Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11220 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770673A2 |
Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo comparar espacial e temporalmente a estrutura trófica dos peixes de praia no curso médio dos rios Araguaia e Tocantins. Foram feitas coletas nas quatro fases do ciclo hidrológico (seca, enchente, cheia e vazante), sendo no ano de 2000 no rio Araguaia e entre 2004 e 2005 no rio Tocantins. A composição taxonômica e estrutura das assembléias de peixes foram determinadas a partir dos dados de presença/ausência e abundância relativa. A dieta foi analisada utilizando os métodos de freqüência de ocorrência e do volume, combinados no Índice Alimentar (IA). As categorias alimentares foram estabelecidas e a estrutura trófica das espécies foi determinada com base na abundância de exemplares e proporção de espécies de cada categoria por amostra. Foram amostrados 3505 exemplares de 112 espécies no rio Araguaia e 1942 exemplares de 55 espécies no Tocantins. Characiformes e Characidae foram, respectivamente, a ordem e família mais representativas nos dois rios. A composição taxonômica foi diferente entre os ambientes de praia dos dois rios; no entanto, não houve diferença significativa na composição ao longo do ciclo hidrológico dentro de cada rio. Para determinar a composição da dieta, foi analisado o conteúdo estomacal de uma sub-amostra de 41 espécies do rio Araguaia e 20 do rio Tocantins. As espécies foram agrupadas em oito categorias tróficas, com base nos valores do IA, sendo que os insetívoros foram os mais representativos nos dois rios. Os rios Araguaia e Tocantins apresentam estrutura trófica semelhante quando considerada a abundância de exemplares por categoria; entretanto, quando considerada a proporção de espécies por categoria trófica houve diferença significativa entre os rios. No rio Tocantins houve maior predominância de insetívoros e herbívoros, sendo que 60% das espécies estavam agrupadas na categoria dos insetívoros, enquanto no rio Araguaia apesar dos insetívoros serem mais representativos, houve participação bastante expressiva dos zooplanctívoros. Somente no rio Araguaia, a estrutura trófica variou ao longo do ciclo hidrológico quando considerado os dados de proporção de espécies por categorias tróficas. No período de cheia no rio Araguaia houve maior predominância de espécies herbívoras, enquanto nos demais períodos, os insetívoros foi a categoria mais representativa. Esse período de cheia foi também o que apresentou maior riqueza de categorias tróficas, estando as espécies distribuídas de forma mais uniforme entre essas categorias. As espécies procuram nesses ambientes de praia local ideal e seguro para alimentação, visto que estas apresentam de modo geral grande plasticidade alimentar com comportamento estritamente oportunista. |
id |
INPA-2_11c9be354e5b25281884eb5dad1b6d15 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio:1/11220 |
network_acronym_str |
INPA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional do INPA |
repository_id_str |
|
spelling |
Pereira, Poliana RibeiroAgostinho, Carlos SérgioFerreira, Efrem Jorge Gondim2020-02-13T18:21:43Z2020-02-13T18:21:43Z2010-03-18https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11220http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770673A2O presente trabalho tem como objetivo comparar espacial e temporalmente a estrutura trófica dos peixes de praia no curso médio dos rios Araguaia e Tocantins. Foram feitas coletas nas quatro fases do ciclo hidrológico (seca, enchente, cheia e vazante), sendo no ano de 2000 no rio Araguaia e entre 2004 e 2005 no rio Tocantins. A composição taxonômica e estrutura das assembléias de peixes foram determinadas a partir dos dados de presença/ausência e abundância relativa. A dieta foi analisada utilizando os métodos de freqüência de ocorrência e do volume, combinados no Índice Alimentar (IA). As categorias alimentares foram estabelecidas e a estrutura trófica das espécies foi determinada com base na abundância de exemplares e proporção de espécies de cada categoria por amostra. Foram amostrados 3505 exemplares de 112 espécies no rio Araguaia e 1942 exemplares de 55 espécies no Tocantins. Characiformes e Characidae foram, respectivamente, a ordem e família mais representativas nos dois rios. A composição taxonômica foi diferente entre os ambientes de praia dos dois rios; no entanto, não houve diferença significativa na composição ao longo do ciclo hidrológico dentro de cada rio. Para determinar a composição da dieta, foi analisado o conteúdo estomacal de uma sub-amostra de 41 espécies do rio Araguaia e 20 do rio Tocantins. As espécies foram agrupadas em oito categorias tróficas, com base nos valores do IA, sendo que os insetívoros foram os mais representativos nos dois rios. Os rios Araguaia e Tocantins apresentam estrutura trófica semelhante quando considerada a abundância de exemplares por categoria; entretanto, quando considerada a proporção de espécies por categoria trófica houve diferença