Estudo sobre a cadeia produtiva da castanha (bertholletia excelsa bonpl.) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (AM)

• Autor(a) principal: Santis da Silva, Maria Luiza
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
• Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12994; http://lattes.cnpq.br/2516733072022334
• topic: Castanha; Bertholletia excelsa; Extrativismo

O histórico de ocupação e economia da Amazônia brasileira possui forte ligação com o extrativismo de Produtos Florestais Não-Madeireiros (PFNM). A castanha (Bertholletia excelsa) é o principal PFNM e também importante na alimentação de 55% das comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus (RDS Piagaçu-Purus). Este estudo visa descrever a cadeia produtiva da castanha em três comunidades da RDS Piagaçu-Purus, identificando os processos produtivos e seus principais entraves a fim de identificar limites e potencialidades da atividade. Para descrever a socioeconomia dos trabalhadores (idade, composição da renda, extrativismo da castanha), o sistema de produção (época, distância, duração, beneficiamento), e a comercialização (preço, determinantes do preço, unidade de venda e compradores) foram feitas entrevistas utilizando questionário semiestruturado em Unidades Produtivas Familiares (UPF). Para identificar problemáticas e potencialidades da cadeia produtiva local foram realizadas metodologias participativas por meio de reuniões nas comunidades. O extrativismo é considerado fonte de autossustento como também cultural para as populações que vivem nestas áreas, sendo esta atividade extrativista passada por gerações desde o início da exploração dos PFNM. Outro fato observado foi a herança do antigo sistema de aviamento, haja vista que a RDS está situada em área remota, sendo dificultada a aquisição de bens necessários como também dificulta o escoamento, o que ocasiona na perda de utonomia sobre a definição do preço da produção de castanha, fazendo com que UPF estejam dependentes de “patronatos” (comerciantes, aviadores e patrões do antigo sistema extrativista local) e inseridas na servidão por endividamentos.