia sobre a energia nuclear. A abordagem do desastre pela mídia estendeu-se além da cobertura restrita do acidente, prováveis causas e consequências imediatas, e levou Fukushima e seus desdobramentos a ocupar, durante meses, lugar central nos noticiários sobre temas em economia, geopolítica, política energética e ambiental, tecnologia, sociologia das organizações, comunicação e política de informação. O material noticioso produzido por uma agência de notícias sobre o episódio foi utilizado neste trabalho para discutir o escopo da controvérsia nuclear, seu desenvolvimento e estabilização, que questionamentos estabelecem e que visões políticas refletem, evidenciando, a análise desse material, o processo de organização e seleção de informações, conduzido com o objetivo de definir os temas e as posições que alimentaram a retomada da controvérsia. A opção, tomada por esta pesquisa, de observar a controvérsia nuclear pelo foco das narrativas jornalísticas apoiou-se na perspectiva, já elaborada desde a década de 1980, de que fluxos de informação intensos, como os gerados pelo episódio de Fukushima, interferem potencialmente na percepção do risco relacionado a eventos similares (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992) e, consequentemente, na estabilização da controvérsia. Tal opção permitiu discutir as relações entre informação e comunicação, bem como verificar os processos de organização e seletividade da mídia, os quais, a nosso ver, podem explicar seu potencial para definir, ajustar o foco e fazer avançar uma controvérsia. Por outro lado, traduzindo forças conservadoras, defendemos que a comunicação institucional ou pública busca impedir o desenvolvimento de conflitos.
id IEN_4cc618871d7a6915094492a1359ebe0c
oai_identifier_str oai:carpedien.ien.gov.br:ien/891
network_acronym_str IEN
network_name_str Repositório Institucional do IEN
spelling LIMA, Dayse Lúcia MoraesISSBERNER, Liz-RejaneALBAGLI, SaritaMARQUES, Ivan da CostaPEDRO, Rosa Maria Leite RibeiroMACIEL, Maria Lucia Álvares2015-04-02T16:24:05Z2015-04-02T16:24:05Z2014-06-24http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/891O desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em março de 2011, foi central para a crise que se instalou, desde então, no governo e na economia do Japão e ainda para a reativação, em termos globais, da persistente controvérsia sobre a energia nuclear. A abordagem do desastre pela mídia estendeu-se além da cobertura restrita do acidente, prováveis causas e consequências imediatas, e levou Fukushima e seus desdobramentos a ocupar, durante meses, lugar central nos noticiários sobre temas em economia, geopolítica, política energética e ambiental, tecnologia, sociologia das organizações, comunicação e política de informação. O material noticioso produzido por uma agência de notícias sobre o episódio foi utilizado neste trabalho para discutir o escopo da controvérsia nuclear, seu desenvolvimento e estabilização, que questionamentos estabelecem e que visões políticas refletem, evidenciando, a análise desse material, o processo de organização e seleção de informações, conduzido com o objetivo de definir os temas e as posições que alimentaram a retomada da controvérsia. A opção, tomada por esta pesquisa, de observar a controvérsia nuclear pelo foco das narrativas jornalísticas apoiou-se na perspectiva, já elaborada desde a década de 1980, de que fluxos de informação intensos, como os gerados pelo episódio de Fukushima, interferem potencialmente na percepção do risco relacionado a eventos similares (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992) e, consequentemente, na estabilização da controvérsia. Tal opção permitiu discutir as relações entre informação e comunicação, bem como verificar os processos de organização e seletividade da mídia, os quais, a nosso ver, podem explicar seu potencial para definir, ajustar o foco e fazer avançar uma controvérsia. Por outro lado, traduzindo forças conservadoras, defendemos que a comunicação institucional ou pública busca impedir o desenvolvimento de conflitos.The nuclear disaster at the Fukushima power plant in March 2011 was a central event in the crisis beginning in the government and economy of Japan and leading to a worldwide controversy on the use of the nuclear energy. The approach taken by the media went beyond the usual news broadcasting, reporting causes and immediate consequences and placing Fukushima and its developments, for several months, at central stage place in the news on economy, geopolitics, energy and environmental policy, technology, sociology of organizations, communication and information policy. The news produced by one of the news agencies about the disaster were used in this work to present the kernel of the nuclear controversy, its development and stabilization, taking into account questions and different policies, highlighting the organization process, toward the definition of issues and positions that have led to the resurgence of the controversy. The choice of this work to explore the nuclear controversy through the TV broadcasting news is based on the perspectives, already explored in the 1980's, on the intense information flux such as happened at Fukushima disaster, to interfere on the