significativa entre os rios. No rio Tocantins houve maior predominância de insetívoros e herbívoros, sendo que 60% das espécies estavam agrupadas na categoria dos insetívoros, enquanto no rio Araguaia apesar dos insetívoros serem mais representativos, houve participação bastante expressiva dos zooplanctívoros. Somente no rio Araguaia, a estrutura trófica variou ao longo do ciclo hidrológico quando considerado os dados de proporção de espécies por categorias tróficas. No período de cheia no rio Araguaia houve maior predominância de espécies herbívoras, enquanto nos demais períodos, os insetívoros foi a categoria mais representativa. Esse período de cheia foi também o que apresentou maior riqueza de categorias tróficas, estando as espécies distribuídas de forma mais uniforme entre essas categorias. As espécies procuram nesses ambientes de praia local ideal e seguro para alimentação, visto que estas apresentam de modo geral grande plasticidade alimentar com comportamento estritamente oportunista.The current study aims to compare spatial and temporally the trophic structure of the ichthyofauna in beaches of the middle course of Araguaia and Tocantins Rivers. Sampling was conducted in four periods of the hydrological cycle (low, rising, high and receding) in 2000, and between 2004 and 2005 in the Araguaia and Tocantins Rivers respectively. The taxonomic composition and structure of fish assemblages was determined from presence/absence and relative abundance data. The diet was analyzed using the methods of frequency of occurrence and volumetric, combined in an Alimentary Index (IA). Food categories were defined and the species trophic structure was determined according to the specimens abundance and species proportion in each category per sample. A total of 3505 specimens of 112 species from the Araguaia River and 1942 of 55 species from the Tocantins River were collected. Characiformes and Characidae were the most representative order and family respectively in both rivers. The taxonomic composition was different among beaches sampled of both rivers, however, no significance differences were found along the hydrologic cycle in each river. Stomach contents of a subsampling of 41 species of Araguaia River and 20 of Tocantins River to determine the diet composition. Species were grouped in eight trophic categories, based in IA values. Insectivorous was the main category in both rivers. Araguaia and Tocantins Rivers present a similar trophic structure, when considered the specimens relative abundance per category; however, significance differences were found in species proportions per trophic category between rivers. In the Tocantins River there was predominance of insectivorous and herbivorous, 60% of the species were grouped into the category of insectivorous, while on the Araguaia River despite insectivorous are more representative, participation was very expressive of zooplanktivorous. Only in the Araguaia River, the trophic structure change along the hydrological cycle when considering the data of the species proportion per trophic categories. During the high period in the Araguaia river there was a predominance of herbivorous species, while in other periods, insectivorous was the most representative category. This high period was also presented the greatest richness of trophic guilds, the species being distributed more evenly among these categories. Species in these beach environments seeking ideal and safe site for food, since they generally have great feeding plasticity with opportunistic strictly behavior.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABiologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPIAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPeixes de AraguaiaAssembléia de peixesDistribuição espacialEstrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTDissertacao_Poliana_Pereira.pdf.txtDissertacao_Poliana_Pereira.pdf.txtExtracted texttext/plain146903https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/2/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdf.txt68261f0ea86801b1d13a56bd28c60fdcMD52THUMBNAILDissertacao_Poliana_Pereira.pdf.jpgDissertacao_Poliana_Pereira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1275https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/3/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdf.jpg5407c0c86078d9e57fcf409245d214a9MD53ORIGINALDissertacao_Poliana_Pereira.pdfDissertacao_Poliana_Pereira.pdfapplication/pdf631299https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/1/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdfdca7ad573fc68ab07d850050de9c9ba0MD511/112202020-03-10 15:28:27.299oai:repositorio:1/11220Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-10T19:28:27Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
title |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
spellingShingle |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil Pereira, Poliana Ribeiro Peixes de Araguaia Assembléia de peixes Distribuição espacial |
title_short |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
