Esportes de raquete: bora povo!
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do IFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/1327 |
Resumo: | Na perspectiva de atender uma etapa importante da pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), desenvolvemos, como Produto Educacional, uma Sequência Didática (SD) sob a forma de minicurso. Zabala (1998, p. 15) conceitua SD como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo professor como pelos alunos”. Na SD, o tempo pedagógico é organizado visando distribuir as atividades de modo a garantir que sejam executadas e devidamente avaliadas, devendo-se refletir sobre cada etapa e a duração. A SD proposta aborda o ensino do esporte no Ensino Médio Integrado (EMI), voltada à formação integral/omnilateral, apoiada na abordagem Crítico-Superadora da Educação Física Escolar (EFE). A referida abordagem foi proposta na década de 1980 do século XX por um Coletivo de Autores2 , tendo como base o materialismo histórico-dialético. Desse modo, a abordagem concebe a educação como um meio de empoderamento dos/as jovens filhos da classe trabalhadora, permitindo que compreendam e questionem criticamente a realidade social em que estão inseridos e atuem de forma consciente e transformadora. A abordagem Crítica-Superadora enfatiza a reflexão crítica sobre a Cultura Corporal (CC) e concebe a Educação Física (EF) como uma disciplina curricular que trata da CC através do resgate histórico dos seus temas (jogos, danças, lutas, esportes), na busca por contextualizálos e contestá-los, relacionando-os com questões atuais e encaminhando soluções para superar realidades sociais desfavoráveis, a partir dos interesses coletivos de classe. Dessa forma, o conhecimento é organizado para ser compreendido como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada, ampliando a referência do pensamento do/a estudante. Na abordagem Crítico-Superadora, percebemos as dimensões do conteúdo no saber sobre a CC e suas relações com os problemas da sociedade (dimensão conceitual), na formação de valores mais democráticos (dimensão atitudinal), e na importância de tratar de temas da CC (dimensão procedimental) (Darido, 2019). “Os alunos devem saber conceitos sobre os conteúdos e também procedimentos e atitudes acerca de como fazer quaisquer atividades propostas, respeitando sua individualidade e o grupo” (Darido, 2019, p. 34). Optamos por elaborar uma SD por se constituir um material didático coerente com a prática pedagógica docente, pois orienta e auxilia o/a professor/a no desenvolvimento de atividades pedagógicas organizadas de maneira integral e por etapas, cria uma rotina que organiza o trabalho pedagógico articulando as ações, os procedimentos e as técnicas necessárias para atingir os objetivos dos processos de ensino e aprendizagem sobre determinado conteúdo, temática ou conceito. Aceitando o esporte como fenômeno social e cultural, logo, parte da CC, torna-se necessário refletir sobre normas e adaptações às realidades socioculturais dos/as estudantes. O fenômeno cultural esportivo faz parte das práticas humanas desde a Antiguidade Grega, sofrendo transformações ao longo da história da humanidade. A EFE precisa fornecer condições para que os/as estudantes compreendam o esporte como produto da cultura humana e possam usufruir dele de maneira autônoma e com visão crítica. No ambiente escolar, temos que resgatar e o respeito ao ser humano. O esporte constitui-se como conteúdo de relevância para a formação integral/omnilateral dos/as estudantes, porque possibilita vivências, descobertas, superação de limites, além de promover a integração, a cooperação e a solidariedade. É um conteúdo que precisa ser vivenciado e contextualizado através de elaborações e reflexões críticas e complexas. Soares et al. (2009) afirmam que o conteúdo esporte deve contemplar desde jogos que possuem regras implícitas até aqueles institucionalizados por regras específicas, e o ensino não pode se esgotar nos gestos técnicos. É necessário desmistificar o esporte permitindo que o/a estudante seja capaz de criticar a partir de um contexto socioeconômico, político e cultural, além de garantir o seu direito à prática esportiva. O foco em esportes, como futebol, basquete e vôlei, considerados esportes mais populares ou tradicionais vivenciados nas