risk perception related to similar events (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992), and therefore on the controversy stabilization. It allowed to discuss the relationship between information and communication, and how to verify the processes of broadcasting organization and selectivity. It can explain its potentiality to define, adjust the focus and spread a controversy. On the other hand, explaining the conservative forces, we defend that the institutional or public communication tend to avoid the conflict development.Submitted by Almir Azevedo (barbio1313@gmail.com) on 2015-04-02T16:24:05Z No. of bitstreams: 1 DAYSE LÚCIA MORAES LIMA D.pdf: 15690639 bytes, checksum: d1939f1ee823b13d9cf8148b4f666b9f (MD5)Made available in DSpace on 2015-04-02T16:24:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DAYSE LÚCIA MORAES LIMA D.pdf: 15690639 bytes, checksum: d1939f1ee823b13d9cf8148b4f666b9f (MD5) Previous issue date: 2014-06-24porInstituto de Engenharia NuclearPós-graduação em Ciência da InformaçãoIENBrasilUniversidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e TecnologiaEnergia nuclearControvérsia científicaFukushimaCiência da InformaçãoO Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclearinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInstituto de Engenharia Nuclearinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do IENinstname:Instituto de Engenharia Nuclearinstacron:IENLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://carpedien.ien.gov.br:8080/xmlui/bitstream/ien/891/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALDAYSE LÚCIA MORAES LIMA D.pdfDAYSE LÚCIA MORAES LIMA D.pdfapplication/pdf15690639http://carpedien.ien.gov.br:8080/xmlui/bitstream/ien/891/1/DAYSE+L%C3%9ACIA+MORAES+LIMA+D.pdfd1939f1ee823b13d9cf8148b4f666b9fMD51ien/891oai:carpedien.ien.gov.br:ien/8912015-07-28 11:23:20.823Dspace IENlsales@ien.gov.brTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
title O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
spellingShingle O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
LIMA, Dayse Lúcia Moraes
Energia nuclear
Controvérsia científica
Fukushima
Ciência da Informação
title_short O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
title_full O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
title_fullStr O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
title_full_unstemmed O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
title_sort O Desastre de Fukushima: nas linhas (e entrelinhas) da controvérsia nuclear
author LIMA, Dayse Lúcia Moraes
author_facet LIMA, Dayse Lúcia Moraes
author_role author
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv ISSBERNER, Liz-Rejane
dc.contributor.referees3.none.fl_str_mv ALBAGLI, Sarita
dc.contributor.referees4.none.fl_str_mv MARQUES, Ivan da Costa
dc.contributor.referees5.none.fl_str_mv PEDRO, Rosa Maria Leite Ribeiro
dc.contributor.author.fl_str_mv LIMA, Dayse Lúcia Moraes
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MACIEL, Maria Lucia Álvares
contributor_str_mv MACIEL, Maria Lucia Álvares
dc.subject.por.fl_str_mv Energia nuclear
Controvérsia científica
Fukushima
Ciência da Informação
topic Energia nuclear
Controvérsia científica
Fukushima
Ciência da Informação
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv O desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em março de 2011, foi central para a crise que se instalou, desde então, no governo e na economia do Japão e ainda para a reativação, em termos globais, da persistente controvérsia sobre a energia nuclear. A abordagem do desastre pela mídia estendeu-se além da cobertura restrita do acidente, prováveis causas e consequências imediatas, e levou Fukushima e seus desdobramentos a ocupar, durante meses, lugar central nos noticiários sobre temas em economia, geopolítica, política energética e ambiental, tecnologia, sociologia das organizações, comunicação e política de informação. O material noticioso produzido por uma agência de notícias sobre o episódio foi utilizado neste trabalho para discutir o escopo da controvérsia nuclear, seu desenvolvimento e estabilização, que questionamentos estabelecem e que visões políticas refletem, evidenciando, a análise desse material, o processo de organização e seleção de informações, conduzido com o objetivo de definir os temas e as posições que alimentaram a retomada da controvérsia. A opção, tomada por esta pesquisa, de observar a controvérsia nuclear pelo foco das narrativas jornalísticas apoiou-se na perspectiva, já elaborada desde a década de 1980, de que fluxos de informação intensos, como os gerados pelo episódio de Fukushima, interferem potencialmente na percepção do risco relacionado a eventos similares (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992) e, consequentemente, na estabilização da controvérsia. Tal opção permitiu discutir as relações entre informação e comunicação, bem como verificar os processos de organização e seletividade da mídia, os quais, a nosso ver, podem explicar seu potencial para definir, ajustar o foco e fazer avançar uma controvérsia. Por outro lado, traduzindo forças conservadoras, defendemos que a comunicação institucional ou pública busca impedir o desenvolvimento de conflitos.
