Respostas de herbáceas aquáticas amazônicas ao petróleo cru de Urucu (Coari- AM)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lopes, Aline
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12037
http://lattes.cnpq.br/2684265635838712
Resumo: Regiões com atividades petrolíferas, como a planície de inundação (várzea) dos rios Urucu e Amazonas, estão constantemente sob o risco de acidentes. Entretanto, os estudos sobre a toxicidade de petróleo em plantas aquáticas focam principalmente espécies marinhas e salobras. Estudos sobre o efeito da contaminação de águas continentais são escassos e, em se tratando de plantas amazônicas, são mais raros ainda. As várzeas possuem uma grande diversidade de macrófitas aquáticas que são responsáveis pela maior parte de sua produtividade primária e servem de hábitat para diversas espécies de animais. A contaminação destas plantas por petróleo poderia desencadear uma série de efeitos diretos e indiretos em todo o ecossistema. A recuperação de áreas impactadas por poluentes exige a escolha de métodos que não agridam as espécies vegetais predominantes. Métodos químicos e físicos, muitas vezes, podem ser mais prejudiciais que o próprio poluente, por isso a fitorremediação é uma alternativa promissora para recuperação destes ambientes. Para que seja possível a utilização da fitorremediação na várzea amazônica é necessário que se determine a toxicidade do petróleo, especialmente nas fases críticas como a germinação e o rebrotamento de espécies de plantas nativas abundantes. No presente estudo foi avaliado, em casa de vegetação, o efeito do petróleo cru de Urucu sobre o rebrotamento e desenvolvimento de Echinochloa polystachya e Eichhornia crassipes com a finalidade de contribuir para as estimativas de danos no caso de contaminação da várzea por petróleo, e como uma tentativa de encontrar espécies com potencial para atuar na fitorremediação do ambiente aquático e terrestre contaminado. Para que os objetivos fossem alcançados foram delineados quatro experimentos, adicionando diferentes dosagens de petróleo sobre o substrato de cada uma das espécies. As duas espécies mostraram alta sensibilidade ao petróleo, porém, E. polystachya foi particularmente afetada apresentando mortalidade mesmo em tratamentos com baixíssimas dosagens como 1,5 mL petróleo 2L -1 solo. Se estes resultados se confirmarem em campo o prejuízo de um derramamento de petróleo será catastrófico, pois esta espécie é considerada fundamental para a ciclagem de carbono e nutrientes da várzea. Experimentos utilizando o plantio direto de E. polystachya em solo contaminado mostraram que esta planta tem potencial para ser utilizada para fitorremediação de solos com até 0,66 mL de petróleo m -2 solo. Estes resultados permitirão o desenvolvimento de métodos em campo para remediação com baixo custo, pois o plantio é feito por meio do colmo de plantas adultas, não havendo a necessidade de produção e estoque de mudas.
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A recuperação de áreas impactadas por poluentes exige a escolha de métodos que não agridam as espécies vegetais predominantes. Métodos químicos e físicos, muitas vezes, podem ser mais prejudiciais que o próprio poluente, por isso a fitorremediação é uma alternativa promissora para recuperação destes ambientes. Para que seja possível a utilização da fitorremediação na várzea amazônica é necessário que se determine a toxicidade do petróleo, especialmente nas fases críticas como a germinação e o rebrotamento de espécies de plantas nativas abundantes. No presente estudo foi avaliado, em casa de vegetação, o efeito do petróleo cru de Urucu sobre o rebrotamento e desenvolvimento de Echinochloa polystachya e Eichhornia crassipes com a finalidade de contribuir para as estimativas de danos no caso de contaminação da várzea por petróleo, e como uma tentativa de encontrar espécies com potencial para atuar na fitorremediação do ambiente aquático e terrestre contaminado. Para que os objetivos fossem alcançados foram delineados quatro experimentos, adicionando diferentes dosagens de petróleo sobre o substrato de cada uma das espécies. As duas espécies mostraram alta sensibilidade ao petróleo, porém, E. polystachya foi particularmente afetada apresentando mortalidade mesmo em tratamentos com baixíssimas dosagens como 1,5 mL petróleo 2L -1 solo. Se estes resultados se confirmarem em campo o prejuízo de um derramamento de petróleo será catastrófico, pois esta espécie é considerada fundamental para a ciclagem de carbono e nutrientes da várzea. Experimentos utilizando o plantio direto de E. polystachya em solo contaminado mostraram que esta planta tem potencial para ser utilizada para fitorremediação de solos com até 0,66 mL de petróleo m -2 solo. Estes resultados permitirão o desenvolvimento de métodos em campo para remediação com baixo custo, pois o plantio é feito por meio do colmo de plantas adultas, não havendo a necessidade de produção e estoque de mudas.Regions with petroliferous activities, as Urucu and Amazonas River floodplains (varzea) are constantly under risk of accidents. However, the studies about the oil toxicity in aquatic plants focus mainly on brackish and salt marsh species. Studies about the effects of contamination in freshwater hábitats are scarce and, even scarcer are those dealing with Amazonian plant species. The varzeas have a large diversity of aquatic macrophytes which are responsible by most of the primary productivity and are used as hábitat for several animal species. The contamination of these plant species by oil spills could start a series of direct and indirect effects in the ecosystem, among them the impact over the associated fauna. The recovery of areas contaminated for pollutants demand the selection of methods that avoid endanger the predominant plant species. Many times chemical and physical methods for restoration are more harmful than the pollutant itself; therefore, the phytoremediation is an alternative that has shown promising results for environmental recovery. In order to use phytoremediation in Amazonian varzea it is necessary to establish the toxicity of the oil, especially in the critical phases as germination and vegetative propagation of the selected plant species. This study have assessed, in greenhouse, the effects of the Urucu crude oil on the vegetative propagation and development of the abundant native plant species E. polystachya and E. crassipes as a mean to contribute for damage estimates related to oil spill events, and as an attempt to find species able to act in the phytoremediation of contaminated aquatic and terrestrial environments. To accomplish these aims four experiments were performed, utilizing the two plant species and adding different volumes of oil in their media (soil or water). Both plants have shown high sensitivity to the oil. E. polystachya was particularly affected with high mortality levels even in treatments with lower dosages as 1.5 mL oil 2 L -1 soil. If these results may confirm in field experiments, the damage of oil spilling would be catastrophic, since this specie plays a key role for the carbon and nutrient budgets and cycles. The direct plantation of E. polystachya in contaminated soil have shown that the specie has potential to be used for phytoremediation of contaminated soils with up to 0,66 mL oil m -2 soil. These results will allow the development of field methods of remediation with low cost. As the plantation is made by means of the cut of adult plant stems, there is no need of production and supply of seedlings.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAEcologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMacrófitas aquáticasPetróleoÁreas alagáveisRespostas de herbáceas aquáticas amazônicas ao petróleo cru de Urucu (Coari- AM)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALAline Lopes.pdfAline Lopes.pdfapplication/pdf10170060https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12037/1/Aline%20Lopes.pdff05cfb58ea6e99033b5ccc4cbfd9e3c8MD511/120372020-03-24 15:28:33.361oai:repositorio:1/12037Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-24T19:28:33Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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