Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Somavilla, Alexandre
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12362
http://lattes.cnpq.br/1053405412590573
Resumo: Polistes provavelmente surgiu em meados do Jurássico e estima-se que o grupo divergiu de outros Vespidae durante a separação da Gondwana, há cerca de 140 milhões de anos. Atualmente possui 222 espécies válidas e, taxonomicamente, é dividido em quatro subgêneros, P. (Aphanilopterus) com 93 espécies para o Novo Mundo e três para as espécies do Velho Mundo, sendo P. (Gyrostoma) (Leste Asiático e região Indo-australiana), P. (Polistella) (região Austral-asiática) e P. (Polistes) (Eurásia e continente Africano). Para reconstruir as relações entre as espécies de Polistes do Novo Mundo, bem como testar sua monofilia, uma análise cladística foi realizada para 90 espécies do Novo Mundo, além de três espécies de Vespula e onze de Polistes do Velho Mundo como grupos-externos. Foram propostos 140 caracteres morfológicos, sendo 88 relativos à morfologia externa de fêmeas, 32 exclusivos de machos adultos, incluindo os da genitália dos machos, 13 de larvas e sete da arquitetura dos ninhos, além de seis regiões moleculares COI, 12S, 16S, 28S, EF1 -α e H3. As análises foram realizadas sob dois critérios filogenéticos: parcimônia (apenas morfologia e combinado = morfologia + molecular) e inferência Bayesiana (combinado = morfologia + molecular) nos programas TNT e MrBayes, respectivamente. Foi verificado que os cinco subgêneros propostos por Richards e sinonimizados, posteriormente, a P. (Aphanilopterus) por Carpenter foram recuperados como monofiléticos em todas as análises, com exceção da inferência Bayesiana de 104 espécies, uma vez que a grande quantidade de dados moleculares faltando influenciou no resultado. Desta forma, foi sugerida a revalidação dos cinco subgêneros de Polistes do Novo Mundo, portanto Polistes (Onerarius) com uma espécie, Polistes (Palisotius) três espécies, Polistes (Fuscopolistes) com treze espécies, Polistes (Epicnemius) com 24 espécies e Polistes (Aphanilopterus) com 52 espécies. São apresentadas diagnoses para os subgêneros e chave dicotômica para as espécies. É fornecida uma atualização do catálogo das espécies de Polistes do Novo Mundo, com o histórico taxonômico e distribuição geográfica, bem como a descrição e ilustração da genitália dos machos de 58 espécies.
id INPA-2_36934204d7473474a7721c7881204eb1
oai_identifier_str oai:repositorio:1/12362
network_acronym_str INPA-2
network_name_str Repositório Institucional do INPA
repository_id_str
spelling Somavilla, AlexandreAndena, Sérgio RicardoCarpenter, James MichaelOliveira, Marcio Luiz de2020-02-17T19:58:27Z2020-02-17T19:58:27Z2016-12-02https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12362http://lattes.cnpq.br/1053405412590573Polistes provavelmente surgiu em meados do Jurássico e estima-se que o grupo divergiu de outros Vespidae durante a separação da Gondwana, há cerca de 140 milhões de anos. Atualmente possui 222 espécies válidas e, taxonomicamente, é dividido em quatro subgêneros, P. (Aphanilopterus) com 93 espécies para o Novo Mundo e três para as espécies do Velho Mundo, sendo P. (Gyrostoma) (Leste Asiático e região Indo-australiana), P. (Polistella) (região Austral-asiática) e P. (Polistes) (Eurásia e continente Africano). Para reconstruir as relações entre as espécies de Polistes do Novo Mundo, bem como testar sua monofilia, uma análise cladística foi realizada para 90 espécies do Novo Mundo, além de três espécies de Vespula e onze de Polistes do Velho Mundo como grupos-externos. Foram propostos 140 caracteres morfológicos, sendo 88 relativos à morfologia externa de fêmeas, 32 exclusivos de machos adultos, incluindo os da genitália dos machos, 13 de larvas e sete da arquitetura dos ninhos, além de seis regiões moleculares COI, 12S, 16S, 28S, EF1 -α e H3. As análises foram realizadas sob dois critérios filogenéticos: parcimônia (apenas morfologia e combinado = morfologia + molecular) e inferência Bayesiana (combinado = morfologia + molecular) nos programas TNT e MrBayes, respectivamente. Foi verificado que os cinco subgêneros propostos por Richards e sinonimizados, posteriormente, a P. (Aphanilopterus) por Carpenter foram recuperados como monofiléticos em todas as análises, com exceção da inferência Bayesiana de 104 espécies, uma vez que a grande quantidade de dados moleculares faltando influenciou no resultado. Desta forma, foi sugerida a revalidação dos cinco subgêneros de Polistes do Novo Mundo, portanto Polistes (Onerarius) com uma espécie, Polistes (Palisotius) três espécies, Polistes (Fuscopolistes) com treze espécies, Polistes (Epicnemius) com 24 espécies e Polistes (Aphanilopterus) com 52 espécies. São apresentadas diagnoses para os subgêneros e chave dicotômica para as espécies. É fornecida uma atualização do catálogo das espécies de Polistes do Novo Mundo, com o histórico taxonômico e distribuição geográfica, bem como a descrição e ilustração da genitália dos machos de 58 espécies.Polistes probably originated in the middle of the Jurassic period and it is estimated that its divergence from the remaining Vespidae occured duraing the Gondwana separation, around 140 million years ago. This genus currently houses 222 valid species and is taxonomically divided in four subgenera, Aphanilopterus in the New World (Nearctic+Neotropic) and the remaining ones in the Old World, Gyrostoma (East Asia and Indo-australian region), Polistella (Australasian region) and Polistes sensu stricto (Eurasia and African continent). A cladistic analysis was carried out in order to reconstruct the relationship of the New World Polistes, as well as testing its monophyly, using 90 of its known species as well as three Vespula species and eleven Old World Polistes species as the outgroup. In this analysis 1 40 morphological characters were proposed, 88 from female external morphology, 10 exclusive from adult male morphology, 22 from male genitalia, 13 from larval morphology and seven from nest architecture. Six molecular regions were also used, COI, 12S, 16S, 28S, EF1 -α e H3. The analysis were carried out under two phylogenetical