Interações na dinâmica do carbono e nutrientes da liteira entre a floresta de terra firme e o igarapé de drenagem na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Maria Terezinha Ferreira
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5116
http://lattes.cnpq.br/6007218890588613
Resumo: Para ajudar a entender as interações do carbono e dos nutrientes minerais da liteira numa pequena bacia hidrográfica, foram estudadas as dinâmicas sazonais da liteira fina num gradiente topográfico sob floresta de terra firme e do carbono nas águas de drenagem do igarapé. O objetivo principal deste trabalho foi estudar a dinâmica do carbono da liteira na floresta e no igarapé de drenagem da bacia e avaliar os nutrientes minerais da liteira, correlacionando-os com os períodos sazonais, além de analisar as formas do carbono orgânico encontrado na liteira do igarapé e dissolvido nas águas deste. O estudo foi realizado na Reserva Biológica do Cuieiras, ZF-2, em uma pequena bacia (Igarapé Asú), que foi toda instrumentada. A produção de liteira na floresta, foi medida em coletas quinzenais, usando coletores de PVC de 50 cm x 50 cm, em três posições topográficas (PI=platô, V=vertente e B=baixio), durante 1 ano. Simultaneamente, foi quantificada a massa de liteira sobre o solo, utilizando-se um quadrado de madeira de 20 cm x 20 cm. A liteira carreada pelo igarapé foi coletada utilizando uma rede amostradora em uma cerca feita no igarapé, efetuando-se duas campanhas intensivas que abrangeram os períodos: chuvoso (fevereiro) e seco Oulho-agosto).Análises químicas de C, N e macronutrientes, foram feitas em todo o material coletado. A produção anual de liteira foi mais alta no platô (9,4 t ha-1) e mais baixa no baixio (7,5 t ha-1).Os maiores valores de P, K, e Ca entrando via liteira fina foram observados no baixio. Houve diferenças significativas para Ca (BVPI) e K (BPIV) com relação às três posições topográficas. A quantidade de liteira acumulada sobre o solo foi praticamente similar para as parcelas do platô e vertente (6,0 t ha-¹), e o quociente de decomposição mais alto (kl = 1,6) ocorreu no platô. A retenção de liteira do igarapé no período chuvoso variou de 5,7 mg m-³ a 76 mg m-³; no período seco, foi de 8,2 mg m-³ a 155,3 mg m-³. O estoque de DOC total diário variou de 60,9 a 673,6 kg no período chuvoso; e 60 a 675 kg no período seco. As menores concentrações de POD foram encontradas no período chuvoso (2,9 a 37,7 mg m-³) e as maiores no período seco (4,2 a 74,4 mg m-³). A menor concentração de DOC (6,1 g m-³) e a maior (14,7 g m-³) foram observadas no período chuvoso. O POC não mostrou relação significativa com a variação de descargas baixas (r²=0,4), somente com as altas (r²=0,7), em ambos os períodos. Entretanto, o DOC mostrou uma forte relação com a descarga no período seco e no período chuvoso, independente de grandes eventos de precipitações. O DOC representou 99% do carbono orgânico encontrado no Igarapé Asú e parte deste carbono provém da lavagem da liteira depositada sobre o solo da floresta de baixio, que é eventualmente inundada pelo igarapé.
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