Ensaio de Fluxo Lateral para antígeno criptocócico: um importante avanço para melhorar o continuum de cuidados com HIV e reduzir a mortalidade relacionada à meningite criptocóccica
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/105842 |
Resumo: | A meningite criptocócica continua causando um substancial índice de óbitos em pacientes infectados por HIV em países de baixa e média renda. Ferramentas diagnósticas para detecção do antígeno capsular polissacarídico criptocócico (CrAg) em soro e líquor tais como o teste de aglutinação de látex (latex-CrAg) ou o imunoensaio (EIE) têm sido utilizadas por muitos anos. Técnicas diagnósticas mais aprimoradas seriam cruciais nas fases assintomática e sintomática da criptococose para reduzir a mortalidade. Recentemente, o ensaio de fluxo lateral para detecção do antígeno criptocócico (LFA CrAg) foi incluído no arsenal diagnóstico. Contrariamente aos outros testes, LFA CrAg é um ensaio imunocromatográfico em formato similar ao teste de gravidez, e requer pouca ou nenhuma infraestrutura laboratorial. Este teste preenche os critérios ASSURED (Affordable, Sensitive,Specific, User friendly,Rapid/ robust,Equipment-free,Delivered) da Organização Mundial da Saúde e pode ser utilizado em soro, plasma, sangue total ou líquor para o diagnóstico da criptococose. LFA CrAg tem melhor sensibilidade analítica para o C. gattii que o teste de látex-CrAg ou EIE. A prevenção da doença criptocócica constituiria uma nova aplicação do LFA CrAg, mediante a triagem de amostras de sangue para a identificação de infecção sub-clínica em pacientes infectados pelo HIV que não apresentam sintomas, possuem contagem de CD4 < 100 células/mL e não recebem terapia antirretroviral eficaz. A triagem de CrgA em amostras de plasma remanescente da contagem de CD4 pode identificar pacientes com infecção assintomática que precisam urgentemente de tratamento preemptivo com fluconazol, evitando assim a progressão para doença sintomática e/ou óbito. |
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Ensaio de Fluxo Lateral para antígeno criptocócico: um importante avanço para melhorar o continuum de cuidados com HIV e reduzir a mortalidade relacionada à meningite criptocóccica LATERAL FLOW ASSAY FOR CRYPTOCOCCAL ANTIGEN: AN IMPORTANT ADVANCE TO IMPROVE THE CONTINUUM OF HIV CARE AND REDUCE CRYPTOCOCCAL MENINGITIS-RELATED MORTALITY A meningite criptocócica continua causando um substancial índice de óbitos em pacientes infectados por HIV em países de baixa e média renda. Ferramentas diagnósticas para detecção do antígeno capsular polissacarídico criptocócico (CrAg) em soro e líquor tais como o teste de aglutinação de látex (latex-CrAg) ou o imunoensaio (EIE) têm sido utilizadas por muitos anos. Técnicas diagnósticas mais aprimoradas seriam cruciais nas fases assintomática e sintomática da criptococose para reduzir a mortalidade. Recentemente, o ensaio de fluxo lateral para detecção do antígeno criptocócico (LFA CrAg) foi incluído no arsenal diagnóstico. Contrariamente aos outros testes, LFA CrAg é um ensaio imunocromatográfico em formato similar ao teste de gravidez, e requer pouca ou nenhuma infraestrutura laboratorial. Este teste preenche os critérios ASSURED (Affordable, Sensitive,Specific, User friendly,Rapid/ robust,Equipment-free,Delivered) da Organização Mundial da Saúde e pode ser utilizado em soro, plasma, sangue total ou líquor para o diagnóstico da criptococose. LFA CrAg tem melhor sensibilidade analítica para o C. gattii que o teste de látex-CrAg ou EIE. A prevenção da doença criptocócica constituiria uma nova aplicação do LFA CrAg, mediante a triagem de amostras de sangue para a identificação de infecção sub-clínica em pacientes infectados pelo HIV que não apresentam sintomas, possuem contagem de CD4 < 100 células/mL e não recebem terapia antirretroviral eficaz. A triagem de CrgA em amostras de plasma remanescente da contagem de CD4 pode identificar pacientes com infecção assintomática que precisam urgentemente de tratamento preemptivo com fluconazol, evitando assim a progressão para doença sintomática e/ou óbito. AIDS-related cryptococcal meningitis continues to cause a substantial burden of death in low and middle income countries. The diagnostic use for detection of cryptococcal capsular polysaccharide antigen (CrAg) in serum and cerebrospinal fluid by latex agglutination test (CrAg-latex) or enzyme-linked immunoassay (EIA) has been available for over decades. Better diagnostics in asymptomatic and symptomatic phases of cryptococcosis are key components to reduce mortality. Recently, the cryptococcal antigen lateral flow assay (CrAg LFA) was included in the armamentarium for diagnosis. Unlike the other tests, the CrAg LFA is a dipstick immunochromatographic assay, in a format similar to the home pregnancy test, and requires little or no lab infrastructure. This test meets all of the World Health Organization ASSURED criteria (Affordable, Sensitive, Specific, User friendly, Rapid/robust, Equipment-free, and Delivered). CrAg LFA in serum, plasma, whole blood, or cerebrospinal fluid is useful for the diagnosis of disease caused by Cryptococcusspecies. The CrAg LFA has better analytical sensitivity for C. gattii than CrAg-latex or EIA. Prevention of cryptococcal disease is new application of CrAg LFA via screening of blood for subclinical infection in asymptomatic HIV-infected persons with CD4 counts < 100 cells/mL who are not receiving effective antiretroviral therapy. CrAg screening of leftover plasma specimens after CD4 testing can identify persons with asymptomatic infection who urgently require pre-emptive fluconazole, who will otherwise progress to symptomatic infection and/or die. Universidade de São Paulo. Instituto de Medicina Tropical de São Paulo2015-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/105842Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 57 No. suppl.19 (2015); 38-45Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 57 Núm. suppl.19 (2015); 38-45Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; v. 57 n. suppl.19 (2015); 38-451678-99460036-4665reponame:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Pauloinstname:Instituto de Medicina Tropical (IMT)instacron:IMTenghttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/105842/104538Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessVIDAL, Jose E.BOULWARE, David R.2015-10-14T18:28:21Zoai:revistas.usp.br:article/105842Revistahttp://www.revistas.usp.br/rimtsp/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/oai||revimtsp@usp.br1678-99460036-4665opendoar:2022-12-13T16:52:34.358247Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - Instituto de Medicina Tropical (IMT)true |
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