Cultura e desenvolvimento: reavaliando o problema do pêndulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (Online) |
Texto Completo: | https://rbep.inep.gov.br/ojs3/index.php/rbep/article/view/1305 |
Resumo: | A teoria piagetiana sobre o pensamento operatório-formal apresenta uma série de problemas metodológicos e perguntas teóricas não respondidas, que precisam ser analisados, para que se possa atingir uma melhor compreensão acerca do pensamento adolescente e adulto. Isso significa que ainda existe uma necessidade de estudos mais compreensivos e de experimentos mais objetivos para se determinar os reais componentes do pensamento operatório-formal e detectar o papel de variáveis como classe social, cultura, sexo, QI, educação e treinamento no desenvolvimento desse tipo de raciocínio. Tendo como base um procedimento quantitativo para a avaliação do pensamento operatório-formal a partir da tarefa piagetiana do pêndulo, no presente trabalho foram investigados: 1) um sistema mais detalhado para a avaliação de uma tarefa operatório-formal e 2) o desempenho de sujeitos com diversas faixas etárias (10 a 14 anos e adultos) e diferentes tipos de experiências socioculturais e educacionais (pedreiros e universitários de Ciências Humanas e Exatas). Os resultados obtidos mostraram ser o novo sistema de avaliação quantitativa do pensamento operatório-formal um procedimento mais eficaz do que o tradicional piagetiano, no que diz respeito à diferenciação do pensamento de indivíduos de diversas idades ou experiências socioculturais. Também foram observadas nuanças do efeito da experiência sociocultural sobre o desempenho na tarefa do pêndulo, o qual mostrou-se seletivo quanto ao componente do pensamento formal a ser modificado. Palavras-chave: Piaget; problema do pêndulo; operações formais; cultura. Abstract The Piagetian theory about formal reasoning presents a series of methodological problems and unanswered theoretical questions that must be analysed in order to attain a better understanding about the thinking of adolescents and adults. This means that there is still a need for studies with greater comprehensiveness and objectiveness for one to determine the actual components of formal reasoning and detect the role of variables such as social class, sex, IQ, education and training in the development of this kind of reasoning. Based on a quantitative procedure for the evaluation of formal thinking from the Piagetian task of the pendulum, the present work investigated: 1) a more detailed system for the evaluation of tasks involving formal operations and 2) the performance of subjects of several ages (from 10 to 14 years-old and adults) and different kinds of social, cultural and educational experiences (masons and university students in the fields of exact and human sciences). The results obtained showed that the new system for the quantitative evaluation of formal reasoning has a greater degree of efficacy with regards to the differentiation between the thought processes of individuals of different age groups or social-cultural experiences than the traditional Piagetian procedure. Also, observations were made as to the subtle effect of social-cultural experiences on the individual's performance on the pendulum task, an effect that presented itself as being selective to the formal component to be modified. Keywords: Piaget; pendulum problem; formal operations; culture. |
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