Enteropatógenos detectados em crianças de creche no Sudeste do Brasil: pesquisa de bactérias, vírus e parasitos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Edna Donizetti Rossi
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Germini, Marcela Cristina Braga Yassaka, Mascarenhas, Joana D'Arc Pereira, Gabbay, Yvone Benchimol, Lima, Ian Carlos Gomes de, Lobo, Patrícia dos Santos, Fraga, Valéria Daltibari, Conceição, Luciana Moran, Machado, Ricardo Luiz Dantas, Rossit, Andréa Regina Baptista
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rimtsp/article/view/100893
Resumo: Introdução: O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e o perfil etiológico de enteropatógenos em crianças de uma creche. Métodos: No período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011 foram coletadas e analisadas amostras de fezes de 100 crianças matriculadas em creche do governo no município de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Resultados: Um total de 246 bactérias foram isoladas em 99% das amostras de fezes; 129 eram diarreicas e 117 não-diarreicas. Foram isoladas setenta e três cepas de Escherichia coli, 19 de Enterobacter, uma de Alcaligenes e uma de Proteus. Foram detectados 14 casos de colonização mista com Enterobacter e de E. coli. Norovírus e Astrovirus foram detectados em crianças com sinais clínicos sugestivos de diarréia. Estes vírus foram detectados exclusivamente entre as crianças residentes em áreas urbanas. Todas as amostras fecais foram negativas para a presença das espécies de rotavírus A e C. Foi observada a presença de Giardia lamblia, Entamoeba coli, Endolimax nana e ancilostomídeos. Foi encontrada associação significativa entre o consumo de alimentos fora do centro da casa e creche e a presença de parasitos intestinais. Conclusões: Para as crianças desta creche, a infecção intestinal por patógenos não parece ter contribuido para a ocorrência de diarreia ou outros sintomas intestinais. As diferenças observadas podem ser atribuídas à grande diversidade de características geográficas, sociais e econômicas e o clima do Brasil, as quais tem sido relatadas como fatores críticos para a modulação da frequência de diferentes enteropatógenos
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