Ecofisiologia de plantas da Amazônia. 2 - Anatomia foliar e ecofisiologia de Bertholletia excelsa Humb. & Benpl. (Castanha-do-pará) - Lecythidaceae.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medri, Moacyr E.
Data de Publicação: 1979
Outros Autores: Lleras, Eduardo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/14238
Resumo: Variações anatômicas nas folhas de Bertholletia excelsa (Castanha-do-pará) coletadas a diferentes alturas da mesma árvore são apresentadas aqui. Encontrou-se que da base para a copa da árvore (com as condições tornando-se gradualmente mais xéricas) o número de estômatos/mm2 aumentou, o mesófilo tornou-se mais espesso, as folhas diminuíram de tamanho e o número de vasos aumentou. Estes resultados diferem do que foi encontrado para Pogonophora schomburgkiana (Leite & Lleras, 1978) onde as diferenças estatisticamente significantes foram entre os estratos basal e médio, enquanto em Bertholletia foram entre os estratos médio e apical. Isto foi considerado como refletindo diferenças em condições de crescimento e não no mecanismo de variação fenotípica (porém, não quer isso implicar que não exista esta diferença). Comparação dos resultados aqui apresentados com os de Medri (1977) para Hevea brasiliensis, sugere que esta espécie é fenotipicamente mais plástica (em folhas) que Bertholletia excelsa, pois em geral os caracteres apresentaram uma faixa de variação mais ampla. Sugere-se que algumas espécies de alta sensitividade fenotípica poderão, com o tempo, ser utilizadas como bioindicadores.
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