instituições educacionais, acaba por deixar pouco espaço para a inclusão de outras modalidades esportivas, como é o caso dos esportes de raquete. Os esportes de raquete possuem como característica a utilização de uma raquete que será utilizada para rebater um objeto que pode ser uma bola ou uma peteca, podendo ter ou não uma rede como obstáculo. Qualquer pessoa pode praticar um jogo ou modalidade de raquete, desde crianças até idosos e pessoas com deficiências. Decidimos, em nossa SD, focar nos esportes de raquete, porque entendemos a necessidade de oportunizar aos/às estudantes o contato com esses esportes. Nesse sentido, a SD, organizada sob a forma de um Minicurso intitulado “Esportes de Raquete: bora, povo!”, tem como objetivo favorecer a construção de conhecimentos teórico-práticos sobre os esportes a partir dos esportes de raquete à luz da abordagem Crítico-Superadora. Os esportes de raquete que serão desenvolvidos na SD são: Badminton - praticado individualmente ou em duplas, os jogadores usam uma raquete para golpear uma peteca, cujo objetivo é fazer com que a peteca toque o chão dentro das linhas do campo do adversário, enquanto se evita que a peteca toque o chão em seu próprio campo; Frescobol - jogo colaborativo, cujo objetivo principal é manter a bola em movimento entre os jogadores, sem deixá-la cair no chão; Beach Tennis - é praticado individualmente ou em duplas no qual os jogadores utilizam raquetes para golpear uma bola sobre uma rede e para dentro do campo do adversário; Tênis - praticado individualmente ou em duplas, no qual os jogadores utilizam raquetes para golpear uma bola sobre uma rede com o objetivo de fazer com que a bola toque o chão no campo do adversário, enquanto se evita que a bola toque o chão dentro do próprio campo; e Quimbol - agrupa as regras do vôlei, tênis e futebol, sendo disputado em equipe composta por quatro jogadores, realizando passes entre si antes de rebater a bola para a quadra adversária. Dentre esses, dois são esportes genuinamente brasileiros: Frescobol e Quimbol. São nas aulas de EFE que os/as estudantes têm a oportunidade de adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre diversos esportes, incluindo os de raquete que, muitas vezes, não fazem parte de seus contextos sociais. Destacamos que não é nosso foco com essa SD que os/as estudantes tenham domínio dos aspectos técnicos e táticos dos esportes de raquete, pois entendemos que a aula de EFE não é o ambiente que se destina à preparação e formação de atletas. |
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Cynthia Roberta dos Santos Monteiro Jorge CorrêaAndreza Maria de LimaIFPEOlinda2024-08-22T00:01:18Z2024-08-22T00:01:18Z2024-06-17CORRÊA, Cynthia Roberta dos Santos Monteiro Jorge. Esportes de raquete: bora povo! 2024. 28 f. Produto Educacional: Mini Curso (Mestrado Profissional em em Educação Profissional e Tecnológica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco IFPE, Campus Olinda, Olinda, 2022.https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/1327Na perspectiva de atender uma etapa importante da pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), desenvolvemos, como Produto Educacional, uma Sequência Didática (SD) sob a forma de minicurso. Zabala (1998, p. 15) conceitua SD como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo professor como pelos alunos”. Na SD, o tempo pedagógico é organizado visando distribuir as atividades de modo a garantir que sejam executadas e devidamente avaliadas, devendo-se refletir sobre cada etapa e a duração. A SD proposta aborda o ensino do esporte no Ensino Médio Integrado (EMI), voltada à formação integral/omnilateral, apoiada na abordagem Crítico-Superadora da Educação Física Escolar (EFE). A referida abordagem foi proposta na década de 1980 do século XX por um Coletivo de Autores2 , tendo como base o materialismo histórico-dialético. Desse modo, a abordagem concebe a educação como um meio de empoderamento dos/as jovens filhos da classe trabalhadora, permitindo que compreendam e questionem criticamente a realidade social em que estão inseridos e atuem de forma consciente e transformadora. A abordagem Crítica-Superadora enfatiza a reflexão crítica sobre a Cultura Corporal (CC) e concebe a Educação Física (EF) como uma disciplina curricular que trata da CC através do resgate histórico dos seus temas (jogos, danças, lutas, esportes), na busca por contextualizálos e contestá-los, relacionando-os com questões atuais e encaminhando soluções para superar realidades sociais desfavoráveis, a partir dos interesses coletivos de classe. Dessa forma, o conhecimento é organizado para ser compreendido como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada, ampliando a referência do pensamento do/a estudante. 