Palinologia do neógeno da Bacia do Alto Solimões: aspectos sistemáticos, bioestratigráficos e paleoecológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Silane Aparecida Ferreira da
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12277
http://lattes.cnpq.br/4618435355340098
Resumo: A Amazônia apresenta uma grande diversidade biológica distribuída em uma grande e heterogênea área geográfica. Para explicar essa alta riqueza muitas hipóteses têm sido sugeridas. Entretanto, poucos estudos sobre a história geológica e paleontológica têm sido desenvolvidos com o objetivo de se conhecer aspectos paleoecológicos da Amazônia em tempos passados. Devido a essa carência em estudos paleontológicos, encontram-se disponíveis na literatura contraditórias hipóteses que tentam explicar a evolução do ambiente amazônico bem como determinados aspectos biogeográficos. Essa tese foi desenvolvida com o objetivo de levantar aspectos gerais da ecologia e estratigrafia da Amazônia usando-se como ferramenta a palinologia. Entretanto, foi observado que a nomenclatura palinológica empregada na literatura, e amplamente usada em trabalhos especializados, necessitava de uma detalhada revisão. Para esse estudo foram usadas 41 amostras de sedimentos de duas sondagens realizadas na região do Alto Solimões. Sistematicamente, foram descritas 112 espécies, cerca de 51 novas espécies, 7 novas combinações foram propostas. Botanicamente, muitos gêneros foram registrados pela primeira vez na Amazônia, sendo que o uso dessas informações são importantes para calibração de relógios moleculares. Estratigraficamente, um novo zoneamento para o Plioceno foi proposto usando-se o método de Associações unitárias para definir as novas associações. Em relação ao ambiente, pode-se afirmar que predominou o sistema fluvial altamente dinâmico, sem nenhum registro indicando ambiente costeiro ou marinho. Desde o Mioceno/Plioceno muitos gêneros de plantas presentes na Amazônia atualmente já estavam presentes, indicando que a diversidade atual pode ser resultado de uma longa história de estabilidade ambiental.
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