Relação da área foliar com a área do xilema ativo em árvores juvenis de seis espécies dominantes na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rincón, Nancy Lorena Maniguaje
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12619
http://lattes.cnpq.br/7777038774001347
Resumo: A relação área foliar pela área transversal do xilema ativo (LA:SA; modelo de tubo) é fundamental no entendimento da alocação de recursos e a arquitetura hidráulica das plantas. Nesta pesquisa, avaliamos (1) a mudança da razão LA:SA entre medidas feitas no ramo e a planta inteira; (2) a mudança da razão com a altura da árvore e, (3) a mudança da razão ao longo de um gradiente de disponibilidade água. Em uma floresta de tropical úmida de terra firme na Amazônia Central foram amostrados destrutivamente 121 indivíduos de seis espécies dominantes (18-23 por espécie) para obter medidas diretas da área foliar e área do xilema tanto para a planta inteira como para um ramo do mesmo indivíduo. Encontramos que (1) a área foliar e a área do xilema ativo apresentaram uma relação isométrica (1:1) na planta inteira e no ramo, mas a razão LA:SA é maior nos ramos, (2) a razão LA:SA diminui com o incremento em altura e, (3) tende a aumentar na medida em que incrementa a distância vertical ao lençol freático (HAND), mas não existe um padrão entre espécies. Atribuímos esses padrões de mudança a: (1) maior resistência hidráulica nos ramos, maior densidade da madeira do ramo e maior grau de ramificação dos ramos (2) menor investimento em área foliar para otimizar o crescimento em altura e (3) resposta das plantas a limitação em luz, como também influencias de outras características morfológicas e hidráulicas. Concluímos que indivíduos juvenis de florestas tropicais apresentam uma relação isométrica entre LA e SA para as medidas da planta inteira e do ramo. Porém, existem alguns padrões de mudança que influenciam a alocação de área foliar por unidade xilema ativo: a escala de medição da LA e SA (ramo e planta inteira), a altura da árvore e a disponibilidade água, no entanto não existe a mesma tendência para todas as espécies. Portanto, estimativas e intepretações generalizadas da razão LA:SA devem ser feitas com precaução. Para um melhor entendimento dos fatores que influenciam a alocação de recursos e a função hidráulica das plantas são necessários estudos orientados ao conhecimento da coordenação entre a razão LA:SA e outras características estruturais e hidráulicas dentro do indivíduo, entre diferentes espécies, ambientes e sazonalmente.
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Encontramos que (1) a área foliar e a área do xilema ativo apresentaram uma relação isométrica (1:1) na planta inteira e no ramo, mas a razão LA:SA é maior nos ramos, (2) a razão LA:SA diminui com o incremento em altura e, (3) tende a aumentar na medida em que incrementa a distância vertical ao lençol freático (HAND), mas não existe um padrão entre espécies. Atribuímos esses padrões de mudança a: (1) maior resistência hidráulica nos ramos, maior densidade da madeira do ramo e maior grau de ramificação dos ramos (2) menor investimento em área foliar para otimizar o crescimento em altura e (3) resposta das plantas a limitação em luz, como também influencias de outras características morfológicas e hidráulicas. Concluímos que indivíduos juvenis de florestas tropicais apresentam uma relação isométrica entre LA e SA para as medidas da planta inteira e do ramo. Porém, existem alguns padrões de mudança que influenciam a alocação de área foliar por unidade xilema ativo: a escala de medição da LA e SA (ramo e planta inteira), a altura da árvore e a disponibilidade água, no entanto não existe a mesma tendência para todas as espécies. Portanto, estimativas e intepretações generalizadas da razão LA:SA devem ser feitas com precaução. Para um melhor entendimento dos fatores que influenciam a alocação de recursos e a função hidráulica das plantas são necessários estudos orientados ao conhecimento da coordenação entre a razão LA:SA e outras características estruturais e hidráulicas dentro do indivíduo, entre diferentes espécies, ambientes e sazonalmente.The leaf area to sapwood area ratio (LA:SA; pipe model) is fundamental to understand the allocation of resources and the hydraulic architecture of plants. In this study, we tested (1) how the LA:SA ratio differs between branch and whole tree, (2) how it changes with tree height, and (3) how it changes along the hydro-edaphic gradient. In a rain tropical forest in Central Amazonia we destructively sampled 121 individuals of six dominant tree species (18-23 per specie) for