Circuncisão por motivos médicos no sistema público de saúde do Brasil: epidemiologia e tendências

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Korkes,Fernando
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Silva II,Jarques Lucio, Pompeo,Antonio Carlos Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Einstein (São Paulo)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082012000300015
Resumo: OBJETIVO: Avaliar os fatores epidemiológicos associados à circuncisão por motivos médicos, tendo por base os dados do sistema público de saúde do Brasil. MÉTODOS: Utilizando os dados públicos do Sistema Único de Saúde de 1984 e 2010, foi realizada busca de admissões hospitalares associadas ao tratamento cirúrgico da fimose. Um total de 668.818 homens admitidos nos hospitais públicos e submetidos à circuncisão foram identificados e incluídos neste estudo. RESULTADOS: A média±desvio padrão de 47,8±13,4 circuncisões/100 mil homens por ano foi realizada no Sistema Único de Saúde por razões médicas. No período de 27 anos em que o procedimento foi avaliado, 1,3% da população masculina necessitou de circuncisão por indicação médica. O número total de circuncisões e a taxa de circuncisões aumentou na infância e decaiu progressivamente depois de 5 anos de idade, voltando a aumentar após a sexta década de vida. Nas regiões do país com melhor acesso aos serviços de saúde, 5,8% dos meninos de 1 a 9 anos de idade necessitaram de circuncisões. De 1992 a 2010, houve 63 mortes associadas à circuncisão, com taxa de mortalidade de 0,013%. CONCLUSÃO: Por meio do presente estudo, foi possível estimar as taxas de circuncisão anuais no Brasil, e uma taxa de mortalidade muito baixa foi associada a esses procedimentos. As circuncisões são realizadas mais frequentemente em crianças na primeira década de vida, e um segundo pico de incidência de doenças no prepúcio ocorre depois da sexta década de vida quando a circuncisão é progressivamente realizada novamente.
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