Carlos Reverbel, Cem Anos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/view/57507 |
Resumo: | Poucas pessoas foram tão importantes para divulgar e entender o Rio Grande do Sul e o gaúcho quanto Carlos Reverbel. Nascido em Quarai em 21 de julho de 1912, tornou-se jornalista e escritor notável. A atividade na imprensa levou-o a morar em Porto Alegre, em Florianópolis e na Europa, com sede em Paris, logo após a segunda grande guerra. Foi importante colaborador da Editora Globo, de sua Revista e da Coleção Província de São Pedro, bem como editor do CadernoLiterário do Correio do Povo. Estudioso de Simões Lopes Neto, foi o responsável pela publicação do livro Casos do Romualdo, ao reunir material disperso por jornais de Pelotas. Deixou-nos importantes obras, de inestimável valor histórico e cultural: Barco de Papel (1978), Saudações Aftosas (1980), Um Capitão da Guarda Nacional (1981), Diário de Cecília Assis Brasil (1984), Pedras Altas (1984), Maragatos e Pica-paus (1985), O Gaúcho (1986), Assis Brasil (1990), Arca de Blau (1993) e Outros Aspectos da Imprensa do RS (1996). Foi membro titular do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul e de outras entidades. Foi patrono da Feira do Livro de Porto Alegre, recebeu importanteshomenagens e virou nome de rua, logo após seu falecimento em 27 de junho de 1997. Colaborações regulares para o Correio do Povo, Folha da Tarde e depois para a Zero Hora, mantiveram-no ativo a vida inteira. Não pretendo neste trabalho ser um biógrafo dentro das homenagens que deverão ser prestadas a Carlos Reverbel por ocasião do centenário de seu nascimento, quero apenas homenagear um amigo muito especial e através de textos evidenciar sua generosidade autêntica, sua eterna vontade de ajudar os outros, bem como sua simplicidade e sua determinação no enfrentamento das limitações físicas que iam chegando. As visitas em sua casa eram de puro encantamento e eu sempre exultava quando recebia suas cartas, que normalmente continuavam assuntos iniciados nas conversas. De caligrafia bela e bem definida, ocupando as faces anteriores de uma folha de papel ofício do58brada ao meio, suas cartas eram ricas e generosas. Dele, recebi vários livros, dos que tinha em duplicata para presentear os amigos. Por sua iniciativa, passei a conhecer Júlio Petersen, José Collares, Flávio Loureiro Chaves, Cláudia Laitano, Luiz Fernando Cirne Lima; além de estreitar laços que tínhamos em comum com Sérgio da Costa Franco, Paulo Xavier, Corálio Cabeda, Alcides e Tânia Carvalhal, José Antonio Mazza, Léa Masina e alguns outros. A homenagem que presto compõe-se de três módulos: a) Transcrição de crônica que escrevi para o SulRural, três anos após sua morte; b) Divulgação de correspondência; c) Texto que ajuntou a uma das cartas e que teria sido sua única incursão peloterritório ficcional. |
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