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Aceitando o esporte como fenômeno social e cultural, logo, parte da CC, torna-se necessário refletir sobre normas e adaptações às realidades socioculturais dos/as estudantes. O fenômeno cultural esportivo faz parte das práticas humanas desde a Antiguidade Grega, sofrendo transformações ao longo da história da humanidade. A EFE precisa fornecer condições para que os/as estudantes compreendam o esporte como produto da cultura humana e possam usufruir dele de maneira autônoma e com visão crítica. No ambiente escolar, temos que resgatar e o respeito ao ser humano. O esporte constitui-se como conteúdo de relevância para a formação integral/omnilateral dos/as estudantes, porque possibilita vivências, descobertas, superação de limites, além de promover a integração, a cooperação e a solidariedade. É um conteúdo que precisa ser vivenciado e contextualizado através de elaborações e reflexões críticas e complexas. Soares et al. (2009) afirmam que o conteúdo esporte deve contemplar desde jogos que possuem regras implícitas até aqueles institucionalizados por regras específicas, e o ensino não pode se esgotar nos gestos técnicos. É necessário desmistificar o esporte permitindo que o/a estudante seja capaz de criticar a partir de um contexto socioeconômico, político e cultural, além de garantir o seu direito à prática esportiva. O foco em esportes, como futebol, basquete e vôlei, considerados esportes mais populares ou tradicionais vivenciados nas instituições educacionais, acaba por deixar pouco espaço para a inclusão de outras modalidades esportivas, como é o caso dos esportes de raquete. Os esportes de raquete possuem como característica a utilização de uma raquete que será utilizada para rebater um objeto que pode ser uma bola ou uma peteca, podendo ter ou não uma rede como obstáculo. Qualquer pessoa pode praticar um jogo ou modalidade de raquete, desde crianças até idosos e pessoas com deficiências. 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Na perspectiva de atender uma etapa importante da pesquisa desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), desenvolvemos, como Produto Educacional, uma Sequência Didática (SD) sob a forma de minicurso. Zabala (1998, p. 15) conceitua SD como “um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos tanto pelo professor como pelos alunos”. Na SD, o tempo pedagógico é organizado visando distribuir as atividades de modo a garantir que sejam executadas e devidamente avaliadas, devendo-se refletir sobre cada etapa e a duração. A SD proposta aborda o ensino do esporte no Ensino Médio Integrado (EMI), voltada à formação integral/omnilateral, apoiada na abordagem Crítico-Superadora da Educação Física Escolar (EFE). A referida abordagem foi proposta na década de 1980 do século XX por um Coletivo de Autores2 , tendo como base o materialismo histórico-dialético. Desse modo, a abordagem concebe a educação como um meio de empoderamento dos/as jovens filhos da classe trabalhadora, permitindo que compreendam e questionem criticamente a realidade social em que estão inseridos e atuem de forma consciente e transformadora. A abordagem Crítica-Superadora enfatiza a reflexão crítica sobre a Cultura Corporal (CC) e concebe a Educação Física (EF) como uma disciplina curricular que trata da CC através do resgate histórico dos seus temas (jogos, danças, lutas, esportes), na busca por contextualizálos e contestá-los, relacionando-os com questões atuais e encaminhando soluções para superar realidades sociais desfavoráveis, a partir dos interesses coletivos de classe. Dessa forma, o conhecimento é organizado para ser compreendido como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada, ampliando a referência do pensamento do/a estudante. Na abordagem Crítico-Superadora, percebemos as dimensões do conteúdo no saber sobre a CC e suas relações com os problemas