title_full |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
title_fullStr |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
title_full_unstemmed |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
title_sort |
Estrutura trófica de assembléia de peixes em praias do trecho médio dos rios Araguaia e Tocantins, estado do Tocantins, Brasil |
author |
Pereira, Poliana Ribeiro |
author_facet |
Pereira, Poliana Ribeiro |
author_role |
author |
dc.contributor.co-advisor.none.fl_str_mv |
Agostinho, Carlos Sérgio |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pereira, Poliana Ribeiro |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ferreira, Efrem Jorge Gondim |
contributor_str_mv |
Ferreira, Efrem Jorge Gondim |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
Peixes de Araguaia Assembléia de peixes Distribuição espacial |
topic |
Peixes de Araguaia Assembléia de peixes Distribuição espacial |
description |
O presente trabalho tem como objetivo comparar espacial e temporalmente a estrutura trófica dos peixes de praia no curso médio dos rios Araguaia e Tocantins. Foram feitas coletas nas quatro fases do ciclo hidrológico (seca, enchente, cheia e vazante), sendo no ano de 2000 no rio Araguaia e entre 2004 e 2005 no rio Tocantins. A composição taxonômica e estrutura das assembléias de peixes foram determinadas a partir dos dados de presença/ausência e abundância relativa. A dieta foi analisada utilizando os métodos de freqüência de ocorrência e do volume, combinados no Índice Alimentar (IA). As categorias alimentares foram estabelecidas e a estrutura trófica das espécies foi determinada com base na abundância de exemplares e proporção de espécies de cada categoria por amostra. Foram amostrados 3505 exemplares de 112 espécies no rio Araguaia e 1942 exemplares de 55 espécies no Tocantins. Characiformes e Characidae foram, respectivamente, a ordem e família mais representativas nos dois rios. A composição taxonômica foi diferente entre os ambientes de praia dos dois rios; no entanto, não houve diferença significativa na composição ao longo do ciclo hidrológico dentro de cada rio. Para determinar a composição da dieta, foi analisado o conteúdo estomacal de uma sub-amostra de 41 espécies do rio Araguaia e 20 do rio Tocantins. As espécies foram agrupadas em oito categorias tróficas, com base nos valores do IA, sendo que os insetívoros foram os mais representativos nos dois rios. Os rios Araguaia e Tocantins apresentam estrutura trófica semelhante quando considerada a abundância de exemplares por categoria; entretanto, quando considerada a proporção de espécies por categoria trófica houve diferença significativa entre os rios. No rio Tocantins houve maior predominância de insetívoros e herbívoros, sendo que 60% das espécies estavam agrupadas na categoria dos insetívoros, enquanto no rio Araguaia apesar dos insetívoros serem mais representativos, houve participação bastante expressiva dos zooplanctívoros. Somente no rio Araguaia, a estrutura trófica variou ao longo do ciclo hidrológico quando considerado os dados de proporção de espécies por categorias tróficas. No período de cheia no rio Araguaia houve maior predominância de espécies herbívoras, enquanto nos demais períodos, os insetívoros foi a categoria mais representativa. Esse período de cheia foi também o que apresentou maior riqueza de categorias tróficas, estando as espécies distribuídas de forma mais uniforme entre essas categorias. As espécies procuram nesses ambientes de praia local ideal e seguro para alimentação, visto que estas apresentam de modo geral grande plasticidade alimentar com comportamento estritamente oportunista. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010-03-18 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-02-13T18:21:43Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-02-13T18:21:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11220 |
dc.identifier.author-lattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770673A2 |
url |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11220 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770673A2 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do INPA instname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) instacron:INPA |
instname_str |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
instacron_str |
INPA |
institution |
INPA |
reponame_str |
Repositório Institucional do INPA |
collection |
Repositório Institucional do INPA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/2/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdf.txt https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/3/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdf.jpg https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11220/1/Dissertacao_Poliana_Pereira.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
68261f0ea86801b1d13a56bd28c60fdc 5407c0c86078d9e57fcf409245d214a9 dca7ad573fc68ab07d850050de9c9ba0 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1809928862773018624 |