measurement of leaf and sapwood area both for the whole plant and for a branch of the same individual. We found that: (1) the leaf area and the sapwood area showed an isometric ratio (1:1) for both measurements made in the branch and for the whole plant; but the LA:SA ratio is higher in the branches than in the tree, (2) it decreases with increasing tree height, and (3) tends to increase with distance from water-table but is not consistent between species. We attribute these changing patterns to: (1) higher hydraulic resistance in the branches, influence of branch woody density and apical dominance index (2) less allocation in leaf area to optimize growth height and (3) as a response of plants to limited light or the ratio LA:SA is influenced by other morphological and hydraulic traits. We conclude that juvenile trees in a tropical forest have an isometric relationship between LA and SA for branches and whole tree, but there are some patterns of change in the allocation of leaf area per unit of sapwood: the measuring scale (branch or whole plant), the tree height and the distance from water table, however, there is no same trend among species. Then, generalized interpretations should be made with caution. Specifically, for a better understanding of the hydraulic function of the plants are necessary studies oriented to change and coordination of the LA:SA ratio and the structural and hydraulic characteristics within the individual, across different species, environments and seasonal.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAClima e Ambiente - CLIAMBAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAltura total. Área foliar. Área do xilema ativo. Escalonamento. Gradiente hidro-edáfico.Relação da área foliar com a área do xilema ativo em árvores juvenis de seis espécies dominantes na Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALNancy Lorena Maniguaje.pdfNancy Lorena Maniguaje.pdfapplication/pdf1433520https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12619/1/Nancy%20Lorena%20Maniguaje.pdfc1ad7e5ce7f1a016f67deec2344f0d1aMD511/126192020-03-06 14:54:10.367oai:repositorio:1/12619Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-06T18:54:10Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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description A relação área foliar pela área transversal do xilema ativo (LA:SA; modelo de tubo) é fundamental no entendimento da alocação de recursos e a arquitetura hidráulica das plantas. Nesta pesquisa, avaliamos (1) a mudança da razão LA:SA entre medidas feitas no ramo e a planta inteira; (2) a mudança da razão com a altura da árvore e, (3) a mudança da razão ao longo de um gradiente de disponibilidade água. Em uma floresta de tropical úmida de terra firme na Amazônia Central foram amostrados destrutivamente 121 indivíduos de seis espécies dominantes (18-23 por espécie) para obter medidas diretas da área foliar e área do xilema tanto para a planta inteira como para um ramo do mesmo indivíduo. Encontramos que (1) a área foliar e a área do xilema ativo apresentaram uma relação isométrica (1:1) na planta inteira e no ramo, mas a razão LA:SA é maior nos ramos, (2) a razão LA:SA diminui com o incremento em altura e, (3) tende a aumentar na medida em que incrementa a distância vertical ao lençol freático (HAND), mas não existe um padrão entre espécies. Atribuímos esses padrões de mudança a: (1) maior resistência hidráulica nos ramos, maior densidade da madeira do ramo e maior grau de ramificação dos ramos (2) menor investimento em área foliar para otimizar o crescimento em altura e (3) resposta das plantas a limitação em luz, como também influencias de outras características morfológicas e hidráulicas. Concluímos que indivíduos juvenis de florestas tropicais apresentam uma relação isométrica entre LA e SA para as medidas da planta inteira e do ramo. Porém, existem alguns padrões de mudança que influenciam a alocação de área foliar por unidade xilema ativo: a escala de medição da LA e SA (ramo e planta inteira), a altura da árvore e a disponibilidade água, no entanto não existe a mesma tendência para todas as espécies. Portanto, estimativas e intepretações generalizadas da razão LA:SA devem ser feitas com precaução. Para um melhor entendimento dos fatores que influenciam a alocação de recursos e a função hidráulica das plantas são necessários estudos orientados ao conhecimento da coordenação entre a razão LA:SA e outras características estruturais e hidráulicas dentro do indivíduo, entre diferentes espécies, ambientes e sazonalmente.
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