Estrutura de assembléias de peixes em uma área de exploração petrolífera na Amazônia (Bacia do Rio Urucu, Amazonas, Brasil).
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11246 http://lattes.cnpq.br/4524004537624671 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi caracterizar as assembléias de peixes do rio Urucu, nas proximidades de áreas portuárias de uma base de exploração de gás natural e petróleo, que poderia estar sendo impactada por esta atividade. As coletas foram realizadas em uma área a montante dos portos, para fins de controle (PCONT) (4º 51’ 20,7’’S - 65º 20’ 53,2’’O), sendo também realizadas coletas a jusante (500 metros) do porto Urucu (PJU) (4º 50’ 59,3’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) (Figura 3). As coletas foram também realizadas a frente do porto Evandro 2 (PPE2) (4º 45’ 47,9’’ S - 65º 02’ 46,6’’ O), eqüidistante 90 km do porto urucu, assim como a montante (PME2) (4º 45’ 42’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) e a jusante (PJE2) deste mesmo porto (4º 45’ 26,4’’ S - 65º 02’ 38,7’’ O), também foram realizadas capturas a frente do porto Evandro 1 (PPE1) (4º 45’ 18,1’’ S - 65º 02’ 40,9’’ O) e a jusante deste mesmo ponto (PJE1) (4º 45’ 02,2’’ S - 65º 02’ 42,6’’ O) sendo todos estes pontos localizados no rio Urucu, no município de Coari, Amazonas, Brasil. Foram coletados 923 indivíduos distribuídos em 7 ordens, 23 famílias e 82 espécies perfazendo uma biomassa total de 166.819g. Os Characiformes foram o grupo predominante seguido pelos Siluriformes, sendo as ordens Clupeiformes, Osteoglossiformes, Perciformes, Beloniformes e Pleuronectiformes com menos de 10% do total capturado. As famílias Characidae (30%), sub-família Serrasalminae (15%) e Osteoglossidae (13%) foram as mais abundantes no período da seca enquanto que na cheia as famílias Characidae (42%), Callichthydae (16%), sub-familia Serrasalmidade (14%) e Pristigateridae (11%) foram as mais representativas. As famílias mais representativas por ponto de coleta na cheia foram: Characidae no PCONT (43%), PJU (48%), PME2 (34%) e PJE1 (52%) e PJE1 (51%), Osteoglossidae no PPE2 (42%) e Hemiodontidae no PJE2 (24%) e na seca foram: Characidae no PPE2 (54%), PME2 (38%), PCONT (45%), PJU (37%) e PJE2 (24%) e a familia Callichthyidae no PJE1 (40%). A piranha Serrasalmus rhombeus apresentou a maior abundância (11%) e freqüência de ocorrência (91%), seguida pelas espécies Bryconops alburnoides, Dianema urostriatum e Osteoglossum bicirrhosum. A abundância de peixes, CPUE, biomassa, riqueza, diversidade de Shannon, Uniformidade e dominância variaram entre os períodos do ciclo hidrológico. A cheia apresentou 489 exemplares e a seca 439. A maior e menor abundância/biomassa foi encontrada no PJE1 na cheia (n=122/15.170g) e Pcontrole na seca (n=32/5.950g), respectivamente. A CPUE baseada na abundância foi maior na cheia (0.33) e menor na seca (0.30), o PJE1 (0.50/cheia) apresentou a maior CPUE e o PCONT (0.13/seca) a menor. A maior e a menor riqueza, respectivamente, foram encontradas no PJE1 na cheia (35) e Pcontrole na seca (12). A maior (4.22) e menor (0.80) diversidade, calculada pelo Índice de Shannon, foi encontrada no PJU na seca e na cheia, respectivamente. O PJU e o PJE1 apresentaram-se mais uniformes na seca (J'=0.90) e o PJU menos na cheia (J'=0,20). A maior dominância foi encontrada no PPE2 na cheia (0.19) e a menor no PJU na seca (0.07). As espécies dominantes por ponto de coleta foram: Dianema urostriatum no PJE1 e PJE2, Bryconops alburnoides no PPE2, Chalceus erythrurus no PJU e Serrasalmus rhombeus no Pcontrole e PME2. O PCONT foi classificado como em um 1ª estágio de poluição ou com influência de estresse decorrente de poluição em nível moderado. Não se pôde chegar a uma conclusão clara, com base nas análises das curvas ABC e índice numérico, de que os pontos a jusante do PCONT estavam sendo realmente impactados pelas atividades portuárias neste rio, exceto para o PJU, que foi classificado como ”poluído” e esteve localizado imediatamente a jusante do Porto Urucu. Níveis significativos de hidrocarbonetos alifáticos que apontassem contaminação proveniente de fontes