Dinâmica do crescimento de espécies comerciais remanescentes, em áreas exploradas experimentalmente, em diferentes Intensidades de corte na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral, Márcio Rogério Mota
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5180
http://lattes.cnpq.br/1453411163509401
Resumo: Dinâmica do Crescimento de Espécies Comerciais Remanescentes em Áreas Exploradas Experimentalmente em Diferentes Intensidades de Corte Na Amazônia Central – Estudar a dinâmica florestal é de suma importância para a condução de estratégias ao manejo florestal, principalmente no que se diz respeito ao ciclo de corte. No entanto, o ciclo de corte está baseado no crescimento total da população e não faz distinção entre as espécies. As principais espécies consumidas pelo mercado nacional e internacional estão concentradas a um número relativamente pequeno e, devido à intensa exploração sobre as espécies comerciais madeireiras, estas correm o risco acentuado de desaparecer. Diante disso, este trabalho teve o objetivo de estudar o comportamento dinâmico de uma área explorada experimentalmente sob diferentes intensidades de corte há 25 anos, na Amazônia Central e, com estas informações fazer uma estimativa para o próximo ciclo de corte. Para os tratamentos analisados T1, T2 e T3 a estimativa dos estoques, em área basal, para as espécies comerciais foram respectivamente: 5,97 ± 0,16 m2.ha-1, 6,07 ± 0,23 m2.ha-1 e 4,68 ± 0,13 m2.ha-1 e volume 88,75 ± 2,32 m3.ha-1, 90,46 ± 3,38 m3.ha-1 e 69,79 ± 1,92 m3.ha-1 (IC 95%). O incremento médio em diâmetro das espécies comerciais foi de: 0,26 ± 0,03 cm.ano-1, 0,27 ± 0,03 cm.ano-1 e 0,32 ± 0.04 cm.ano-1 (IC 95%), respectivamente para T1, T2 e T3. As taxas de recrutamento foram maiores que as taxas de mortalidades em todos os tratamentos, variando entre 1,63 ± 0,52% a 1,98 ± 0,62% para recrutamento e 1,0 ± 0,45% a 1,31 ± 0,23% para a mortalidade (IC 95%). Observou-se também que não existe correlação com a precipitação, tanto para a mortalidade como para o recrutamento. A estimativa para o segundo ciclo de corte, em função do incremento volumétrico, considerando apenas das espécies comerciais foram: a) de acordo com a Resolução N° 406 do CONAMA 2009, no qual o estabelece o incremento de 0,86 m3.ha-1ano-1 foi de 39,5 anos para o tratamento de leve intensidade (T1); 57 anos para o tratamento de intensidade média (T2) e; 78 anos para o tratamento de intensidade pesada (T3); b) Com base no volume retirado de cada tratamento o ciclo de corte foi em média de 60,6 anos, 75 anos e 252 anos respectivamente para T1, T2 e T3 e; c) com base nos estoques volumétricos atuais, o ciclo de corte foi em média de 68 anos para T1, 40 anos para T2 e 164 anos para T3. Estes resultados mostram que os ciclos de corte recomendados pela legislação florestal, de 25 a 35 anos, é insuficiente e os resultados do teste t pareado mostraram que a floresta residual de espécies comerciais ainda está longe de ser recuperada.
