Avaliação do potencial terapêutico de células mesenquimais do cordão umbilical em modelo animal de acidente vascular encefálico hemorrágio
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Data de Publicação: | 2019 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional do IEN |
Texto Completo: | http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/3007 |
Resumo: | O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh) representa entre 10 a 20% de causas de AVE no mundo e tem uma taxa de letalidade de 40% em um mês, assim como alto índice de morbidade. O volume inicial do hematoma e a sua expansão são fatores que afetam o prognóstico do paciente. Apesar disso, até o momento não há um tratamento específico, existindo apenas terapias sintomáticas e/ou de apoio. Nesse contexto, a terapia celular representa uma perspectiva promissora para os pacientes com AVEh. Neste trabalho, estudamos a terapia celular realizada com células mesenquimais estromais extraídas da geleia de Wharton de cordão umbilical humano (hWJ-MSCs), injetadas por via intravenosa, em modelo animal de injeção de colagenase, que promove hemorragia dentro da região estriatal do cérebro de ratos. Foram estabelecidos dois graus diferentes de severidade da lesão (moderado e severo), assim como foram testadas duas janelas terapêuticas, uma na fase hiperaguda (1 h) e outra na fase aguda (24 h) após o AVEh severo, bem como o transplante na fase aguda (24 h) do AVEh moderado. Foi avaliada a eficácia da terapia celular através da realização de testes funcionais e da análise do volume de lesão em imagens adquiridas por ressonância magnética. No modelo de AVEh moderado, não foram demonstrados prejuízos funcionais permanentes, não sendo possível avaliar a eficácia do tratamento com os testes utilizados (Rotarod, Elevated body swing test e teste do cilindro). No entanto, houve uma redução estatisticamente significativa no volume de lesão no grupo tratado com hWJ-MSCs, em comparação ao grupo veículo. No modelo de AVEh de grau severo, no grupo tratado em 24 h, observou-se prejuízo funcional dos animais do grupo veículo no elevated body swing e no teste do cilindro em todos os tempos avaliados, e de forma transiente no teste do rotarod. No entanto, o grupo hWJ-MSCs não apresentou diferenças significativas em relação ao grupo veículo. A análise do volume de lesão também não demonstrou diferenças significativas entre os grupos. Já no modelo de AVEh de grau severo tratado com hWJ-MSCs apenas 1 h após início da hemorragia, não conseguimos detectar diferenças entre os grupos nos testes funcionais e na análise do volume de lesão. Esses resultados nos indicam que a eficácia da administração intravenosa de hWJ-MSCs para redução do volume de lesão parece depender do volume inicial do hematoma e que a administração das células na fase hiperaguda ou início da fase aguda da hemorragia parece não afetar o desfecho do AVEh severo. A biodistribuição das hWJ-MSCs marcadas com Tecnécio 99m mostrou haver uma captação preferencial pelos pulmões, rins, fígado e baço nas primeiras 24 h após a injeção, nos modelos de AVEh moderado e severo, assim como uma maior captação das células no hemisfério cerebral ipsilateral à lesão, indicando uma possível migração em direção ao hematoma. |
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Mello, Tanira GiaraInstituto de Engenharia NuclearCoelho, Pedro Moreno PimentelCastro, Paulo Henrique RosadoOrtiga, Tânia Maria FuffoniMendez-Otero, RosaliaCoelho, Pedro Moreno PimentelCastro, Paulo Henrique Rosado deCruz, Fernanda FerreiraOtero, Rosalia Mendez2019-12-06T16:58:25Z2019-12-06T16:58:25Z2019-09http://carpedien.ien.gov.br:8080/handle/ien/3007O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh) representa entre 10 a 20% de causas de AVE no mundo e tem uma taxa de letalidade de 40% em um mês, assim como alto índice de morbidade. O volume inicial do hematoma e a sua expansão são fatores que afetam o prognóstico do paciente. Apesar disso, até o momento não há um tratamento específico, existindo apenas terapias sintomáticas e/ou de apoio. Nesse contexto, a terapia celular representa uma perspectiva promissora para os pacientes com AVEh. 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Esses resultados nos indicam que a eficácia da administração intravenosa de hWJ-MSCs para redução do volume de lesão parece depender do volume inicial do hematoma e que a administração das células na fase hiperaguda ou início da fase aguda da hemorragia parece não afetar o desfecho do AVEh severo. A biodistribuição das hWJ-MSCs marcadas com Tecnécio 99m mostrou haver uma captação preferencial pelos pulmões, rins, fígado e baço nas primeiras 24 h após a injeção, nos modelos de AVEh moderado e severo, assim como uma maior captação das células no hemisfério cerebral ipsilateral à lesão, indicando uma possível migração em direção ao hematoma.Intracerebral hemorrhage (ICH) represents between 10 and 20% of the causes of stroke worldwide and has a 40% mortality rate in one month, as well as a high morbidity rate. The initial hematoma volume and its expansion are factors that affect the prognosis of the patient. Nevertheless, there is no specific treatment so far, only symptomatic therapies and / or supportive care. In this context, cell therapy represents a promising perspective for ICH patients. In this