Efeito da terapia anti-retroviral altamente ativa no isolamento vaginal de Candida spp. em mulheres infectadas por HIV comparado às não infectadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALCZUK, Silvia de Souza Dantas
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: BONFIM-MENDONÇA, Patrícia de Souza, ROCHA-BRISCHILIARI, Sheila Cristina, SHINOBU-MESQUITA, Cristiane Suemi, MARTINS, Helen Priscilla Rodrigues, GIMENES, Fabrícia, ABREU, André Luelsdorf Pimenta de, CARVALHO, Maria Dalva de Barros, PELLOSO, Sandra Marisa, SVIDZINSKI, Terezinha Inez Estivalet, CONSOLARO, Marcia Edilaine Lopes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/100976
Resumo: Candidíase vulvovaginal (CVV) em mulheres infectadas pelo HIV contribuiu substancialmente para a diminuição da sua qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do uso de terapia anti-retroviral altamente ativa (HAART) no isolamento de Candida spp. vaginais em mulheres HIV positivas comparado às não infectadas por HIV. Este estudo transversal incluiu 178 mulheres infectadas pelo HIV (grupo HIV) e 200 mulheres não infectadas (grupo controle) acompanhadas no Serviço de Assistência Especializada (SAE) para as doenças sexualmente transmissíveis (DST)/AIDS da cidade de Maringá/Brasil, de 1 abril a 30 de outubro de 2011. As leveduras foram isoladas e identificadas por métodos fenotípicos e moleculares. A susceptibilidade in vitro aos antifúngicos fluconazol, itraconazol, nistatina e anfotericina B foi avaliada pelo método de referência de microdiluição. Nós encontramos maior frequência de isolamento vaginal total de Candida spp. no grupo HIV do que no grupo controle. Entretanto, foi observada frequência similar de colonização e CVV entre os dois grupos. Apesar de C. albicans ser a mais frequente e sensível a azólicos e polienos em mulheres infectadas pelo HIV e não infectadas, foi detectada emergente resistência de C. glabrata a AMB nas mulheres infectadas pelo HIV. Embora tenha sido observada maior frequência de isolamento vaginal de Candida spp. nas mulheres infectadas pelo HIV do que nas não infectadas, colonização e CVV apresentaram frequência similar em ambos os grupos, o que indica que HAART parece proteger contra colonização vaginal e CVV.
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