petrogênicasnao não foram detectados pelas análises químicas de água realizadas. Os n-alcanos de maior concentração (n-C29 (seca) e n-C31 (cheia)) foram oriundos de combustão de material vegetal. Dentre todas as variáveis ambientais analisadas, a variável largura separou os pontos de coleta em dois grupos, sendo um grupo formado somente pelo PCONT, em ambos os períodos, e outro grupo pelos demais pontos de coleta. O padrão de aumento em largura na direção montante-jusante é explicado pelo conceito de Zonação ou Continuum, que descreve a ocorrência de diversas mudanças no corpo hídrico desde a nascente até a foz. A largura, profundidade, temperatura e concentração de hidrocarbonetos alifáticos foram as principais variáveis estruturadoras da assembléia estudada. |
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Costa, Igor David daFreitas, Carlos Edwar de Carvalho2020-02-13T18:21:51Z2020-02-13T18:21:51Z2009-10-14https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11246http://lattes.cnpq.br/4524004537624671O objetivo deste trabalho foi caracterizar as assembléias de peixes do rio Urucu, nas proximidades de áreas portuárias de uma base de exploração de gás natural e petróleo, que poderia estar sendo impactada por esta atividade. As coletas foram realizadas em uma área a montante dos portos, para fins de controle (PCONT) (4º 51’ 20,7’’S - 65º 20’ 53,2’’O), sendo também realizadas coletas a jusante (500 metros) do porto Urucu (PJU) (4º 50’ 59,3’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) (Figura 3). As coletas foram também realizadas a frente do porto Evandro 2 (PPE2) (4º 45’ 47,9’’ S - 65º 02’ 46,6’’ O), eqüidistante 90 km do porto urucu, assim como a montante (PME2) (4º 45’ 42’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) e a jusante (PJE2) deste mesmo porto (4º 45’ 26,4’’ S - 65º 02’ 38,7’’ O), também foram realizadas capturas a frente do porto Evandro 1 (PPE1) (4º 45’ 18,1’’ S - 65º 02’ 40,9’’ O) e a jusante deste mesmo ponto (PJE1) (4º 45’ 02,2’’ S - 65º 02’ 42,6’’ O) sendo todos estes pontos localizados no rio Urucu, no município de Coari, Amazonas, Brasil. Foram coletados 923 indivíduos distribuídos em 7 ordens, 23 famílias e 82 espécies perfazendo uma biomassa total de 166.819g. Os Characiformes foram o grupo predominante seguido pelos Siluriformes, sendo as ordens Clupeiformes, Osteoglossiformes, Perciformes, Beloniformes e Pleuronectiformes com menos de 10% do total capturado. As famílias Characidae (30%), sub-família Serrasalminae (15%) e Osteoglossidae (13%) foram as mais abundantes no período da seca enquanto que na cheia as famílias Characidae (42%), Callichthydae (16%), sub-familia Serrasalmidade (14%) e Pristigateridae (11%) foram as mais representativas. As famílias mais representativas por ponto de coleta na cheia foram: Characidae no PCONT (43%), PJU (48%), PME2 (34%) e PJE1 (52%) e PJE1 (51%), Osteoglossidae no PPE2 (42%) e Hemiodontidae no PJE2 (24%) e na seca foram: Characidae no PPE2 (54%), PME2 (38%), PCONT (45%), PJU (37%) e PJE2 (24%) e a familia Callichthyidae no PJE1 (40%). A piranha Serrasalmus rhombeus apresentou a maior abundância (11%) e freqüência de ocorrência (91%), seguida pelas espécies Bryconops alburnoides, Dianema urostriatum e Osteoglossum bicirrhosum. A abundância de peixes, CPUE, biomassa, riqueza, diversidade de Shannon, Uniformidade e dominância variaram entre os períodos do ciclo hidrológico. A cheia apresentou 489 exemplares e a seca 439. A maior e menor abundância/biomassa foi encontrada no PJE1 na cheia (n=122/15.170g) e Pcontrole na seca (n=32/5.950g), respectivamente. A CPUE baseada na abundância foi maior na cheia (0.33) e menor na seca (0.30), o PJE1 (0.50/cheia) apresentou a maior CPUE e o PCONT (0.13/seca) a menor. A maior e a menor riqueza, respectivamente, foram encontradas no PJE1 na cheia (35) e Pcontrole na seca (12). A maior (4.22) e menor (0.80) diversidade, calculada pelo Índice de Shannon, foi encontrada no PJU na seca e na cheia, respectivamente. O PJU e o PJE1 apresentaram-se mais uniformes na seca (J'=0.90) e o PJU menos na cheia (J'=0,20). A maior dominância foi encontrada no PPE2 na cheia (0.19) e a menor no PJU na seca (0.07). As espécies dominantes por ponto de coleta foram: Dianema urostriatum no PJE1 e PJE2, Bryconops alburnoides no PPE2, Chalceus erythrurus no PJU e Serrasalmus rhombeus no Pcontrole e PME2. O PCONT foi classificado como em um 1ª estágio de poluição ou com influência de estresse decorrente de poluição em nível moderado. Não se pôde chegar a uma conclusão clara, com base nas análises das curvas ABC e índice numérico, de que os pontos a jusante do PCONT estavam sendo realmente impactados pelas atividades portuárias neste rio, exceto para o PJU, que foi classificado como ”poluído” e esteve localizado imediatamente a jusante do Porto Urucu. Níveis significativos de hidrocarbonetos alifáticos que apontassem contaminação proveniente de fontes petrogênicasnao não foram detectados pelas análises químicas de água realizadas. Os n-alcanos de maior concentração (n-C29 (seca) e n-C31 (cheia)) foram oriundos de combustão de material vegetal. Dentre todas as variáveis ambientais analisadas, a variável largura separou os pontos de coleta em dois grupos, sendo um grupo formado somente pelo PCONT, em ambos os períodos, e outro grupo pelos demais pontos de coleta. O padrão de aumento em largura na direção montante-jusante é explicado pelo conceito de Zonação ou Continuum, que descreve a ocorrência de diversas mudanças no corpo hídrico desde a nascente até a foz. A largura, profundidade, temperatura e concentração de hidrocarbonetos alifáticos foram as principais variáveis estruturadoras da assembléia estudada.The objective of this study was to characterize fish assemblages of the Urucu River in areas of close proximity to oil and natural gas exploration, and to investigate whether there was any impact on the assemblages associated with these activities. The collections were made in an area upstream of the ports, for control (PCONT) (4 ° 51 '20.7''S - 65 º 20' 53.2''W), also held collections downstream (500 meters ) port Urucu (PJU) (4 ° 50 '59.3''S - 65 º 20' 37.4''W) (Figure 3). The collections were also held in front of the port Evandro 2 (PPE2) (4 ° 45 '47.9''S - 65 º 02' 46.6''W), 90 km equidistant urucu the port and the amount (PME2) (4 º 45 '42''S - 65 º 20' 37.4''W) and downstream (PJE2) of the same port (4 ° 45 '26.4''S - 65 º 02' 38.7''W), also captures were performed in front of the port Evandro 1 (PPE1) (4 ° 45 '18.1''S - 65 º 02' 40.9''W) and downstream of that point (PJE1) (4 ° 45 '02.2'' S - 65 º 02 '42.6''W) is located on all these points Urucu river in the city of Coari, Amazonas, Brazil. In total, 923 fish specimens from 7 orders, 23 families and 82 species were collected, with a total biomass of 166.82 kg. Characiformes were the predominant group followed by Siluriformes, while Clupeiformes, Osteoglossiformes, Perciformes, Beloniformes and Pleuronectiformes together amounted to less than 10% of the total capture. The Characidae family (30%), and sub-families Serrasalminae (15%) and Osteoglossidae (13%) were the most abundant during the low water period, while the Characidae (42%) and Callichthydae (16%) families, and sub-families Serrasalmidade (14%) and Pristigateridae (11%) were the most abundant during high water. The most abundant families per collection point during high water were: Characidae at PCONT (43%), PJU (48%), PME2 (34%) and PJE1 (52%) e PJE1 (51%), Osteoglossidae at PPE2 (42%) and Hemiodontidae at PJE2 (24%). During low water the most abundant families were: Characidae at PPE2 (54%), PME2 (38%), PCONT (45%), PJU (37%) and PJE2 (24%), and Callichthyidae at PJE1 (40%). The piranha species Serrasalmus rhombeus presented the highest abundance (11%) and occorrence frequency (91%), followed by Bryconops alburnoides, Dianema urostriatum and Osteoglossum bicirrhosum. Fish abundance, CPUE, biomass, species richness, Shannon diversity index, uniformity and dominance all varied between the two hydrological periods. The high water period presented 489 specimens and the dry period 439. The largest ratio of abundance/biomass was encountered at PJE1 during the high water period (n=122/15.17 g) and the smallest at Pcontrol during low water (n=32/5.95 