study, we evaluated the cellular therapy performed with intravenous injection of human umbilical cord Wharton jelly stromal mesenchymal cells (hWJ-MSCs), using the collagenase injection ICH model to promote hemorrhage within the striatal region of the rat brain. We used two different degrees of injury severity (moderate and severe), as well as tested two therapeutic windows, one in the hyperacute phase and one in the acute phase in the model of severe ICH. We evaluated the effectiveness of cell therapy by performing behavioral tests and analyzing the lesion volume using magnetic resonance imaging. In the moderate ICH model, no permanent functional impairment was demonstrated, and it was not possible to evaluate the efficacy of the treatment with the tests used. However, there was a statistically significant reduction in lesion volume in the hWJ-MSCs group compared to the vehicle group. In the severe ICH model, in the group treated at 24 h, we observed functional impairment of the animals of the vehicle group in the elevated body swing test and cylinder test at all times evaluated, and a transient impairment in the rotarod test. The hWJ-MSCs group did not present significant differences in relation to the vehicle group. Injury volume analysis showed no significant differences between groups. In the severe ICH model which received hWJ-MSCs 1 h after the onset of bleeding, we could not detect differences between groups in the behavioral tests and in the lesion volume analysis. These results showed that the efficacy of intravenous administration of hWJ-MSCs to reduce lesion volume seems to depend on the initial hematoma volume and that administration of cells in the hyperacute or early acute phase of hemorrhage for severe ICH does not seem to affect the outcome of severe ICH. The biodistribution of technetium 99m-labeled hWJ-MSCs showed preferential uptake by the lungs, kidneys, liver and spleen within the first 24 h after injection, in moderate and severe ICH models, as well as increased uptake of cells in the ipsilateral brain hemisphere, indicating a possible migration towards the hematoma.Submitted by Almir Azevedo (barbio1313@gmail.com) on 2019-12-06T16:58:25Z No. of bitstreams: 1 TANIRA GIARA MELLO D.pdf: 2524627 bytes, checksum: ab992e9d0dab104403a1e70314755a70 (MD5)Made available in DSpace on 2019-12-06T16:58:25Z (GMT). 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O acidente vascular encefálico hemorrágico (AVEh) representa entre 10 a 20% de causas de AVE no mundo e tem uma taxa de letalidade de 40% em um mês, assim como alto índice de morbidade. O volume inicial do hematoma e a sua expansão são fatores que afetam o prognóstico do paciente. Apesar disso, até o momento não há um tratamento específico, existindo apenas terapias sintomáticas e/ou de apoio. Nesse contexto, a terapia celular representa uma perspectiva promissora para os pacientes com AVEh. Neste trabalho, estudamos a terapia celular realizada com células mesenquimais estromais extraídas da geleia de Wharton de cordão umbilical humano (hWJ-MSCs), injetadas por via intravenosa, em modelo animal de injeção de colagenase, que promove hemorragia dentro da região estriatal do cérebro de ratos. Foram estabelecidos dois graus diferentes de severidade da lesão (moderado e severo), assim como foram testadas duas janelas terapêuticas, uma na fase hiperaguda (1 h) e outra na fase aguda (24 h) após o AVEh severo, bem como o transplante na fase aguda (24 h) do AVEh moderado. Foi avaliada a eficácia da terapia celular através da realização de testes funcionais e da análise do volume de lesão em imagens adquiridas por ressonância magnética. No modelo de AVEh moderado, não foram demonstrados prejuízos funcionais permanentes, não sendo possível avaliar a eficácia do tratamento com os testes utilizados (Rotarod, Elevated body swing test e teste do cilindro). No entanto, houve uma redução estatisticamente significativa no volume de lesão no grupo tratado com hWJ-MSCs, em comparação ao grupo veículo. No modelo de AVEh de grau severo, no grupo tratado em 24 h, observou-se prejuízo funcional dos animais do grupo veículo no elevated body swing e no teste do cilindro em todos os tempos avaliados, e de forma transiente no teste do rotarod. No entanto, o grupo hWJ-MSCs não apresentou diferenças significativas em relação ao grupo veículo. A análise do volume de lesão também não demonstrou diferenças significativas entre os grupos. Já no modelo de AVEh de grau severo tratado com hWJ-MSCs apenas 1 h após início da hemorragia, não conseguimos detectar diferenças entre os grupos nos testes funcionais e na análise do volume de lesão. Esses resultados nos indicam que a eficácia da administração intravenosa de hWJ-MSCs para redução do volume de lesão parece depender do volume inicial do hematoma e que a administração das células na fase hiperaguda ou início da fase aguda da hemorragia parece não afetar o desfecho do AVEh severo. A biodistribuição das hWJ-MSCs marcadas com Tecnécio 99m mostrou haver uma captação preferencial pelos pulmões, rins, fígado e baço nas primeiras 24 h após a injeção, nos modelos de AVEh moderado e severo, assim como uma maior captação das células no hemisfério cerebral ipsilateral à lesão, indicando uma possível migração em direção ao hematoma. |
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