Profile of patients with Baggio-Yoshinari Syndrome admitted at "Instituto de Infectologia Emilio Ribas"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gouveia, Emy Akiyama
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Alves, Mayra Fernanda, Mantovani, Elenice, Oyafuso, Luiza Keiko, Bonoldi, Virgínia Lucia Nazario, Yoshinari, Natalino Hajime
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/31358
Resumo: O objetivo do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos pacientes com Síndrome Baggio-Yoshinari (SBY), internados no Instituto de Infectologia Emilio Ribas, São Paulo, Brasil, no período de julho de 1990 a julho de 2006. SBY é uma nova doença transmitida por carrapatos, causada pela Borrelia burgdorferi sensu lato, que se assemelha a Doença de Lyme (DL), exceto pelas particularidades epidemiológicas, clínicas e laboratoriais. A partir dos registros de 60 pacientes com sorologia positiva para B. burgdorferi pelos métodos de ELISA e Western-blotting, 19 casos foram diagnosticados como SBY, de acordo com critérios adotados pelo LIM-17 HCFMUSP, laboratório de referência para a pesquisa de SBY no Brasil. Os outros 41 pacientes restantes foram classificados como tendo infecções diversas ou processos auto-imunes. O início dos sintomas no grupo SBY variou de um dia a seis anos. Quatro dos 19 pacientes foram incluídos na fase aguda da doença e 15 na fase latente. Os sintomas gerais inespecíficos foram identificados em quase todos os casos, com altas freqüências de febre (78,9%) e linfoadenomegalia (36,8%). Seis pacientes tiveram lesões de pele (31,5%); seis artralgia ou artrite (31,5%) e oito sintomas neurológicos (42%). Curiosamente, dois pacientes apresentaram anticorpos para B. burgdorferi exclusivamente no líquido cefalorraquidiano. Uma vez que a SBY é uma zoonose emergente brasileira e seu diagnóstico é complexo, todo o conhecimento novo sobre SBY deve ser difundido para os médicos brasileiros, com o objetivo de ensiná-los a diagnosticar esta surpreendente doença transmitida por carrapatos, evitando-se a sua progressão para sequelas crônicas irreversíveis.
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spelling Profile of patients with Baggio-Yoshinari Syndrome admitted at "Instituto de Infectologia Emilio Ribas" Perfil dos pacientes com Síndrome Baggio-Yoshinari admitidos no "Instituto de Infectologia Emilio Ribas" Lyme DiseaseLyme disease-like illnessBaggio-Yoshinari SyndromeTick-borne diseasesBorrelia burgdorferiBrazil O objetivo do estudo foi avaliar o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial dos pacientes com Síndrome Baggio-Yoshinari (SBY), internados no Instituto de Infectologia Emilio Ribas, São Paulo, Brasil, no período de julho de 1990 a julho de 2006. SBY é uma nova doença transmitida por carrapatos, causada pela Borrelia burgdorferi sensu lato, que se assemelha a Doença de Lyme (DL), exceto pelas particularidades epidemiológicas, clínicas e laboratoriais. A partir dos registros de 60 pacientes com sorologia positiva para B. burgdorferi pelos métodos de ELISA e Western-blotting, 19 casos foram diagnosticados como SBY, de acordo com critérios adotados pelo LIM-17 HCFMUSP, laboratório de referência para a pesquisa de SBY no Brasil. Os outros 41 pacientes restantes foram classificados como tendo infecções diversas ou processos auto-imunes. O início dos sintomas no grupo SBY variou de um dia a seis anos. Quatro dos 19 pacientes foram incluídos na fase aguda da doença e 15 na fase latente. Os sintomas gerais inespecíficos foram identificados em quase todos os casos, com altas freqüências de febre (78,9%) e linfoadenomegalia (36,8%). Seis pacientes tiveram lesões de pele (31,5%); seis artralgia ou artrite (31,5%) e oito sintomas neurológicos (42%). Curiosamente, dois pacientes apresentaram anticorpos para B. burgdorferi exclusivamente no líquido cefalorraquidiano. Uma vez que a SBY é uma zoonose emergente brasileira e seu diagnóstico é complexo, todo o conhecimento novo sobre SBY deve ser difundido para os médicos brasileiros, com o objetivo de ensiná-los a diagnosticar esta surpreendente doença transmitida por carrapatos, evitando-se a sua progressão para sequelas crônicas irreversíveis. The aim of this study was to evaluate the epidemiological, clinical and laboratorial profile of patients with Baggio-Yoshinari Syndrome (BYS), who underwent internment at the Instituto de Infectologia Emilio Ribas in São Paulo, Brazil, during the period from July 1990 to July 2006. BYS is a new Brazilian tick-borne disease caused by Borrelia burgdorferi sensu lato microorganisms that resembles features of Lyme disease (LD), except for its epidemiological, clinical and laboratorial particularities. From 60 patients' records with positive serology to B. burgdorferi done by ELISA and Western-blotting methods, 19 cases were diagnosed as having BYS, according to criteria adopted at LIM-17 HCFMUSP, the Brazilian Reference Laboratory for the research of BYS. The other 41 remaining patients displayed miscellaneous infections or auto-immune processes. The beginning of symptoms in BYS group varied from one day to six years, from the onset of the disease. Four of 19 patients were included in acute disease stage, and 15 in latent. General unspecific symptoms were identified in almost all cases, with high frequencies of fever (78.9%) and lymphadenomegaly (36.8%). Six patients had skin lesions (31.5%); six arthralgia or arthritis (31.5%) and eight neurological symptoms (42%). Interestingly, two patients showed antibodies directed to B. burgdorferi exclusively in cerebrospinal fluid. Since BYS is a new emergent Brazilian zoonosis and its diagnosis is sometimes complex, all the new knowledge about BYS must be scattered to Brazilian Medical specialists, aiming to teach them how to diagnose this amazing tick-borne disease and to avoid its progression to chronic irreversible sequels Universidade de São Paulo. Instituto de Medicina Tropical de São Paulo2010-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/31358Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 52 No. 6 (2010); 297-303 Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; Vol. 52 Núm. 6 (2010); 297-303 Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo; v. 52 n. 6 (2010); 297-303 1678-99460036-4665reponame:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Pauloinstname:Instituto de Medicina Tropical (IMT)instacron:IMTenghttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/31358/33243Copyright (c) 2018 Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessGouveia, Emy AkiyamaAlves, Mayra FernandaMantovani, EleniceOyafuso, Luiza KeikoBonoldi, Virgínia Lucia NazarioYoshinari, Natalino Hajime2012-07-07T19:33:23Zoai:revistas.usp.br:article/31358Revistahttp://www.revistas.usp.br/rimtsp/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rimtsp/oai||revimtsp@usp.br1678-99460036-4665opendoar:2022-12-13T16:52:01.872849Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - Instituto de Medicina Tropical (IMT)true
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