The nuclear disaster at the Fukushima power plant in March 2011 was a central event in the crisis beginning in the government and economy of Japan and leading to a worldwide controversy on the use of the nuclear energy. The approach taken by the media went beyond the usual news broadcasting, reporting causes and immediate consequences and placing Fukushima and its developments, for several months, at central stage place in the news on economy, geopolitics, energy and environmental policy, technology, sociology of organizations, communication and information policy. The news produced by one of the news agencies about the disaster were used in this work to present the kernel of the nuclear controversy, its development and stabilization, taking into account questions and different policies, highlighting the organization process, toward the definition of issues and positions that have led to the resurgence of the controversy. The choice of this work to explore the nuclear controversy through the TV broadcasting news is based on the perspectives, already explored in the 1980's, on the intense information flux such as happened at Fukushima disaster, to interfere on the risk perception related to similar events (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992), and therefore on the controversy stabilization. It allowed to discuss the relationship between information and communication, and how to verify the processes of broadcasting organization and selectivity. It can explain its potentiality to define, adjust the focus and spread a controversy. On the other hand, explaining the conservative forces, we defend that the institutional or public communication tend to avoid the conflict development.
description O desastre nuclear de Fukushima, ocorrido em março de 2011, foi central para a crise que se instalou, desde então, no governo e na economia do Japão e ainda para a reativação, em termos globais, da persistente controvérsia sobre a energia nuclear. A abordagem do desastre pela mídia estendeu-se além da cobertura restrita do acidente, prováveis causas e consequências imediatas, e levou Fukushima e seus desdobramentos a ocupar, durante meses, lugar central nos noticiários sobre temas em economia, geopolítica, política energética e ambiental, tecnologia, sociologia das organizações, comunicação e política de informação. O material noticioso produzido por uma agência de notícias sobre o episódio foi utilizado neste trabalho para discutir o escopo da controvérsia nuclear, seu desenvolvimento e estabilização, que questionamentos estabelecem e que visões políticas refletem, evidenciando, a análise desse material, o processo de organização e seleção de informações, conduzido com o objetivo de definir os temas e as posições que alimentaram a retomada da controvérsia. A opção, tomada por esta pesquisa, de observar a controvérsia nuclear pelo foco das narrativas jornalísticas apoiou-se na perspectiva, já elaborada desde a década de 1980, de que fluxos de informação intensos, como os gerados pelo episódio de Fukushima, interferem potencialmente na percepção do risco relacionado a eventos similares (SLOVIC, 1987; KASPERSON et al, 1988; JASPER, 1988, 1992; KRIMSKY, 1992) e, consequentemente, na estabilização da controvérsia. Tal opção permitiu discutir as relações entre informação e comunicação, bem como verificar os processos de organização e seletividade da mídia, os quais, a nosso ver, podem explicar seu potencial para definir, ajustar o foco e fazer avançar uma controvérsia. Por outro lado, traduzindo forças conservadoras, defendemos que a comunicação institucional ou pública busca impedir o desenvolvimento de conflitos.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-06-24
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-04-02T16:24:05Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-04-02T16:24:05Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
status_str publishedVersion
format doctoralThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/891
url http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/891
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto de Engenharia Nuclear
dc.publisher.program.fl_str_mv Pós-graduação em Ciência da Informação
dc.publisher.initials.fl_str_mv IEN
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
publisher.none.fl_str_mv Instituto de Engenharia Nuclear
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do IEN
instname:Instituto de Engenharia Nuclear
instacron:IEN
reponame_str Repositório Institucional do IEN
collection Repositório Institucional do IEN
instname_str Instituto de Engenharia Nuclear
instacron_str IEN
institution IEN
bitstream.url.fl_str_mv http://carpedien.ien.gov.br:8080/xmlui/bitstream/ien/891/2/license.txt
http://carpedien.ien.gov.br:8080/xmlui/bitstream/ien/891/1/DAYSE+L%C3%9ACIA+MORAES+LIMA+D.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
d1939f1ee823b13d9cf8148b4f666b9f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Dspace IEN
repository.mail.fl_str_mv lsales@ien.gov.br
_version_ 1656026974388224000