Beneficência e paternalismo médico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000600021 |
Resumo: | O autor discute a relação médico-paciente, considerando que na sociedade contemporânea e secularizada as aplicações decorrentes das pesquisas biomédicas trazem dilemas ao exercício profissional. Discorre sobre o atendimento, analisando o paternalismo e a autonomia do paciente na perspectiva dos princípios da beneficência e da autonomia. A beneficência se constitui em uma das prerrogativas do exercício da Medicina dizendo respeito a agir no melhor interesse do paciente. Para a reflexão bioética sua aplicação importa em distinguir a beneficência geral da específica quando da tomada de decisão médica. Desconsiderar a opinião do paciente plenamente capaz constitui conduta unilateral, o paternalismo médico, que pode ser eticamente justificado, e por vezes necessário, apenas quando existe limitação na autodeterminação do paciente, momentânea ou definitiva. Torna-se necessário, portanto, entender que as ações beneficentes no atendimento clínico são inerentes à relação médico-paciente e quanto melhor essa relação é construída, tanto melhor será a decisão médica, que não cause dano ao paciente e possa agir em seu benefício, respeitando sua autonomia. Para compatibilizar beneficência e paternalismo o médico precisa manter sua autoridade, preservando seus conhecimentos e responsabilizando-se pela tomada da decisão, e o paciente participar do processo de escolha de acordo com seus valores morais e pessoais. |
id |
IMIPFF-1_6a826a1ee021be682381d2ab0b70e896 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1519-38292010000600021 |
network_acronym_str |
IMIPFF-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Beneficência e paternalismo médicoPaternalismoAutonomia pessoalBeneficênciaO autor discute a relação médico-paciente, considerando que na sociedade contemporânea e secularizada as aplicações decorrentes das pesquisas biomédicas trazem dilemas ao exercício profissional. Discorre sobre o atendimento, analisando o paternalismo e a autonomia do paciente na perspectiva dos princípios da beneficência e da autonomia. A beneficência se constitui em uma das prerrogativas do exercício da Medicina dizendo respeito a agir no melhor interesse do paciente. Para a reflexão bioética sua aplicação importa em distinguir a beneficência geral da específica quando da tomada de decisão médica. Desconsiderar a opinião do paciente plenamente capaz constitui conduta unilateral, o paternalismo médico, que pode ser eticamente justificado, e por vezes necessário, apenas quando existe limitação na autodeterminação do paciente, momentânea ou definitiva. Torna-se necessário, portanto, entender que as ações beneficentes no atendimento clínico são inerentes à relação médico-paciente e quanto melhor essa relação é construída, tanto melhor será a decisão médica, que não cause dano ao paciente e possa agir em seu benefício, respeitando sua autonomia. Para compatibilizar beneficência e paternalismo o médico precisa manter sua autoridade, preservando seus conhecimentos e responsabilizando-se pela tomada da decisão, e o paciente participar do processo de escolha de acordo com seus valores morais e pessoais.Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira2010-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000600021Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil v.10 suppl.2 2010reponame:Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online)instname:Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIPFF)instacron:IMIPFF10.1590/S1519-38292010000600021info:eu-repo/semantics/openAccessSilva,Henrique Batista epor2011-02-24T00:00:00Zoai:scielo:S1519-38292010000600021Revistahttp://www.scielo.br/rbsmihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@imip.org.br1806-93041519-3829opendoar:2011-02-24T00:00Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIPFF)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Beneficência e paternalismo médico |
title |
Beneficência e paternalismo médico |
spellingShingle |
Beneficência e paternalismo médico Silva,Henrique Batista e Paternalismo Autonomia pessoal Beneficência |
title_short |
Beneficência e paternalismo médico |
title_full |
Beneficência e paternalismo médico |
title_fullStr |
Beneficência e paternalismo médico |
title_full_unstemmed |
Beneficência e paternalismo médico |
title_sort |
Beneficência e paternalismo médico |
author |
Silva,Henrique Batista e |
author_facet |
Silva,Henrique Batista e |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva,Henrique Batista e |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Paternalismo Autonomia pessoal Beneficência |
topic |
Paternalismo Autonomia pessoal Beneficência |
description |
O autor discute a relação médico-paciente, considerando que na sociedade contemporânea e secularizada as aplicações decorrentes das pesquisas biomédicas trazem dilemas ao exercício profissional. Discorre sobre o atendimento, analisando o paternalismo e a autonomia do paciente na perspectiva dos princípios da beneficência e da autonomia. A beneficência se constitui em uma das prerrogativas do exercício da Medicina dizendo respeito a agir no melhor interesse do paciente. Para a reflexão bioética sua aplicação importa em distinguir a beneficência geral da específica quando da tomada de decisão médica. Desconsiderar a opinião do paciente plenamente capaz constitui conduta unilateral, o paternalismo médico, que pode ser eticamente justificado, e por vezes necessário, apenas quando existe limitação na autodeterminação do paciente, momentânea ou definitiva. Torna-se necessário, portanto, entender que as ações beneficentes no atendimento clínico são inerentes à relação médico-paciente e quanto melhor essa relação é construída, tanto melhor será a decisão médica, que não cause dano ao paciente e possa agir em seu benefício, respeitando sua autonomia. Para compatibilizar beneficência e paternalismo o médico precisa manter sua autoridade, preservando seus conhecimentos e responsabilizando-se pela tomada da decisão, e o paciente participar do processo de escolha de acordo com seus valores morais e pessoais. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000600021 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292010000600021 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1519-38292010000600021 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil v.10 suppl.2 2010 reponame:Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) instname:Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIPFF) instacron:IMIPFF |
instname_str |
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIPFF) |
instacron_str |
IMIPFF |
institution |
IMIPFF |
reponame_str |
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online) - Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIPFF) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista@imip.org.br |
_version_ |
1752129928612020224 |