g). CPUE based on abundance was largest during high water (0.33) and lowest during low water (0.30). PJE1 presented the highest CPUE (0.50; high water) and PCONT the lowest (0.13; low water). The highest and lowest species richness, respectively, were encountered at PJE1 during high water (35) and at Pcontrol during low water (12). The highest (4.22) and lowest (0.80) levels of diversity, calculated by the Shannon Index, were encountered at PJU during high and low water, respectively. PJU and PJE1 presented the highest values of uniformity during low water (J'=0.90), while PJU presented a much lower value at high water (J'=0.20). The largest dominance was encountered at PPE2 during high water (0.19) and the lowest at PJU during low water (0.07). The dominant species per collection point were: Dianema urostriatum at PJE1 and PJE2, Bryconops alburnoides at PPE2, Chalceus erythrurus at PJU and Serrasalmus rhombeus at Pcontrol and PME2. In terms of petroleum contamination, sampling point PCONT was classified as Stage I, which is associated with some physiological stress for aquatic fauna coping with moderate levels of pollution. Based on ABC curves and numerical indexes, it’s not possible to clearly determine if points downstream from PCONT were being impacted from petroleum exploration in the region. However, for PJU, which was classified as very polluted and is located immediately downstream from Port Urucu, this argument makes sense. Significant levels of aliphatic hydrocarbons indicate that contamination from sources petrogênicas were not detected by chemical analysis of water taken. The highest concentrations of n-alcanes (n-C29 during low water and n-C31 during high water) were found to be derivatives of vegetable matter combustion. From all of the environmental variables analyzed, stream width separated the collection points into two groups, with one formed by PCONT, for both hydrological periods, and the other made up of the rest of the collection points. An increase in width going downstream is consistent with the River Continuum Concept, which explains how diverse changes in hydrology occur from the headwaters to the mouth of a stream or river. Width, depth, temperature and alyphatic hydrocarbon concentrations were the principal structured variables of the studied assemblages.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABiologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPIAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIctiofaunaAssembléias de peixesRio UrucuEstrutura de assembléias de peixes em uma área de exploração petrolífera na Amazônia (Bacia do Rio Urucu, Amazonas, Brasil).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPATEXTdissertacao pronta Igor David.pdf.txtdissertacao pronta Igor David.pdf.txtExtracted texttext/plain319266https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11246/2/dissertacao%20pronta%20Igor%20David.pdf.txta7a82c45140652da20c50671a42bc6a0MD52THUMBNAILdissertacao pronta Igor David.pdf.jpgdissertacao pronta Igor David.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1330https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11246/3/dissertacao%20pronta%20Igor%20David.pdf.jpgd79057ef6223f8ca2256250c0c50fd77MD53ORIGINALdissertacao pronta Igor David.pdfdissertacao pronta Igor David.pdfapplication/pdf3801637https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/11246/1/dissertacao%20pronta%20Igor%20David.pdf06dac371ed3d1e40947ba7432312ed2eMD511/112462020-03-10 15:29:16.52oai:repositorio:1/11246Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-10T19:29:16Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar as assembléias de peixes do rio Urucu, nas proximidades de áreas portuárias de uma base de exploração de gás natural e petróleo, que poderia estar sendo impactada por esta atividade. As coletas foram realizadas em uma área a montante dos portos, para fins de controle (PCONT) (4º 51’ 20,7’’S - 65º 20’ 53,2’’O), sendo também realizadas coletas a jusante (500 metros) do porto Urucu (PJU) (4º 50’ 59,3’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) (Figura 3). As coletas foram também realizadas a