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Diante disso, este trabalho teve o objetivo de estudar o comportamento dinâmico de uma área explorada experimentalmente sob diferentes intensidades de corte há 25 anos, na Amazônia Central e, com estas informações fazer uma estimativa para o próximo ciclo de corte. Para os tratamentos analisados T1, T2 e T3 a estimativa dos estoques, em área basal, para as espécies comerciais foram respectivamente: 5,97 ± 0,16 m2.ha-1, 6,07 ± 0,23 m2.ha-1 e 4,68 ± 0,13 m2.ha-1 e volume 88,75 ± 2,32 m3.ha-1, 90,46 ± 3,38 m3.ha-1 e 69,79 ± 1,92 m3.ha-1 (IC 95%). O incremento médio em diâmetro das espécies comerciais foi de: 0,26 ± 0,03 cm.ano-1, 0,27 ± 0,03 cm.ano-1 e 0,32 ± 0.04 cm.ano-1 (IC 95%), respectivamente para T1, T2 e T3. As taxas de recrutamento foram maiores que as taxas de mortalidades em todos os tratamentos, variando entre 1,63 ± 0,52% a 1,98 ± 0,62% para recrutamento e 1,0 ± 0,45% a 1,31 ± 0,23% para a mortalidade (IC 95%). Observou-se também que não existe correlação com a precipitação, tanto para a mortalidade como para o recrutamento. A estimativa para o segundo ciclo de corte, em função do incremento volumétrico, considerando apenas das espécies comerciais foram: a) de acordo com a Resolução N° 406 do CONAMA 2009, no qual o estabelece o incremento de 0,86 m3.ha-1ano-1 foi de 39,5 anos para o tratamento de leve intensidade (T1); 57 anos para o tratamento de intensidade média (T2) e; 78 anos para o tratamento de intensidade pesada (T3); b) Com base no volume retirado de cada tratamento o ciclo de corte foi em média de 60,6 anos, 75 anos e 252 anos respectivamente para T1, T2 e T3 e; c) com base nos estoques volumétricos atuais, o ciclo de corte foi em média de 68 anos para T1, 40 anos para T2 e 164 anos para T3. Estes resultados mostram que os ciclos de corte recomendados pela legislação florestal, de 25 a 35 anos, é insuficiente e os resultados do teste t pareado mostraram que a floresta residual de espécies comerciais ainda está longe de ser recuperada.Studying forest dynamics is extremely important to conduct forest management strategies, particularly in relation the cutting cycle. However, the cutting cycle is based on the total growth of the population and does not distinguish between species. The main species consumed by national and international markets are concentrated in a relatively small number. Due to the intense exploitation of commercial timber species, these, are at increased risk of disappearing. Thus, this work aimed to study the dynamic of forest after loging experimentally, under different cutting intensities after 25 years in the Central Amazon area and, with this information to make an estimate for the next cutting cycle. The results showed to treatments analyzed T1, T2 and T3 the estimation of stocks of the basal área and volume, for commercial species were respectively: 5,97 ± 0,16 m2.ha-1, 6,07 ± 0,23 m2.ha-1 and 4,68 ± 0,13 m2.ha-1 and 88,75 ± 2,32 m3.ha-1, 90,46 ± 3,38 m3.ha-1 e 69,79 ± 1,92 m3.ha-1 (CI 95%). The average diameter increment of commercial species was: 0,26 ± 0,03 cm.yr-1, 0,27 ± 0,03 cm.yr-1 and 0,32 ± 0.04 cm.yr-1 (IC 95%), respectively to T1, T2 e T3. Recruitment rates were higher than the rates of mortality in all treatments, ranging from 1,63 ± 0,52% a 1,98 ± 0,62% to recruitment e 1,0 ± 0,45% a 1,31 ± 0,23% to mortality (CI 95%). It was also observed that there is no correlation with rainfall, both for mortality and for the recruitment. The estimate for the second cutting cycle, depending on the volumetric increment, considering only the commercial species were: a) in accordance with Resolution No. 406 of CONAMA 2009, which establishes the increment 0,86 m3.ha-1yr-1 years for the treatment low intensity (T1), 57 years for the treatment of moderate intensity (T2) and, 78 years for the treatment of heavy intensity (T3); b) Based on the volume removed from each treatment the cutting cycle was on average 60.6 years, 75 years and 252 years respectively for T1, T2 and T3 and; c) based on current volume stock, the cutting cycle was on average 68 years for T1, 40years for T2 and 164 years for T3. These results show that cutting cycles recommended by the forest law, 25 to 35 years, is insufficient and the results of the paired t-test showed that the remmainig forest of commercial species is still far from recovered.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCiclo de corteDinâmica florestalManejo florestalForest DynamicsLoggingTree GrowthSilvicultural TreatmentsDinâmica do crescimento de espécies comerciais remanescentes, em áreas exploradas experimentalmente, em diferentes Intensidades de corte na Amazônia CentralGrowth Dynamics of Commercial Species Remaining in Experimentally Exploited Areas in Different Cutting Intensities In Central Amazon.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALMarcio_Amaral.pdfMarcio_Amaral.pdfapplication/pdf2678054https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5180/1/Marcio_Amaral.pdfa0e5a1587787990b844ddbedfb42ccd9MD511/51802020-01-20 10:45:44.649oai:repositorio:1/5180Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-20T14:45:44Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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