Avaliação da estabilidade dimensional e da durabilidade de argamassas confeccionadas com adição de cinza da casca da castanha de caju

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Sofia Araújo
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Rossignolo, João Adriano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Conexões : Ciência e Tecnologia (Fortaleza. Online)
Texto Completo: https://conexoes.ifce.edu.br/index.php/conexoes/article/view/125
Resumo: As cinzas ocupam lugar de destaque entre os resíduos agroindustriais por resultarem de processos de geração de energia. Muitas cinzas possuem atividade pozolânica, podendo ser utilizadas como adição mineral em matrizes cimentícias, como é o caso da cinza da casca de castanha de caju (CCCC), investigada por este trabalho. A atividade pozolânica caracteriza-se pelo consumo do hidróxido de cálcio (CH) residual pela adição mineral pozolânica. Sendo a carbonatação um fenômeno que ocorre quando os produtos da hidratação da matriz, principalmente o CH, reagem com o CO2. Tal análise permite determinar a quantidade de CH residual que não foi utilizado pela reação pozolânica, o que determina a durabilidade dos materiais confeccionados com tais adições. Por essa razão, neste trabalho, o método colorimétrico foi utilizado para analisar a profundidade da carbonatação (PC) de corpos-de-prova cilíndricos com substituição de cimento Portland por CCCC. Paralelamente, para entender como se procede a retração por secagem em argamassas com substituição de cimento Portland por CCCC, foram analisados corpos-de-prova (40x40x160mm) aos 14, 28, 56 e 119 dias, divididos em 3 grupos distintos: no Grupo REFERÊNCIA foram moldados traços de acordo com a NBR 12650/92; as amostras do Grupo A foram moldadas com a CCCC moída durante 1 hora; no Grupo B a CCCC foi moída e peneirada. Os resultados apontaram para uma PC 4 vezes maior dos corpos-de-prova com 30% de CCCC em relação aos de referência aos 90 dias, e 6 vezes maior aos 180 dias. Em relação a retração por secagem, os resultados mostraram que a evolução nas primeiras idades foi superior nas amostras que utilizaram CCCC em substituição ao cimento Portland. Para o grupo A, o traço M30 apresentou valores de retração superior ao traço controle em 87% aos 56 dias. No grupo B essa mesma diferença ficou em mais de 130%. Os resultados mostraram que a substituição de cimento Portland por CCCC não retardou o processo de carbonatação e que, para idades de até 56 dias, houve um aumento nos valores de retração por secagem.
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