SOFRIMENTO PSÍQUICO DE ENFERMEIROS DA UTI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correa, Jorge Miguel
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Revista Eixos Tech
Texto Completo: https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/209
Resumo: Introdução: O trabalho ao longo dos séculos tem se apresentado como um subsidio central e fundamental na vida do homem, sendo este resultado de contentamento e sofrimento. É um desafio para os trabalhadores, ocupar-se em um trabalho onde está presente a crise estrutural do capital, instabilidade, longas jornadas de trabalho e a precarização, sendo os profissionais de enfermagem os mais acometidos (RIBEIRO et.al.,2017). Objetivo: Este trabalho teve como objetivo apresentar o sofrimento mental vivenciado por profissionais de enfermagem no setor de Terapia Intensiva. Metodologia: Esse trabalho tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, realizada por meio de levantamento bibliográfico sobre saúde mental e sofrimento mental, o estudo foi realizado no mês de abril de 2019 na biblioteca da UEMG, utilizando as bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (Scielo). As palavras chaves utilizadas foram: Saúde mental, sofrimento mental e Unidade de Terapia Intensiva. Dentre os 12 artigos encontrados, foram selecionados 3 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão e exclusão escolhidos. Os critérios de inclusão foram artigos no idioma português, nos últimos cinco anos e disponíveis gratuitamente na íntegra. Os critérios de exclusão foram artigos cujo conteúdo não abordava o assunto tratado ou que dava fuga ao tema. Resultados e Discussão: É crescente e notável na enfermagem o descontentamento no trabalho, devido a atividades fracionadas, turnos longos de trabalho, rigidez hierárquica, automação de atividades repetitivas, agilidade, falta de materiais necessários para os procedimentos, baixa remuneração e o processo morte-morrer ocorrido com frequência nas UTI e dentre outros fatores que este profissional esta sujeito a passar, gerando um sofrimento psíquico (FERNANDES et.al., 2015). Segundo uma pesquisa feita por FERNANDES et.al. (2015), os enfermeiros intensivistas relatam sentir angústia, insônia, inapetência, emagrecimento e outros sintomas. A UTI é um setor especializado para atender pacientes em estado crítico, profissionais que laboram neste setor passam por um treinamento adequado e especifico para não influenciar na sua saúde mental. Estudos apontam que o estresse vivenciado na UTI, dar-se origem da insatisfação, falta de reconhecimento, desrespeito, repercutindo na saúde física e mental (VASCONCELOS; MARTINO, 2018). Sendo assim, a coordenação deste setor deve estar em constante vigília, a fim de identificar os profissionais que necessitam de uma atenção psicológica com finalidade de evitar danos na sua saúde. Para que o cuidado seja prestado com qualidade o profissional deve manter seu estado de bem-estar físico e psicológico estabilizado (RIBEIRO et.al.,2017); (FERNANDES et.al., 2015). Conclusão: Conclui-se que profissionais da enfermagem que trabalham em Unidade de Terapia Intensiva encontram desafios como desgaste mental além de sentimentos insatisfatório, tornando o profissional estressado e propenso a desenvolver agravos na sua saúde mental. Portanto, torna imprescindível uma atenção maior para este profissional, sendo necessário uma averiguação do processo de trabalho com objetivo de proporcionar maior contentamento no trabalho.
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