da sociedade (dimensão conceitual), na formação de valores mais democráticos (dimensão atitudinal), e na importância de tratar de temas da CC (dimensão procedimental) (Darido, 2019). “Os alunos devem saber conceitos sobre os conteúdos e também procedimentos e atitudes acerca de como fazer quaisquer atividades propostas, respeitando sua individualidade e o grupo” (Darido, 2019, p. 34). Optamos por elaborar uma SD por se constituir um material didático coerente com a prática pedagógica docente, pois orienta e auxilia o/a professor/a no desenvolvimento de atividades pedagógicas organizadas de maneira integral e por etapas, cria uma rotina que organiza o trabalho pedagógico articulando as ações, os procedimentos e as técnicas necessárias para atingir os objetivos dos processos de ensino e aprendizagem sobre determinado conteúdo, temática ou conceito. Aceitando o esporte como fenômeno social e cultural, logo, parte da CC, torna-se necessário refletir sobre normas e adaptações às realidades socioculturais dos/as estudantes. O fenômeno cultural esportivo faz parte das práticas humanas desde a Antiguidade Grega, sofrendo transformações ao longo da história da humanidade. A EFE precisa fornecer condições para que os/as estudantes compreendam o esporte como produto da cultura humana e possam usufruir dele de maneira autônoma e com visão crítica. No ambiente escolar, temos que resgatar e o respeito ao ser humano. O esporte constitui-se como conteúdo de relevância para a formação integral/omnilateral dos/as estudantes, porque possibilita vivências, descobertas, superação de limites, além de promover a integração, a cooperação e a solidariedade. É um conteúdo que precisa ser vivenciado e contextualizado através de elaborações e reflexões críticas e complexas. Soares et al. (2009) afirmam que o conteúdo esporte deve contemplar desde jogos que possuem regras implícitas até aqueles institucionalizados por regras específicas, e o ensino não pode se esgotar nos gestos técnicos. É necessário desmistificar o esporte permitindo que o/a estudante seja capaz de criticar a partir de um contexto socioeconômico, político e cultural, além de garantir o seu direito à prática esportiva. 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Nesse sentido, a SD, organizada sob a forma de um Minicurso intitulado “Esportes de Raquete: bora, povo!”, tem como objetivo favorecer a construção de conhecimentos teórico-práticos sobre os esportes a partir dos esportes de raquete à luz da abordagem Crítico-Superadora. Os esportes de raquete que serão desenvolvidos na SD são: Badminton - praticado individualmente ou em duplas, os jogadores usam uma raquete para golpear uma peteca, cujo objetivo é fazer com que a peteca toque o chão dentro das linhas do campo do adversário, enquanto se evita que a peteca toque o chão em seu próprio campo; Frescobol - jogo colaborativo, cujo objetivo principal é manter a bola em movimento entre os jogadores, sem deixá-la cair no chão; Beach Tennis - é praticado individualmente ou em duplas no qual os jogadores utilizam raquetes para golpear uma bola sobre uma rede e para dentro do campo do adversário; Tênis - praticado individualmente ou em duplas, no qual os jogadores utilizam raquetes para golpear uma bola sobre uma rede com o objetivo de fazer com que a bola toque o chão no campo do adversário, enquanto se evita que a bola toque o chão dentro do próprio campo; e Quimbol - agrupa as regras do vôlei, tênis e futebol, sendo disputado em equipe composta por quatro jogadores, realizando passes entre si antes de rebater a bola para a quadra adversária. 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CORRÊA, Cynthia Roberta dos Santos Monteiro Jorge. Esportes de raquete: bora povo! 2024. 28 f. Produto Educacional: Mini Curso (Mestrado Profissional em em Educação Profissional e Tecnológica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco IFPE, Campus Olinda, Olinda, 2022. |
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CORRÊA, Cynthia Roberta dos Santos Monteiro Jorge. Esportes de raquete: bora povo! 2024. 28 f. Produto Educacional: Mini Curso (Mestrado Profissional em em Educação Profissional e Tecnológica) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco IFPE, Campus Olinda, Olinda, 2022. |
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