TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Revista Eixos Tech |
Texto Completo: | https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/200 |
Resumo: | RESUMO Introdução: A maioria da transmissão vertical ocorre durante o trabalho de parto com 65%, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22% (LIMA et al., 2017). Nos últimos dez anos, observou-se uma tendência de queda estatisticamente significativa no Brasil com 35,7% de contaminação da gestante com vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o recém-nascido (LIMA et al., 2017, p. 57). Essa queda de contaminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) da gestante para o recém-nascido pode ser explicada através das medidas preventivas implementadas (SILVA, SILVA, 2018). Essas medidas iniciaram no ano de 1997 e desse ano em diante tem reduzido o número de casos em menores de 13 anos ainda mais com o número significativo de pesquisa nessa área (MOURA, PRAÇA, 2006). Objetivo: Avaliar os fatores que influenciaram na transmissão materno-fetal do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Metodologia: Estudo de Caso, realizado em um serviço de referência, através da análise de prontuário de gestante e recém-nascido com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Resultados: Apresentamos um relato de caso de gestação onde mãe vive com HIV, no ano de 2009, sem a realização do tratamento antirretroviral até o sétimo mês de gestação. A cliente em estudo encontrava-se no terceiro trimestre gestacional quando obteve o diagnóstico positivo para o vírus, foi encaminhada para um ambulatório de referência para iniciar o tratamento antirretroviral com acompanhamento. Seu primeiro exame de carga viral (CV) e de contagem de células de defesa (CD4) apresentaram resultados de 214 cópias/ml e 980 células/mm³, respectivamente. O recém-nascido nasceu de parto normal no ano de 2009 e iniciou a profilaxia com antirretrovirais ao nascimento, conforme o protocolo vigente. Cliente não amamentou conforme orientada. O recém-nascido obteve seu diagnóstico positivo conclusivo ao completar 18 meses no ano de 2011. Iniciou imediatamente o uso dos antirretrovirais e hoje, com 9 anos, encontra-se em bom estado geral, tem adesão ao tratamento e possui carga viral (CV) indetectável. Na escola não conseguiu acompanhar a turma, teve um diagnóstico de dislexia e requer acompanhamento especializado. Conclusão: Sabe-se, que carga viral indetectável da mãe durante a gestação reduz a probabilidade de transmissão do vírus, portanto, um fator agravante nesse caso foi o diagnóstico tardio da mãe, somente no sétimo gestacional e com uma carga viral significativa. Outro agravante foi a realização do parto normal, visto que nestas condições caracteriza a necessidade de cesariana. Foram encontradas algumas limitações no decorrer da pesquisa em prontuário, devido à ausência de algumas informações importantes para elucidar melhor a situação. Constatamos que nesse caso a exposição de risco ao vírus ocorreu durante a gestação e trabalho de parto. Concluímos que, somente o diagnóstico precoce com a manutenção de carga viral indetectável, sustentada desde o início da gravidez, e a adoção das outras formas de prevenção recomendadas pelo protocolo, irão garantir baixos índices de transmissão vertical. |
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