Análise multi-anual da dinâmica de produção de serapilheira fina em uma floresta da Amazônia Central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12624 http://lattes.cnpq.br/3998933277394770 |
Resumo: | Eventos extremos de variáveis climáticas, principalmente precipitação, estão associados às anomalias de temperatura registradas em porções especificas dos oceanos Pacifico e Atlântico. Assim, este trabalho avaliou os efeitos do clima (incluindo anomalias do Atlântico e Pacífico) sobre a dinâmica da serapilheira em escala multi-anual (10 anos) ao longo de um gradiente topográfico distinto: platô, vertente e baixio. Este estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica do Cuieiras, onde está instalada a torre K34, situada na área de pesquisa do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), localizada a 60 km ao norte da cidade de Manaus. As coletas de serapilheira fina foram obtidas a cada quinze dias através de coletores de 50x50 cm em 9 sub-parcelas distribuídas nas três posições topográficas. A produção interanual de serapilheira fina (formada por folhas, galhos, materiais reprodutivos e resíduos), durante os anos de 2005 a 2014 variou de 9,4 a 7,1 t/ha para a floresta de platô, 9,4 a 7,2 t/ha na floresta de vertente e 7,9 a 6,2 t/ha na floresta de baixio (Figura 5). Na área do platô a produção máxima ocorreu no ano de 2005 e nas áreas da vertente e baixio no ano de 2009, anos de maior influência das anomalias climáticas. Houve diferença significativa entre os anos nas três posições topográficas, apresentando relações significativa das anomalias de temperatura do oceano Atlântico e Pacifico. Nos anos estudados a produção de serapilheira e seus componentes apresentaram também um comportamento sazonal interanual com a maior produção em meses de menor precipitação (junho a novembro) e menor produção em meses mais chuvosos (dezembro a maio). No ano de 2005 a serapilheira respondeu significativamente a anomalia do TSMAN enquanto que para o ano de 2009 houve influencias tanto do ATSM do Pacifico (El Niño) quanto do Atlântico (Norte-positivo). Com isso observou- se conexões entre a produção de serapilheira fina e as anomalias climáticas que afetam a Amazônia; sugerindo que a produção de serapilheira e seus componentes em florestas de terra- firme estarão relacionados às mudanças climáticas, que direta ou indiretamente irão influenciar variações anômalas das temperaturas da superfície do mar. |
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Conceição, Adriana Castro daHofhansl, FlorianMONTEIRO, Maria TerezinhaQuesada, Carlos Alberto Nobre2020-02-17T20:25:40Z2020-02-17T20:25:40Z2017-06-30https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12624http://lattes.cnpq.br/3998933277394770Eventos extremos de variáveis climáticas, principalmente precipitação, estão associados às anomalias de temperatura registradas em porções especificas dos oceanos Pacifico e Atlântico. Assim, este trabalho avaliou os efeitos do clima (incluindo anomalias do Atlântico e Pacífico) sobre a dinâmica da serapilheira em escala multi-anual (10 anos) ao longo de um gradiente topográfico distinto: platô, vertente e baixio. Este estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica do Cuieiras, onde está instalada a torre K34, situada na área de pesquisa do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), localizada a 60 km ao norte da cidade de Manaus. As coletas de serapilheira fina foram obtidas a cada quinze dias através de coletores de 50x50 cm em 9 sub-parcelas distribuídas nas três posições topográficas. A produção interanual de serapilheira fina (formada por folhas, galhos, materiais reprodutivos e resíduos), durante os anos de 2005 a 2014 variou de 9,4 a 7,1 t/ha para a floresta de platô, 9,4 a 7,2 t/ha na floresta de vertente e 7,9 a 6,2 t/ha na floresta de baixio (Figura 5). Na área do platô a produção máxima ocorreu no ano de 2005 e nas áreas da vertente e baixio no ano de 2009, anos de maior influência das anomalias climáticas. Houve diferença significativa entre os anos nas três posições topográficas, apresentando relações significativa das anomalias de temperatura do oceano Atlântico e Pacifico. Nos anos estudados a produção de serapilheira e seus componentes apresentaram também um comportamento sazonal interanual com a maior produção em meses de menor precipitação (junho a novembro) e menor produção em meses mais chuvosos (dezembro a maio). No ano de 2005 a serapilheira respondeu significativamente a anomalia do TSMAN enquanto que para o ano de 2009 houve influencias tanto do ATSM do Pacifico (El Niño) quanto do Atlântico (Norte-positivo). Com isso observou- se conexões entre a produção de serapilheira fina e as anomalias climáticas que afetam a Amazônia; sugerindo que a produção de serapilheira e seus componentes em florestas de terra- firme estarão relacionados às mudanças climáticas, que direta ou indiretamente irão influenciar variações anômalas das temperaturas da superfície do mar.Extreme events of climate variables, above all those involving precipitation, are associated to temperature anomalies of surface sea temperatures of the Atlantic and Pacific (ASST). This work has then evaluated climatic effects, including those arising from sea surface anomalies of the Atlantic and Pacific, over the dynamics of litterfall on a multi-year record from forests along a landscape gradient consisting of plateau, slope and valley botton. The study site was the Reserva Biológica do Cuieiras, one of the main field sites for the Large Scale Biosphere-Atmosphere experiment (LBA), 60km north of Manaus, Brazil. Fine litterfall production was measured every fifteen days on 50x50 cm litter baskets, located in nine subplots at each topographic position. Litterfall production (of leaves, twigs and fertile material) along the years of 2005 to 2014, ranged from 9,4 to 7,1 t/ha in the plateau forests, 9,4 to 7,2 t/ha at the slopes and 7,9 to 6,2 t/ha in the valleys. The highest production recorded for the plateau forests occurred in 2005, while slopes and valleys had the highest recorded productions in 2009, which were the years with strongest influence of climate anomalies. Production rates were found to be significantly different among years for the three topographic positions and showed clear relation to ASST. A clear seasonal pattern was also found for fine litterfall and its components, with higher production on the drier months of the year (June to November) and lowest on the wettest months (December to May). In 2005, litterfall production responded significantly to anomalies of the North Atlantic, while in 2009 both the North Atlantic and Pacific (El Niño) anomalies influenced production rates. Therefore we observed connections between climatic anomalies and litterfall production in Amazonia, suggesting that litterfall production may be direct or indirectly affect by climate change once a positive interaction is expected between climate change and anomalies of sea surface temperature.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAClima e Ambiente - CLIAMBAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSerapilheiraBiomassa aéreaAnomalias climáticasAnálise multi-anual da dinâmica de produção de serapilheira fina em uma floresta da Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALAdriana Castro.pdfAdriana Castro.pdfapplication/pdf4110768https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12624/1/Adriana%20Castro.pdf796fdbbabc1b670fb576d41237c1464eMD511/126242020-03-06 14:49:06.263oai:repositorio:1/12624Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-06T18:49:06Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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