frente do porto Evandro 2 (PPE2) (4º 45’ 47,9’’ S - 65º 02’ 46,6’’ O), eqüidistante 90 km do porto urucu, assim como a montante (PME2) (4º 45’ 42’’ S - 65º 20’ 37,4’’ O) e a jusante (PJE2) deste mesmo porto (4º 45’ 26,4’’ S - 65º 02’ 38,7’’ O), também foram realizadas capturas a frente do porto Evandro 1 (PPE1) (4º 45’ 18,1’’ S - 65º 02’ 40,9’’ O) e a jusante deste mesmo ponto (PJE1) (4º 45’ 02,2’’ S - 65º 02’ 42,6’’ O) sendo todos estes pontos localizados no rio Urucu, no município de Coari, Amazonas, Brasil. Foram coletados 923 indivíduos distribuídos em 7 ordens, 23 famílias e 82 espécies perfazendo uma biomassa total de 166.819g. Os Characiformes foram o grupo predominante seguido pelos Siluriformes, sendo as ordens Clupeiformes, Osteoglossiformes, Perciformes, Beloniformes e Pleuronectiformes com menos de 10% do total capturado. As famílias Characidae (30%), sub-família Serrasalminae (15%) e Osteoglossidae (13%) foram as mais abundantes no período da seca enquanto que na cheia as famílias Characidae (42%), Callichthydae (16%), sub-familia Serrasalmidade (14%) e Pristigateridae (11%) foram as mais representativas. As famílias mais representativas por ponto de coleta na cheia foram: Characidae no PCONT (43%), PJU (48%), PME2 (34%) e PJE1 (52%) e PJE1 (51%), Osteoglossidae no PPE2 (42%) e Hemiodontidae no PJE2 (24%) e na seca foram: Characidae no PPE2 (54%), PME2 (38%), PCONT (45%), PJU (37%) e PJE2 (24%) e a familia Callichthyidae no PJE1 (40%). A piranha Serrasalmus rhombeus apresentou a maior abundância (11%) e freqüência de ocorrência (91%), seguida pelas espécies Bryconops alburnoides, Dianema urostriatum e Osteoglossum bicirrhosum. A abundância de peixes, CPUE, biomassa, riqueza, diversidade de Shannon, Uniformidade e dominância variaram entre os períodos do ciclo hidrológico. A cheia apresentou 489 exemplares e a seca 439. A maior e menor abundância/biomassa foi encontrada no PJE1 na cheia (n=122/15.170g) e Pcontrole na seca (n=32/5.950g), respectivamente. A CPUE baseada na abundância foi maior na cheia (0.33) e menor na seca (0.30), o PJE1 (0.50/cheia) apresentou a maior CPUE e o PCONT (0.13/seca) a menor. A maior e a menor riqueza, respectivamente, foram encontradas no PJE1 na cheia (35) e Pcontrole na seca (12). A maior (4.22) e menor (0.80) diversidade, calculada pelo Índice de Shannon, foi encontrada no PJU na seca e na cheia, respectivamente. O PJU e o PJE1 apresentaram-se mais uniformes na seca (J'=0.90) e o PJU menos na cheia (J'=0,20). A maior dominância foi encontrada no PPE2 na cheia (0.19) e a menor no PJU na seca (0.07). As espécies dominantes por ponto de coleta foram: Dianema urostriatum no PJE1 e PJE2, Bryconops alburnoides no PPE2, Chalceus erythrurus no PJU e Serrasalmus rhombeus no Pcontrole e PME2. O PCONT foi classificado como em um 1ª estágio de poluição ou com influência de estresse decorrente de poluição em nível moderado. Não se pôde chegar a uma conclusão clara, com base nas análises das curvas ABC e índice numérico, de que os pontos a jusante do PCONT estavam sendo realmente impactados pelas atividades portuárias neste rio, exceto para o PJU, que foi classificado como ”poluído” e esteve localizado imediatamente a jusante do Porto Urucu. Níveis significativos de hidrocarbonetos alifáticos que apontassem contaminação proveniente de fontes petrogênicasnao não foram detectados pelas análises químicas de água realizadas. Os n-alcanos de maior concentração (n-C29 (seca) e n-C31 (cheia)) foram oriundos de combustão de material vegetal. Dentre todas as variáveis ambientais analisadas, a variável largura separou os pontos de coleta em dois grupos, sendo um grupo formado somente pelo PCONT, em ambos os períodos, e outro grupo pelos demais pontos de coleta. O padrão de aumento em largura na direção montante-jusante é explicado pelo conceito de Zonação ou Continuum, que descreve a ocorrência de diversas mudanças no corpo hídrico desde a nascente até a foz. A largura, profundidade, temperatura e concentração de hidrocarbonetos alifáticos foram as principais variáveis estruturadoras da assembléia estudada. |
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