criteria: parsimony (morphology data only and morphology and molecular data combined) and Bayesian inference (morphology and molecular data combined) using the softwares TNT and MrBayes respectively. In the phylogenetic hipoteses found, the five subgenera proposed by Richards and posteriorly synonymized with Polistes (Aphanilopterus) by Carpenter, was recovered as monophyletic in every analysis, except that of the Bayesian inference of 104 species due to the lack of molecular data for many species. Therefore, we propose the revalidation of the five New World subgenera of Polistes: Polistes (Onerarius) with one species, Polistes (Palisotius) with three species, Polistes (Fuscopolistes) with 13 species, Polistes (Epicnemius) with 24 species and Polistes (Aphanilopterus) with 52 species. Diagnose for each subgenus and an identification key for the species of New World Polistes are also provided as well as their taxonomic history, distribution, and description and illustration for the genitalia of the males of 58 species.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAEntomologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessVespas sociaisAnálise filogenéticaInferência BayesianaEvidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenéticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALTese_INPA (3).pdfTese_INPA (3).pdfapplication/pdf10209429https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12362/1/Tese_INPA%20%283%29.pdf4b9661e4c89503f805acb1a381194af3MD511/123622020-04-07 23:21:25.252oai:repositorio:1/12362Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-04-08T03:21:25Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
title Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
spellingShingle Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
Somavilla, Alexandre
Vespas sociais
Análise filogenética
Inferência Bayesiana
title_short Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
title_full Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
title_fullStr Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
title_full_unstemmed Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
title_sort Evidência total das espécies de Polistes Latreille, 1802 do novo mundo (Vespidae: Polistinae): uma abordagem filogenética
author Somavilla, Alexandre
author_facet Somavilla, Alexandre
author_role author
dc.contributor.co-advisor.none.fl_str_mv Andena, Sérgio Ricardo
Carpenter, James Michael
dc.contributor.author.fl_str_mv Somavilla, Alexandre
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Oliveira, Marcio Luiz de
contributor_str_mv Oliveira, Marcio Luiz de
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv Vespas sociais
Análise filogenética
Inferência Bayesiana
topic Vespas sociais
Análise filogenética
Inferência Bayesiana
description Polistes provavelmente surgiu em meados do Jurássico e estima-se que o grupo divergiu de outros Vespidae durante a separação da Gondwana, há cerca de 140 milhões de anos. Atualmente possui 222 espécies válidas e, taxonomicamente, é dividido em quatro subgêneros, P. (Aphanilopterus) com 93 espécies para o Novo Mundo e três para as espécies do Velho Mundo, sendo P. (Gyrostoma) (Leste Asiático e região Indo-australiana), P. (Polistella) (região Austral-asiática) e P. (Polistes) (Eurásia e continente Africano). Para reconstruir as relações entre as espécies de Polistes do Novo Mundo, bem como testar sua monofilia, uma análise cladística foi realizada para 90 espécies do Novo Mundo, além de três espécies de Vespula e onze de Polistes do Velho Mundo como grupos-externos. Foram propostos 140 caracteres morfológicos, sendo 88 relativos à morfologia externa de fêmeas, 32 exclusivos de machos adultos, incluindo os da genitália dos machos, 13 de larvas e sete da arquitetura dos ninhos, além de seis regiões moleculares COI, 12S, 16S, 28S, EF1 -α e H3. As análises foram realizadas sob dois critérios filogenéticos: parcimônia (apenas morfologia e combinado = morfologia + molecular) e inferência Bayesiana (combinado = morfologia + molecular) nos programas TNT e MrBayes, respectivamente. Foi verificado que os cinco subgêneros propostos por Richards e sinonimizados, posteriormente, a P. (Aphanilopterus) por Carpenter foram recuperados como monofiléticos em todas as análises, com exceção da inferência Bayesiana de 104 espécies, uma vez que a grande quantidade de dados moleculares faltando influenciou no resultado. Desta forma, foi sugerida a revalidação dos cinco subgêneros de Polistes do Novo Mundo, portanto Polistes (Onerarius) com uma espécie, Polistes (Palisotius) três espécies, Polistes (Fuscopolistes) com treze espécies, Polistes (Epicnemius) com 24 espécies e Polistes (Aphanilopterus) com 52 espécies. São apresentadas diagnoses para os subgêneros e chave dicotômica para as espécies. É fornecida uma atualização do catálogo das espécies de Polistes do Novo Mundo, com o histórico taxonômico e distribuição geográfica, bem como a descrição e ilustração da genitália dos machos de 58 espécies.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-12-02
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-02-17T19:58:27Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-02-17T19:58:27Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12362
dc.identifier.author-lattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1053405412590573
url https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12362
http://lattes.cnpq.br/1053405412590573
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
dc.publisher.program.fl_str_mv Entomologia
publisher.none.fl_str_mv Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional do INPA
instname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
instacron:INPA
instname_str Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
instacron_str INPA
institution INPA
reponame_str Repositório Institucional do INPA
collection Repositório Institucional do INPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12362/1/Tese_INPA%20%283%29.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 4b9661e4c89503f805acb1a381194af3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1809928868333617152