Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12581 http://lattes.cnpq.br/9110654402866475 |
Resumo: | O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1- mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 – analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B. excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva, sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso, ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do seu conhecimento e de seu trabalho. |
id |
INPA-2_55ade251465e42b9145ce6bb16916245 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio:1/12581 |
network_acronym_str |
INPA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional do INPA |
repository_id_str |
|
spelling |
Maroccolo, Julianna FernandesSampaio, Paulo de Tarso Barbosa2020-02-17T20:25:29Z2020-02-17T20:25:29Z2013-07-31https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12581http://lattes.cnpq.br/9110654402866475O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1- mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 – analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B. excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva, sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso, ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do seu conhecimento e de seu trabalho.O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1- mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 – analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B. excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva, sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso, ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do seu conhecimento e de seu trabalho.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAClima e Ambiente - CLIAMBAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccesscastanhaisCOVEMAmapeamento participativoComo a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALJulianna Fernandes Maroccolo.pdfJulianna Fernandes Maroccolo.pdfapplication/pdf1927758https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12581/1/Julianna%20Fernandes%20Maroccolo.pdfd5fc7771f949fae9e0975cd49b49a24dMD511/125812020-03-06 15:18:57.023oai:repositorio:1/12581Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-06T19:18:57Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
title |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
spellingShingle |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? Maroccolo, Julianna Fernandes castanhais COVEMA mapeamento participativo |
title_short |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
title_full |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
title_fullStr |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
title_full_unstemmed |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
title_sort |
Como a participação do extrativista e o uso do GPS podem contribuir para o manejo da castanha (Bertholletia excelsa)? |
author |
Maroccolo, Julianna Fernandes |
author_facet |
Maroccolo, Julianna Fernandes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Maroccolo, Julianna Fernandes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Sampaio, Paulo de Tarso Barbosa |
contributor_str_mv |
Sampaio, Paulo de Tarso Barbosa |
dc.subject.pt-BR.fl_str_mv |
castanhais COVEMA mapeamento participativo |
topic |
castanhais COVEMA mapeamento participativo |
description |
O extrativismo de castanha (Bertholletia excelsa), além de ser uma atividade tradicional dos povos amazônicos, que gera renda e contribui para a conservação da floresta, é a principal forma de aquisição desse alimento de grande importância local, regional e até mesmo internacional. No entanto, o funcionamento do sistema extrativista num marco da sustentabilidade está determinado em grande parte pelo conhecimento ecológico dos extrativistas sobre a distribuição espacial, produtividade e suas formas de exploração e manejo. Assim, tanto os mapeamentos e inventários como a participação dos extrativistas nas diversas etapas da cadeia de valor da castanha se tornam essenciais para o manejo desta espécie. Diante das inovações tecnológicas e da necessidade de serem estabelecidas diretrizes técnicas para o manejo desta espécie, este trabalho buscou identificar quais contribuições podem ser adquiridas a partir do uso de GPS e da participação do extrativista, seja ele como indivíduo ou organização. Para tanto, este trabalho foi estruturado em quatro objetivos: 1- mapear a produção de castanha em diferentes escalas espaciais; 2 – avaliar variáveis que possam estar interferindo na variação da produção de frutos das árvores de B. excelsa; 3 – analisar a estrutura demográfica desta espécie em quatro castanhais com diferentes históricos de uso recente; e 4 – elaborar trilhas para coleta de castanha. Todo o trabalho foi desenvolvido no município de Manicoré – AM, especialmente em castanhais das comunidades agroextrativistas Jatuarana e Boa Esperança, ambas localizadas na RDS Rio Amapá. Os dados do mapeamento da produção de castanha foram coletados a partir de registros da Cooperativa Verde de Manicoré (COVEMA), registros do paioleiro e mapeamento das árvores de B. excelsa, em que foram registrados basicamente o DAP, a localização e produção histórica das árvores. Essas informações foram essenciais para planejar o censo de todas as árvores de B. excelsa com DAP ≥ 10 cm nesses castanhais, avaliar variáveis que podem estar interferindo na produção das árvores nos dois castanhais de Jatuarana e elaborar trilhas de coleta nos castanhais de Boa Esperança. Toda a metodologia foi adaptada do Modelo Digital de Exploração Florestal (MODEFLORA) e para isso foi imprescindível a participação dos extrativistas e o uso de aparelhos de GPS. A análise dos dados foi basicamente descritiva, sendo que para compreender a variação da produção das árvores foi utilizado o teste estatístico Qui-quadrado e regressão linear múltipla. Os resultados nos indicam que esse tipo de trabalho é possível de ser feito junto com os extrativistas e que as informações geradas podem contribuir para as discussões e pesquisas atuais sobre manejo de castanha e da espécie B. excelsa, bem como para uma melhor gestão do território e da cooperativa. Além de disso, ao integrar os extrativistas, faz com que eles e suas famílias, especialmente os jovens, passem a ter outro olhar sobre a floresta e sobre suas atividades, promovendo maior valorização do seu conhecimento e de seu trabalho. |
publishDate |
2013 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2013-07-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-02-17T20:25:29Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-02-17T20:25:29Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12581 |
dc.identifier.author-lattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9110654402866475 |
url |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12581 http://lattes.cnpq.br/9110654402866475 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Clima e Ambiente - CLIAMB |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional do INPA instname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) instacron:INPA |
instname_str |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
instacron_str |
INPA |
institution |
INPA |
reponame_str |
Repositório Institucional do INPA |
collection |
Repositório Institucional do INPA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12581/1/Julianna%20Fernandes%20Maroccolo.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
d5fc7771f949fae9e0975cd49b49a24d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1809928896559185920 |